segunda-feira, 17 de agosto de 2020

NAZIPENTECOSTAIS CONTRA UMA CRIANÇA: DEFENDER A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO É DEFENDER A VIDA DAS MULHERES, ESTUPRADAS POR FASCÍNORAS OU PELA MISÉRIA DO REGIME CAPITALISTA. NEM OS GOVERNOS DA DIREITA NEOLIBERAL E TAMPOUCO OS DA ESQUERDA REFORMISTA GARANTIRAM ESTE DIREITO, SÓ A LUTA DIRETA DAS MULHERES PODERÁ ARRANCAR ESSA CONQUISTA!

A menina de 10 anos que engravidou depois de ser estuprada pelo próprio tio, passa bem após o procedimento que interrompeu sua gestação, realizado nesta segunda-feira em um hospital especializado no Recife. O aborto, legal, foi realizado no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, porque o hospital do Espírito Santo, estado onde reside a criança vítima de um “animal humanizado”, se recusou a fazer o procedimento, mesmo diante de uma determinação judicial. Em nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco afirmou que o procedimento foi feito com autorização judicial do Espírito Santo.

Manifestantes nazipentecostais de várias religiões e políticos bolsonaristas protestaram no último domingo (16/08), do lado de fora da unidade de saúde. O ato dos fanáticos contra os direitos da criança, foi organizado por uma iniciativa da criminosa Sara Giromini, nas redes sociais, divulgando o nome da menina e o hospital em que ela estava internada. Houve, também, uma corajosa manifestação, em apoio ao procedimento abortivo em defesa  do direito da criança, com a presença de várias entidades de mulheres. 

A brutal violência sofrida por esta criança, que vinha sendo estuprada desde os seis anos, foi aprofundada ainda mais pela equipe dos reacionários médicos do Espírito Santo, e posteriormente pelas hordas fascistas que se postaram na frente do hospital em Recife. O que revela a necessidade de se romper com demagogia de todos os governos burgueses, sejam os da esquerda reformista ou da direita neoliberal, que até agora foram incapazes de atender a reivindicação histórica do movimento das mulheres pela legalização plena do direito ao aborto seguro. Milhares de mulheres e crianças morrem todos os anos ao praticarem a interrupção ilegal da gravidez, de forma sem a mínima segurança clínica e sanitária. Isso sem falar dos traumas psicossociais em prosseguir com uma gravidez não planejada e indesejada por conta das condições precárias de vida impostas por este regime capitalista. É necessário colocar em marcha um amplo movimento de massas, unificando todos os setores oprimidos da sociedade burguesa, para a defesa do direito do aborto, garantido pelo Estado em condições plenas de segurança para as mulheres.