quinta-feira, 20 de agosto de 2020

BOLSONARO, MAIA E A "CIVILIZATÓRIA" GLOBO UNIDOS PELO VETO AO REAJUSTE DOS SERVIDORES PÚBLICOS: PACTO BURGUÊS CONTRA OS TRABALHADORES TEM A CONIVÊNCIA DA CUT E DO PT 

Depois dos Senadores aprovarem como uma medida de barganha com o governo a derrubada do veto de Bolsonaro a possibilidade de reajuste dos servidores públicos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia declarou que “é muito importante a Casa manter o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste para servidores”. Se o veto for mantido pela Câmara, a concessão de reajustes a qualquer categoria do serviço público fica proibida até o fim do ano que vem”. Trata-se de um verdadeiro pacto de ataque aos trabalhadores, onde a burguesia, Bolsonaro, Maia e a "civilizatória" Rede Globo contam com a paralisia imposta pela CUT e o PT (que não convocaram nenhuma mobilização) para impor seu ajuste neoliberal, colocando nas costas do funcionalismo a conta da crise capitalista.  

O impedimento dos reajustes foi uma contrapartida do governo para aprovar o pacote de socorro de R$ 60 bilhões a estados e municípios. Ao aprovar o pacote, o Congresso autorizou que governos locais reajustassem somente salários de funcionários da saúde e da segurança pública que trabalham na "linha de frente" do enfrentamento à Covid-19. O estafeta dos rentistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, foi um defensor do veto e criticou a decisão do Senado. “Pegar dinheiro de saúde e permitir que se transforme em aumento de salário para o funcionalismo é um crime contra o país... É um desastre, é preocupante porque o Senado é a casa da República. É onde os representantes têm que defender a República. É um péssimo sinal”.

Os senadores do PT votaram na seção de maio contra a possibilidade do reajuste, mas agora como os senadores de conjunto derrubaram o veto de Bolsonaro, seguiram o movimento dos demais partidos como uma barganha institucional. Com se vê o Centrão, PSDB e até mesmo os governadores do PT, assim como o neofascista Bolsonaro-Guedes, tem na verdade uma mesma receita neoliberal: jogar a conta da crise econômica em plena pandemia nas costas dos servidores públicos e dos trabalhadores!

É necessário convocar uma greve geral, unificando as categorias em luta como correios com os servidores públicos  e o conjunto dos explorados que são atacados pelo governo. Nesse sentido, precisa-se superar a política de colaboração de classes da CUT e do PT, para seguir na luta sem depositar nenhuma expectativa no circo eleitoral que de novembro!