MARINHA IANQUE INVADE OS LIMITES TERRITORIAIS DO MAR DO SUL DA CHINA: REGIME DE PEQUIM ADVERTE DOS GRAVES RISCOS DESTA AÇÃO IMPERIALISTA
Um porta-voz do Exército de Libertação do Povo (ELP), denominação das Forças Armadas chinesas, declarou nesta sexta-feira (28/08)que um navio de guerra dos EUA entrou nas águas territoriais chinesas sem permissão.É a primeira vez que uma provocação militar desta proporção ocorre entre os EUA e a China. O regime do Partido Comunista Chinês, advertiu contra outras operações navais dos Estados Unidos no mar do Sul da China (deslocamento da armada em número bem maior que o habitual), alegando que as atividades recentes do lado ianque criam condições para um confronto militar de dimensões imprevisíveis.
O Pentágono através da Marinha dos Estados Unidos afirmou que a embarcação “USS Martin” realizou uma operação de "rotina" na região. Washington citou o princípio da chamada "liberdade de navegação" para defender sua atividade regular no mar. Só “esqueceu” de relatar que a “liberdade” do imperialismo ianque em navegar, não inclui a invasão do espaço marítimo de outras nações soberanas.O intenso deslocamento naval dos EUA para o mar do sul da China, corresponde a um ação militar intimidatória, fazendo parte da guerra híbrida desatada contra o regime do PCC, sendo que este movimento do imperialismo poderá facilmente passar da categoria de híbrido para uma guerra convencional, apenas no aguardo da troca de gerência da Casa Branca.
Para comprovar a “delicada situação” que estamos prognosticando, no início desta semana, Pequim lançou dois mísseis, incluindo um "assassino de porta-aviões", no mar do Sul da China após alegar que um avião espião U-2 havia invadido uma zona de exclusão aérea durante exercícios militares de fogo real. O Ministério das Relações Exteriores da China destacou que a presença da aeronave de reconhecimento dos EUA na área foi uma "provocação nua e crua" e poderia ter causado um "acidente inesperado".Na quinta-feira (27/08)o governo do presidente Xi Jinping advertiu que seus militares "não dançariam conforme a melodia dos EUA".
Os Marxistas Leninistas não se fazem de “neutros” na iminência de um confronto armado desta dimensão, envolvendo as duas maiores potências mundiais. Não consideramos a China como um país socialista, nem pelas suas relações de produção e muito menos pelo caráter político restauracionista de seu governo, apesar do “pomposo” nome de Partido Comunista. O reformista Deng Xiaoping operou o começo do retorno ao capitalismo, quando “exorcizou” a Revolução Cultural do falecido líder stalinista Mao Tsé-Tung. Porém os traços existentes do antigo Estado Operário chinês ainda sobrevivem, principalmente na esfera das conquistas operárias obtidas com a revolução social de 1949, como a saúde universal, educação pública e serviços sociais para a população mais carente.
Em uma nova situação histórica de pré guerra mundial, rapidamente o Estado chinês tem retroagido em sua política de entregar as forças do mercado a condução econômica do país. Ainda é muito cedo para caracterizar toda a dinâmica da situação mundial, com a instauração de uma nova ordem mundial pós pandemia, e os prenúncios de uma guerra mundial para estabelecer a nova hegemonia planetária. Entretanto não é nada cedo para definir o campo de intervenção dos Marxistas Leninistas em um eventual conflito sino-ianque, estaremos incondicionalmente na trincheira militar da China contra o imperialismo ianque, sem que isso signifique apoio político ou programático ao regime do Partido Comunista chinês.