quinta-feira, 13 de outubro de 2022

PSTU EM CRISE EXISTENCIAL: O DESMORALIZADO LANTERNA ELEITORAL DOS “NANICOS” REFORMISTAS ADERE A FRENTE AMPLA BURGUESA LULA&ALCKMIN

O PSTU está em crise existencial, havendo grande possibilidade de um racha em breve. A decisão de sua direção nacional, que no 1º turno dizia “escolher o mal menor, não!” entre Bolsonaro e Lula, para no 2º turno declarar voto na candidatura burguesa petista dividiu  internamente a legenda Morenista no Brasil. Informações apuradas pelo Blog da LBI relatam que uma minoria não aceita a posição, enquanto a esmagadora maioria não só defende ser correto o voto na frente ampla burguesa no 2º turno como um setor importante desse espectro neoLuluista avalia que foi um erro grave lançar a candidatura de Vera, mesmo sendo com perfil domesticado, identitário e linha auxiliar do PT. Essa ala caracteriza que o fiasco eleitoral do PSTU, que ficou no vergonhoso último lugar entre os “nanicos” reformistas (cujo arco incluía o PCB e a insignificante UP), foi produto da política supostamente “sectária” e autoproclamatória de sua direção, compiando assim retardatariamente os passos do grupo de Valério Arcary (Resistência-PSOL). Em estados como São Paulo e Rio de Janeiro importantes candidados parlamentares Morenistas tiveram menos votos que os militantes do MRT que se lançaram por "filiação democrática" (que diga-se de passagem não declaram ainda posição neste 2º turno). Os Morenistas ficaram na lanterna eleitoral deste circo armado em 02 de outubro, demonstrando que nada adiantou sua completa adaptação a Frente Popular de Lula e sua política de servilismo a OTAN na Ucrânia ou mesmo a defesa dos reacionários Lockdows e das vacinas experimentais da Big Pharma impostas arbitrariamente pela OMS no Brasil, quando chegaram a defender a demissão dos trabalhadores não vacinados.

Com dissemos, a posição desmoralizante do PSTU neste momento é “esqueçam o que escrevi, desprezem o que falei”. Se no 1º turno chamavam a “Derrotar o inominável, sim! Mas escolher mal menor, não!” (21.09), fingindo principismo e ortodoxia, portanto rechaçando o voto em Lula, agora os mesmos camaleões revisionistas afirmam justamente o contrário do que declaravam há poucos dias: “No 2º turno, quando não podemos apresentar uma candidatura independente, defendemos o voto crítico em Lula para derrotar Bolsonaro nas eleições.” (06.10). Esses farsantes lançaram a candidatura identitária de Vera apenas para consumo interno e na campanha eleitoral foram linha auxiliar do PT, aconselhando diplomaticamente Lula. Agora adotaram a política anti-Trotskista do suposto “mal menor” entre duas principais candidaturas burguesas inimigas dos trabalhadores, aderindo a dobradinha petucana no qual consideram "criticamente" aliada.

Anteriormente, o PSTU afirmava que “O que chamam de 'voto útil', ou seja, o voto na chapa Lula-Alckmin para liquidar a fatura no primeiro turno, é um voto inútil para a classe trabalhadora. Isso porque ele não avança na consciência de classe, na organização e na mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras, os únicos que realmente podem derrotar, para valer, Bolsonaro e resolver o desemprego, a fome e a carestia”. Mas agora dizem, para justificar sua nova posição vergonhosa, que “Bolsonaro reivindica a ditadura militar, defende um projeto autoritário e ameaça as liberdades democráticas. Seguir no controle do aparelho de Estado facilita seu projeto autoritário. Por isso defendemos o voto crítico em Lula”.

Os Morenistas capitularam a pressão do PT e da candidatura burguesa de Lula, não desejando se isolar no arco político da frente popular que controla os sindicatos, fonte de renda parasitária da esmagadora maioria dos seus dirigentes.

Para enganar tolos antes o PSTU afirmava que “A chapa Lula-Alckmin sinaliza à população que basta votar para tirar Bolsonaro. E pronto. E que os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras são os mesmos dos banqueiros, dos grandes empresários e do agronegócio. E não antagônicos. Inevitavelmente, contudo, um futuro governo de aliança de classes vai atacar os trabalhadores, como o próprio Meirelles já vem adiantando, e o que pode restar é decepção, a desorganização e a desmoralização”.

Agora, apesar de todos esses argumentos e de afirmarem que Lula e Bolsonaro não são antagônicos, o PSTU irá servilmente votar em Lula, levando a desmoralização de sua militância e demonstrando que não fazem um combate de princípios a Frente Popular. 

Em resumo, no 1º turno os Morenistas chamaram voto em Vera para marcar posição testemunhal, no 2º turno seguem a maré reformista da frente popular escolhendo o suposto “mal menor” burguês que na verdade é o peão preferencial do grande capital na disputa presidencial.