segunda-feira, 10 de agosto de 2020

URGENTE: CAIU O GOVERNO DO LÍBANO DIANTE DA “REVOLUÇÃO COLORIDA” 

O Primeiro Ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou nesta segunda feira(10/08)a renúncia de todo o Governo, que tem sido o centro de protestos pelo manuseio de cargas explosivas perigosas no porto de Beirute, levando à poderosa explosão que causou mais de 160 mortos e um amplo  devastação de parte da capital. Apesar da comprovação de que as toneladas de nitrato de amônia estarem armazenadas irresponsavelmente no porto, também existe a farta evidência de que a explosão foi provocada por um ato terrorista de sabotagem ao Líbano, justamente para provocar o estrangulamento e queda do governo de “unidade nacional”, integrado pelo movimento de resistência, o Hezbolah, à ocupação militar israelense na região. "Hoje eu anuncio a renúncia deste governo. Que Deus proteja o Líbano", declarou Hassan, em um discurso televisionado no início da noite. Já o presidente do Líbano, Michel Aoun,  afirmou que a investigação consideraria se a causa foi alguma interferência externa, negligência ou um acidente. Michel Aoun enfatizou que o: “Líbano não voltará a cair nos braços de potências estrangeiras”, sinalizando uma clara divergência com o ex-Primeiro Ministro, que disse pretender agora se juntar aos protestos. O Líbano atravessa uma dessas “revoltas coloridas”, protestos dirigidos pelo imperialismo contra “adversários indesejáveis”, na grande maioria dos casos governos nacionalistas burgueses que estabelecem algum nível de oposição a ofensiva neoliberal das corporações internacionais do capital financeiro. É fato que a crise econômica capitalista já vinha castigando duramente as condições de vida da população do país, não encontrando nenhuma alternativa de superação da crise no marco da manutenção do regime capitalista, gerenciado pelo governo de “unidade nacional”. A única perspectiva realmente progressista para as massas libanesas reside na revolução socialista e a instauração de um governo realmente anti-imperialista que rompa com a decadente burguesia maronita (cristãos pró-ocidente)que domina o país desde o século passado, com a retirada do império Otomano.