NAZIPENTECOSTAIS CONTRA UMA CRIANÇA: DEFENDER A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO É DEFENDER A VIDA DAS MULHERES, ESTUPRADAS POR FASCÍNORAS OU PELA MISÉRIA DO REGIME CAPITALISTA. NEM OS GOVERNOS DA DIREITA NEOLIBERAL E TAMPOUCO OS DA ESQUERDA REFORMISTA GARANTIRAM ESTE DIREITO, SÓ A LUTA DIRETA DAS MULHERES PODERÁ ARRANCAR ESSA CONQUISTA!
A menina de 10 anos que engravidou depois de ser estuprada pelo próprio tio, passa bem após o procedimento que interrompeu sua gestação, realizado nesta segunda-feira em um hospital especializado no Recife. O aborto, legal, foi realizado no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, porque o hospital do Espírito Santo, estado onde reside a criança vítima de um “animal humanizado”, se recusou a fazer o procedimento, mesmo diante de uma determinação judicial. Em nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco afirmou que o procedimento foi feito com autorização judicial do Espírito Santo.
Manifestantes nazipentecostais de várias religiões e políticos bolsonaristas protestaram no último domingo (16/08), do lado de fora da unidade de saúde. O ato dos fanáticos contra os direitos da criança, foi organizado por uma iniciativa da criminosa Sara Giromini, nas redes sociais, divulgando o nome da menina e o hospital em que ela estava internada. Houve, também, uma corajosa manifestação, em apoio ao procedimento abortivo em defesa do direito da criança, com a presença de várias entidades de mulheres.
A brutal violência sofrida por esta criança, que vinha sendo
estuprada desde os seis anos, foi aprofundada ainda mais pela equipe dos
reacionários médicos do Espírito Santo, e posteriormente pelas hordas fascistas
que se postaram na frente do hospital em Recife. O que revela a necessidade de
se romper com demagogia de todos os governos burgueses, sejam os da esquerda
reformista ou da direita neoliberal, que até agora foram incapazes de atender a
reivindicação histórica do movimento das mulheres pela legalização plena do
direito ao aborto seguro. Milhares de mulheres e crianças morrem todos os anos
ao praticarem a interrupção ilegal da gravidez, de forma sem a mínima segurança
clínica e sanitária. Isso sem falar dos traumas psicossociais em prosseguir com
uma gravidez não planejada e indesejada por conta das condições precárias de
vida impostas por este regime capitalista. É necessário colocar em marcha um
amplo movimento de massas, unificando todos os setores oprimidos da sociedade
burguesa, para a defesa do direito do aborto, garantido pelo Estado em
condições plenas de segurança para as mulheres.