sábado, 8 de agosto de 2020

BRASIL CHEGA A 100 MIL MORTOS POR COVID-19: UMA MARCA FÚNEBRE ALCANÇADA DEVIDO AO SUCATEAMENTO DO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE IMPOSTO PELA ALIANÇA GENOCIDA DA OMS, BOLSONARO E GOVERNOS DE TODOS OS PARTIDOS GERENTES DO GRANDE CAPITAL!

O Brasil chega neste fim de semana a mais de 100 mil mortes por Coronavírus segundo os dados da mídia burguesa. Até esta sexta-feira (07.08) à noite, o consórcio de veículos de imprensa capitalista indicou que as secretarias estaduais acrescentaram nas últimas 24 horas 1.058 novos registros de óbitos. De acordo com os dados estatísticos, o país tem uma média de 1.019 mortes por dia na última semana anotados como provocadas por Covid-19... Registre-se que num passe de mágica desapareceram outras milhares de mortes que ocorrem em razão de um sistema público de saúde que parece só ter verbas para a Covid, suspendendo cirurgias, suprimindo atendimento ambulatorial e reduzindo ainda mais o número de UTI’s que não estão reservadas para a pandemia. Mortos por tuberculose, AVC’s, enfartes, câncer, doenças renais e outras enfermidades que ficaram praticamente sem atendimento médico do sistema público, não estão na “onda da mídia” e sequer tem um “responsável genocida” como a esquerda aponto apenas para o neofascista Bolsonaro, deixando impunes prefeitos e governadores que destinaram milhões e milhões de Reais recebidos das verbas nacionais do SUS (Ministério da Saúde) para a construção de hospitais de campanha que sequer foram inaugurados e já estão sendo desmontados.

São milhares de mortos, subproduto do colapso crônico e histórico do sistema público de saúde, agravado com a precária “exclusividade” para o atendimento da Covid. Diante desse quadro é simplesmente surpreendente a omissão diante deste crime de lesa humanidade. Quantos morreram sem atendimento ambulatorial? Quantos morreram sem poder fazer a hemodiálise? Quantos morreram sem o tratamento da quimioterapia? Quantos morreram sem o socorro psiquiátrico? Não sabemos e sinceramente nunca saberemos porque estas vítimas são banais, não rendem votos e muito provavelmente suas estatísticas serviram ainda para engrossar os números do Covid, já que parece que na pandemia somente se vai a óbito pela contaminação do coronavírus...

Esses dados alarmantes não impediu que os empresários e os governos estaduais e municipiais de todos os partidos políticos retomassem as chamada “atividades econômicas” sem que o sistema de saúde público tenha qualquer capacidade de resposta a esse quadro de verdadeiro genocídio, expondo a vida dos trabalhadores e suas famílias. A responsabilidade criminosa destes recordes de doentes e mortos, recai em primeiro plano por nosso sistema de saúde pública, sucateado e sem verbas por todos os governos burgueses (Bolsonaro, PSDB, PMDB, PT, PCdoB...) para fazer frente a uma pandemia desta dimensão. Se o SUS universal é uma conquista do povo, também é um fato que encontra-se sem condições mínimas de atender às necessidades básicas sanitárias e médicas da nossa população pobre, isto muito antes de qualquer pandemia, as UTI’s já estavam lotadas e sem leitos suficientes, faltando medicamentos e profissionais de saúde bem remunerados para fazer frente a uma demanda de cerca de 200 milhões de habitantes. A pandemia do coronavírus apenas agravou tragicamente este quadro caótico da saúde pública, sem verbas estatais suficientes para praticar uma medicina digna para quem dela necessitava. Os hospitais de campanha montados às pressas, todos com trabalhadores terceirizados e sem equipamentos e medicamentos, obviamente não foram capazes de evitar a tragédia que se abateu no país. Neste ponto, onde é omitido o papel cúmplice da OMS, que não se dedicava em nenhum país do mundo a exigir hospitais e atendimento clínico universal para todos os acometidos de COVID, e muito menos em apresentar um protocolo científico de tratamento da doença. 

A única “gritaria” da OMS foi exigir que governos comprassem milhões e milhões testes ineficazes, além de orientar o confinamento geral da população, baseada em planilhas estatísticas, que sequer continham qualquer informação científica sobre o comportamento do novo patógeno. Apenas projeções estatísticas contra qualquer esforço científico em buscar um tratamento para a doença, já que uma vacina não é algo que possa se obter em curto prazo. A OMS com o claro objetivo de prolongar o confinamento planetário, passou a demonizar qualquer tentativa científica para obter medicamentos contra o vírus, primeiro indicava que o doente morresse isolado em casa por que não havia tratamento lcomprovado”, e quando muito apontava que a única medicação possível seria o “entubamento”, promovendo a venda de milhões de respiradores mecânicos superfaturados. No mundo real da medicina, longe das planilhas da OMS, os médicos honestos tratavam de encontrar uma alternativas a falta da vacina, foram buscar na cloroquina, antibióticos e corticoides uma forma de minorar e deter a evolução da Covid no organismo dos pacientes, já que a OMS só entendia de planilhas, números e estatísticas, deveria ter mudado o nome para OME, Organização Mundial de Estatística... 

No Brasil, com um SUS muito debilitado e com uma enorme população sem saneamento, alimentação e atendimento básico preventivo e clínico, o Covid encontrou um campo aberto. O governo neofascista aproveitando-se da inoperância de uma OMS que só “gritava: fique em casa”, passou simplesmente a “gritar: vá para a rua”, e neste embate de criminoso o povo brasileiro pagou com sua própria vida! Para exigir o “Fique em casa!” é necessário que os governos burgueses forneçam a população trabalhadora ou carente as condições necessárias a sua sobrevivência digna, porém no regime capitalista os Marxistas sabem muito bem desta impossibilidade histórica. Portanto a plataforma política da esquerda classista para a conjuntura da pandemia não poderá ser a mesma do cretinismo das classes dominantes, que antes haviam se dividido entre o “Fique em casa” ou o “Vá trabalhar!” mas agora liberaram todas as atividades econômicas sem qualquer retaguarda médico-hospitalar. Ambas são criminosas se adotadas no abstrato da atual sociedade de mercado e das mercadorias. 

O que se coloca para a classe operária e o povo pobre é a luta para derrocar este sistema da morte, através de um programa transitório de reivindicações reais, baseado na mobilização permanente. Exigimos do Estado Burguês não o “Fique em casa!”, mas hospitais de excelência, estabilidade no emprego, assistência social plena, transporte público de qualidade, habitação digna e terra para os camponeses produzirem. Este é um ponto de partida “justo” para impulsionar uma verdadeira transformação na correlação de forças entre as classes sociais, retirando o proletariado da completo defensiva política imposta pela covardia da esquerda reformista.