NOS 75 ANOS DA BOMBA DE HIROSHIMA: A AMEAÇA DE UMA NOVA GUERRA MUNDIAL
Este 6 de agosto 2020, marca o 75º aniversário do bombardeio imperialista ianque na cidade de Hiroshima, no Japão, no que constituiu o primeiro ataque nuclear da história, já no curso final da II Guerra Mundial.Três dias depois, o covarde ataque foi repetido com uma bomba de poder ainda maior na cidade de Nagasaki, alcançando assim a rendição incondicional do Império Japonês, um evento que levaria ao fim da Segunda Guerra Mundial.
Duzentos e cinquenta mil pessoas mortas entre os dois atentados, uma ação de barbárie impulsionada pelo imperialismo norte-americano "democrático", no mesmo nível dos campos de concentração nazistas e outras barbáries capitalistas durante todo o século XX.
A desculpa para esse crime contra a humanidade utilizada pelo presidente Harry Truman, eleito pelo Partido Democrata(o mesmo partido de Biden que a esquerda reformista saúda como “civilizatório), foi que o Japão "não se renderia exceto com uma invasão terrestre" e que "custaria um milhão de soldados" ianques, uma alegação que foi negada por investigações subseqüentes, mas que serviu como um álibi para desencadear o terrível ataque atômico.
O “teste” com as primeiras bombas atômicas tinha um duplo objetivo: a rendição incondicional do Japão. Mas, acima de tudo, dar um sinal de alerta à URSS para que ela não "ficasse maior" após o triunfo sobre o nazismo, no qual desempenhou um papel fundamental.
O argumento do Democrata mostrou toda a sua falácia quando se soube que vários membros do próprio governo ianque propuseram uma "ação demonstrativa" do poder da bomba em algum porto japonês, reduzindo o impacto na população civil. Truman recusou, ele procurou realizar uma ação exemplar que deixaria os Estados Unidos como a primeira potência imperialista mundial indiscutível, não importava se isso fosse feito à custa de centenas de milhares de assassinatos de civis.
Nas duas bombas atômicas, ocorreu a destruição mais instantânea que teve antecedentes na história humana. Não que não houvesse outros eventos bárbaros semelhantes na Segunda Guerra Mundial, como os assassinatos industrializados em campos de concentração do nazismo.
Também não devemos perder de vista o fato de que, por "meios convencionais", como o bombardeio aliado da cidade de Dresden, na Alemanha, em 13 e 15 de fevereiro de 1945, centenas de milhares de pessoas foram mortas em alvos que não eram de interesse militar.
De qualquer forma, as bombas atômicas ainda constituem o núcleo dos meios de destruição em massa, das forças destrutivas que é possível alcançar sob o capitalismo, aplicadas concretamente a uma das maiores conflagrações do século passado.
Em um século XX marcado pelas experiências de revolução e contra-revolução, Hiroshima e Nagasaki foram exemplos de até que ponto a contra-revolução imperialista, e suas forças destrutivas pode chegar. Só podemos equivaler a esta catástrofe a destruição do Estado Operário Soviético, um passo gigantesco que a humanidade deu para trás.
Com o fim da URSS e o colapso do cinturão dos outros Estados Operários do Leste europeu, o imperialismo seguiu como força hegemônica militar e econômica do planeta, e justamente hoje quando reverenciamos o 75’ aniversário do genocídio de Hiroshima, desponta no horizonte da humanidade a possibilidade da deflagração de uma nova Guerra Mundial, exatamente pela mesma razão, a disputa pelo controle dos mercados. Não criemos falsas ilusões de que os Democratas dos EUA, serão um pouco melhores do que a extrema direita trumpista. A humanidade só poderá construir sua paz efetiva e o desenvolvimento harmonioso dos povos, colocando abaixo o “monstro” do imperialismo, decepando pela via da revolução socialista suas “duas cabeças” genocidas, Democratas e Republicanas!