sexta-feira, 7 de agosto de 2020

AVANÇA O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA: UM NEGÓCIO CAPITALISTA APOIADO PELOS GRANDES GRUPOS ECONÔMICOS E IMPUSIONADO PELO GOVERNO BOLSONARO, LATIFUNDIÁRIOS E GARIMPOS


As áreas de desmatamento na Amazônia aumentaram 33% no período de um ano. Trata-se de um avanço do grande negócio capitalista envolvendo o garimpo de ouro e outros minérios, além da extração de madeira patrocinada pelas grandes empresas capitalistas em parceria com o governo Bolsonaro, o ministro "passa a boiada" Salles, latifundiários e donos de garimpos.   

De agosto de 2019 até o dia 30 de julho deste ano – atualização mais recente do sistema de monitoramento Deter – houve alertas de desmatamento de 9.125 km² de área da floresta. Entre agosto de 2018 e julho de 2019, esse número tinha ficado em 6.844 km². Em resumo, grandes áreas votadas para o garimpo e a agricultura controlada pelas grandes empresas.

Nós revolucionários defendemos que a verdadeira defesa do meio-ambiente só pode ser realizada através da aliança do campesinato pobre com o proletariado do campo e da cidade através da luta pela revolução agrária que exproprie os latifundiários através da construção de comitês de autodefesa armados, preservando a vida dos lutadores ameaçados pelo terror dos grandes proprietários, acobertados pelo governo Bolsonaro.

Os Marxistas Leninistas dizemos claramente que só a revolução socialista, com a expropriação da burguesia em nível mundial e a liquidação do modo de produção capitalista podem pôr um fim às forças destrutivas, às guerras e aos monopólios predadores que ameaçam a existência da humanidade.

Somente o proletariado mundial, urbano e rural, e seus aliados históricos como o campesinato pobre, será capaz de travar uma luta consequente para expropriar o latifúndio, as grandes empresas e os monopólios por meio da luta pela revolução proletária e o socialismo! 

Nesse sentido, fazemos também a polêmica com os próprios “ecossocialistas” que buscam novas vanguardas justamente para negar a luta de classes como motor da história e o método da violência revolucionária e a ditadura do proletariado como únicos meios capazes de salvar a humanidade da barbárie capitalista. O saque e a destruição do homem e da natureza são consequências do modo de produção, apropriação e distribuição capitalistas, que não tem como ser planejada e racionalizada, mas sim liquidada pelos trabalhadores. Não por coincidência no Brasil os “ambientalistas” atuam em conjunto com as ONGs manipuladas pelo imperialismo ianque e europeu para se passarem como “baluarte das florestas”. 

Para os Revolucionários, o combate efetivo em defesa das reservas naturais, jamais poderá ser realizado em aliança política com empresários, ONGs e setores ligados as diversas ala do imperialismo e seu projeto de “capital verde”. Contra esta farsa, denunciamos a impossibilidade de haver qualquer preservação da própria espécie humana assim como do meio-ambiente, das florestas e das fontes aquáticas sob o tacão dos grandes monopólios transnacionais, já que o capitalismo leva a humanidade à barbárie e às guerras de espoliação impondo fome, miséria e desemprego. 

Ao mesmo tempo, desmascaramos os charlatões que através do chamado “ecossocialismo” não fazem mais que reforçar a tese revisionista de que o proletariado está superado como direção política da revolução socialista apresentando as “novas vanguardas” (verdes, luta de gênero) como eixo principal da “utopia” de uma “economia sustentável”. Eles “esquecem” que o conceito de forças produtivas elaborado por Marx, engloba fundamentalmente a força de trabalho, ou em outras palavras, o proletariado, a força produtiva principal. Em uma sociedade que condena a maioria da população, inclusive nos países imperialistas, à miséria absoluta as forças produtivas efetivamente deixaram de crescer e só podem voltar a fazê-lo através da Revolução Proletária para garantir a existência da humanidade em harmonia com a Natureza em um futuro comunista.