ACIDENTE, NEGLIGÊNCIA, TERRORISMO OU TUDO JUNTO?: UMA EXPLOSÃO “SOB ENCOMENDA” PARA ESTRANGULAR O LÍBANO ECONÔMICA E MILITARMENTE
Um enorme desastre para o Líbano, em todas as direções possíveis, centenas de vidas ceifadas, uma bomba econômica para estrangular a principal fonte de recursos do país, suas exportações e uma crise política no horizonte que pode desembocar em uma sangrenta guerra com a “explosão” do governo de “unidade nacional”, composto majoritariamente pela direita maronita e o próprio Hezbolah.
A investigação em andamento, aponta para a causa de uma tremenda negligência , corrupção e incompetência do Estado libanês, mas será “só isso”? É evidente que os inimigos da resistência árabe poderiam ter explorado essa negligência e corrupção do Estado para desencadear esse desastre por sabotagem. Razões simples não faltam para este esta ação, esse desastre serve completamente aos atuais esforços dos EUA e Israel para pressionar o Líbano economicamente a se curvar às suas demandas políticas e militares.O local da explosão, é o estratégico Porto de Beirute, trânsito pelo qual 80% das necessidades de importação e exportação de mercadorias do comércio libanês são processadas.Registre- se o fato das explosões terem atingido as reservas de trigo ali armazenadas, exacerbando a terrível situação econômica do país.
Um acidente por incompetência estatal? É possível, mas não podemos ignorar que o governo israelense ameaçou a Resistência do Hezbolah há alguns dias atrás, para que, se atingissem os alvos do exército sionista de ocupação, uma “dura resposta a infraestrutura do Líbano” seria realizada. Há um ano, exatamente o embaixador de Israel na ONU disse no Conselho de Segurança que o porto de Beirute havia se tornado "porto do Hezbollah"...
É fato que 2.750 toneladas de nitrato de amônio (que explodiram) foram armazenadas há seis anos e foram descritas como uma “bomba-relógio” considerando a maneira irresponsável em que foram armazenadas. É realmente muita coincidência que esta “bomba-relógio” exploda agora no pior momento possível para o Líbano, e como as próprios peritos já declararam o conteúdo estocado era “altamente inflamável”, mas não detonaria sozinho...