segunda-feira, 3 de agosto de 2020

DIREITA ANUNCIA BOICOTE AS ELEIÇÕES PARLAMENTARES NA VENEZUELA: DERROTAR OS GOLPISTAS PELA VIA DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA! É HORA DE SUPERAR A DEMOCRACIA BURGUESA E EXPROPRIAR OS CAPITALISTAS!


Um grupo de 27 partidos burgueses ligados a oposição direitista anunciou que não vai participar do pleito marcado para dezembro deste ano. A Assembleia Nacional é o único órgão que é controlado pela oposição made in CIA. O regime chavista havia anunciado um aumento de 66% dos assentos no parlamento. O grupo golpista chama as eleições de fraude eleitoral. 

Segundo os oposição burguesa “As eleições de dezembro só busca favorecer os interesses do regime contra o dos venezuelanos. Além de boicotar as eleições, eles pedem para que a comunidade internacional rechace os resultados das eleições. Cinicamente, os golpistas afirmam que “Somos democratas e acreditamos na unidade nacional. Por isso decidimos não colaborar com a estratégia da ditadura e convocar todas as forças sociais e políticas do país para a reconstrução de um novo pacto unitário e uma nova ofensiva democrática!”. A Assembleia Nacional é o único poder republicano da Venezuela controlado pela oposição burguesa. Em dezembro de 2015, os partidos de direita conquistaram 112 de 167 assentos do Parlamento, quebrando 15 anos de hegemonia chavista. 

As eleições para escolher os novos parlamentares foi anunciada em julho deste ano pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), de orientação chavista, nomeou a diretora do CNE em 12 de junho e declarou a omissão do Legislativo. Nessa disputa, a cúpula militar se mantém ao lado de Maduro, ou melhor, no mesmo campo da “Boligurguesia”, mas esta situação de “equilíbrio”. A direção do PSUV sabe que se tomar a medida de amar os trabalhadores, as massas em luta podem sair de seu controle. Irão construir seus organismos de poder autônomos, forçar a ruptura da hierarquia militar em favor do proletariado e liquidar fisicamente a oposição burguesa, expulsando os agentes ianques do país até impor uma dualidade do poder dos explorados, o que colocaria na ordem do dia a vitória de sua revolução social por fora das instituições capitalistas. 

Alertamos que para triunfar contra o imperialismo e a reação nacional não há outro caminho, a não ser da independência de classe do proletariado: armamento já das milícias Chavistas, avançar em medidas concretas de expropriação da burguesia nacional, passando para classe operária o controle da produção industrial venezuelana! A LBI sempre denunciou que o governo do PSUV não avançou no sentido da direção do verdadeiro Socialismo, ao contrário, vem adotando medidas de mercado, elevando a crise econômica a um patamar de degradação das condições de vida das massas proletárias e populares. Desta forma principista estamos honrando no terreno vivo da luta de classes as lições de Trotsky e seu combate programático pela reconstrução da Quarta Internacional, forjando no calor do combate as condições para a construção de uma genuína alternativa revolucionária a atual direção burguesa chavista. Somente uma revolução proletária, com o armamento dos trabalhadores, a expropriação das grandes empresas e o controle do Estado por conselhos operários sob uma direção comunista poderia apontar uma saída progressista para o impasse. 

Desgraçadamente, Maduro e o PSUV apostam na conciliação de classes, apontam pelo caminho das eleições. Não há saída possível no marco da democracia burguesa quando as classes sociais se chocam de forma violenta e irreconciliável, ainda mais em um país rico em petróleo e cujo maior comprador são os EUA. O que está colocado na ordem do dia na Venezuela é a derrota dos fascistas pela via da Revolução Socialista sob o comando da classe operária superando a política de Maduro ou o fim do chavismo sob as baionetas da reação burguesa, com a direita esmagando em sangue o melhor da vanguarda classista. Cenas como as que ocorreram na Líbia, com Kadaffi sendo assassinado pelos mercenários podem se repetir na Venezuela em breve se o proletariado não sair em luta em defesa de suas conquistas, superando a política de conciliação de classes de Maduro. Não há meio termo, o tempo do pacto e da conciliação já passou, como demonstram o fim dos governos da centro-esquerda na América Latina! 

O imperialismo, a mídia e a burguesia nativa usam o caos social e a guerra econômica para ganhar apoio popular para a sua investida contrarrevolucionária, já não esperando que a crise política se resolva no terreno eleitoral. Quando a situação chega a esse ponto de conflito entre a revolução e a contrarrevolução é necessária uma direção revolucionária à altura, como foram os Bolcheviques em 1917 na Rússia. Desgraçadamente, o PSUV e Maduro não tem o programa de Lenin e Trotsky, mas é preciso forjar no calor da luta essa direção proletária para em frente única com o Chavismo derrotar a direita e avançar para uma verdadeira República Socialista na Venezuela! Os Marxistas Revolucionários da LBI sabem perfeitamente a dificuldade da vanguarda venezuelana neste momento depois de anos de controle político do Chavismo, mas não há outro caminho senão enfrentar a burguesia, prender, julgar e levar ao fuzilamento os terroristas e agentes infiltrados, tomar as fábricas e chamar a solidariedade internacional do proletariado e dos governos aliados como Rússia, China, Cuba e Nicarágua! Somente os trabalhadores organizados em um partido revolucionário podem levar a cabo essa tarefa e não a polícia e as FFAA, instituições basilares burguesas que não se pode confiar. 

Os trabalhadores devem chamar as bases das FFAA a formar milícias armadas para defender o país dos agentes da reação burguesa e na sequência, organizados em Soviets (Conselhos) de operários e soldados, iniciar a reconstrução econômica socialista que tenha como parceiros transitórios países aliados como a Rússia e o Irã! Esse é o caminho para se forjar uma verdadeira República Socialista na Venezuela, antes que a reação burguesa mergulhe o país na barbárie para emergir daí um governo fantoche do imperialismo, que recorra a métodos de guerra civil e ao fascismo para sufocar o proletariado, como ocorreu no Chile de Allende ou mais recentemente na Líbia de Kadaffi!. 

Nessa luta política, ainda que os Revolucionários estabeleçam frente única com o PSUV, Maduro e suas base militante para derrotar as investidas fascistas e golpista, luta com total independência política por construir um Partido Revolucionário Leninista, um combate político que não pode ser levado pela via eleitoral convocada por Maduro. Ao rechaçarmos o “Fora Maduro” defendido pela esquerda pró-imperialista (LIT, UIT) e a direita reacionária lutamos por forjar conselhos operários soviéticos que armem o proletariado para edificar um poder de novo tipo, comunista como base da Ditadura do Proletariado.