domingo, 2 de agosto de 2020

TENSÃO MÁXIMA NAS FRONTEIRAS DO ENCLAVE SIONISTA: ATÉ QUANDO O HEZBOLLAH, SÍRIA E IRÃ SUPORTARÃO AS PROVOCAÇÕES MILITARES DE ISRAEL? 

As tensões na fronteira Israel-Líbano aumentaram nos últimos dias devido a uma ação de provocação militar ocorrida no dia 27 de julho, próximo às Fazendas Sheba'a, uma área síria ocupada pelo enclave sionista de Israel desde a guerra de 1967. As tensões se concentraram na sequência, quando caças israelenses bombardearam um alvo na capital síria de Damasco, matando um combatente do Hezbollah. 

O líder da organização xiita, Hassan Nasrallah, sempre disse que o Hezbollah responderá se seus combatentes forem mortos por Israel. Até agora, o Hezbollah sempre cumpriu sua promessa, com o apoio logístico do regime dos aiatolás, porém a resposta persa e síria não ocorreu ainda, porque? Pelas movimentações militares ocorridas durante a semana passada, o Exército terrorista de Israel reforçou sua presença na fronteira com o Líbano e ameaçou responder a qualquer ataque do Hezbollah. Os líderes sionistas israelenses, incluindo o corrupto Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, alertam diariamente que seu exército agirá com força diante de qualquer "provocação". Netanyahu está acuado por gigantescas manifestações em Tel Aviv, que exigem sua renúncia, ao mandato que recém conquistou nas últimas eleições. 

A crise política interna do sionismo tende a agravar, e sempre uma “aventura militar” é uma bom ato distracionista para o populismo da extrema direita. Porém o Hezbollah não pode ficar inerte e  deixar Israel matar seus combatentes no Líbano ou na Síria, uma vez que estabeleceria uma precedência de que os assassinos sionistas possam agir impunemente, como já fez contra as forças sírias e iranianas. O exército israelense ataca alvos sírios e iranianos com imprudência e quando “bem entende”, e até agora os regimes de Teerã e Damasco vem agindo com muita cautela. A Síria e o Irã não respondem aos ataques terroristas israelenses, apesar dos constantes avisos que dão, isso têm incentivado Benjamim a continuar as provocações  Nasrallah sabe que, se não responder, Israel aumentará a escalada de ataques.

Em 28 de julho o Exército de Israel anunciou que havia enviado mais reforços para a fronteira com o Líbano, e os líderes sionistas sob o comando de Netanyahu, não pararam suas ameaças contra o Hezbollah, referindo-se constantemente em detalhes ao suposto confronto em 27 de julho.  Desde então, as tensões na fronteira são extremas e ninguém sabe quando o Hezbollah reagirá à morte de seu dirigente em Damasco. O secretário-geral adjunto do Hezbollah, Naim Kasim, afirmou : “As condições implicam em uma guerra iminente com Israel ... O Hezbollah e o Eixo da Resistência em geral hoje estão em defesa, mas esta condição não será permanente”. 

As fronteiras do Estado de Israel, assim como seu próprio território são fruto da invasão e pilhagem histórica do povo palestino e sírio-libanês. Portanto os Marxistas Leninistas não conferem nenhuma legitimidade as ações terroristas contra os regimes nacionalistas burgueses do Irã e Síria, apesar das diferenças de classe e programa que temos com estes governos de Assad e dos Aiatolás. Sem duvida se aproxima um confronto militar de grandes proporções na região, seja pela indução guerreirista do imperialismo ianque, ou pela própria crise interna do sionismo.