FINAL DA CONVENÇÃO REPUBLICANA NA CASA BRANCA: TRUMP ROSNA COMO FASCISTA E PODE TENTAR UMA AVENTURA GOLPISTA CONTRA A VENEZUELA ANTES DAS ELEIÇÕES EM NOVEMBRO
Encerrando a Convenção Nacional Republicana, Trump discursou nesta quinta-feira (27/08) nos jardins da Casa Branca para uma “pequena multidão” selecionada entre os mais aguerridos fascistas do Partido. Trump não decepcionou, vocalizou os acordes nazifascistas sem nenhum constrangimento, prometendo “salvar a América do perigo do socialismo e da esquerda radical”, em uma referência paranóica ao ultra reacionário Joe Biden e sua vice Democrata da “Lei e da Ordem”. Como um naufrago afogado pelo próprio Estado imperial, em busca de sua reeleição cada vez mais distante, Donald Trump poderia ordenar uma agressão militar contra a Venezuela, como última cartada diante do Deep State, executada a partir de solo colombiano.
Em 22 de agosto, o almirante Remigio Ceballos, chefe do comando operacional estratégico das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), declarou que a Colômbia prepara um ataque, muito provavelmente no próximo mês. O presidente colombiano, Iván Duque, em meio a uma grave crise política , econômica e financeira, está à frente de um governo de extrema direita, que mais fustigou a Venezuela na história. São os exércitos da Colômbia e de alguma governos da América Central que farão o trabalho sujo, contra o regime Chavista, tendo em vista que Trump não pode contar agora com o apoio institucional e militar do Pentágono, envolvido até a medula na campanha de Biden.
Porém o discurso de Trump não foi totalmente desfocado da realidade, quando afirmou que “estas eleições serão as mais importantes de toda a história norte-americana”. Sua importância histórica obviamente não reside no fato do resultado em si mesmo, posto que se configura um irreversível triunfo Democrata, apoiado pelos principais setores das corporações financeiras imperialistas. O marco histórico desta renovação da gerência da Casa Branca estará cravado por seus prováveis desdobramentos políticos, inéditos até então para os EUA, a começar pela denúncia de todo processo eleitoral fraudulento, realizado por um presidente da república. Esta vigorosa denúncia foi feita por muitas décadas pela esquerda comunista, tratada pela mídia corporativa como “louca e adepta da teoria da conspiração”.
Mas a dinâmica geral do cenário pós eleitoral não se estancará somente com a denúncia da fraude eleitoral, e desta vez muito comprovada por um setor minoritário do próprio Deep State, As hordas trumpistas, muito bem armadas, já anunciaram que não aceitarão outro resultado que não seja a da vitória de Donald, recebendo “sinal verde” do chefe para repercutir ao máximo as ameaças de um conflito armado em caso da vitória de Biden.
É evidente que a possibilidade real de uma nova Guerra Civil nos EUA nos EUA, não se apoia exclusivamente em um simples resultado eleitoral desfavorável para os fascistas Republicanos. A crise da sociedade ianque é bem mais profunda, repousa no seu esgotamento enquanto modelo mais exitoso do imperialismo mundial, envolvendo a estagnação econômica do país e a iminente perda da hegemonia global conquistada com a vitória na II guerra mundial. Uma sociedade completamente fraturada, não só entre o que sobrou da imponente burguesia industrial ao lado de Trump e as poderosas corporações financeiras, Big Pharma e mídia corporativa na trincheira de Biden, mas fundamentalmente entre os precarizados e excluídos em todos os sentidos e a decadente elite imperial racista e apátrida.