sexta-feira, 28 de agosto de 2020

TEORIA DA IMUNIDADE COLETIVA VERSUS CONFINAMENTO GERAL: PORQUE A LETALIDADE DE UM VÍRUS POUCO CITOPÁTICO FOI TÃO ALTA NO PLANETA?

Para aqueles que reivindicam o campo da esquerda e que acreditam e confiam que o consórcio formado entre a OMS e toda a mídia corporativa mundial, em um “uníssono centralizado militarmente” conclamava diuturnamente as pessoas a se confinarem, cobrando dos Estados medidas repressivas para o cumprimento da quarentena global (tudo é claro em nome da ciência e da boa saúde da humanidade), não dirigimos este artigo por uma razão muito elementar: não tem um espírito classista e tampouco anti-imperialista! Entretanto os ativistas da esquerda revolucionária, em franca minoria é claro, que por “instinto de classe” desconfiaram da “conversão humanitária” dos barões da mídia, dos bilionários filantrópicos e da própria OMS, deverão se interessar por uma posição crítica diante da grande farsa montada em torno do “confinamento geral” praticado nos países capitalistas, a exceção da China por razões de seu recente passado como um regime econômico socialista.

Em um recente artigo publicado na revista científica “La Recherche” (França), os editores lamentam as "simulações epidemiológicas" que levaram governos a impor confinamentos que não poderiam ser executados plenamente, elevando desta forma a carga viral da epidemia, em função de seu represamento e alta taxa de concentração. Ao invés de deixar o vírus circular para milhões de pessoas, reduzindo sua já baixa capacidade citógena(cerca de 2%), o que causaria menos infecções pulmonares graves até para idosos e vulneráveis, a inédita quarentena global, elevou a taxa de letalidade do coronavírus em quase 10% dos “infectados” em muitos países que adotaram o confinamento duro como a Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Espanha etc..., todos estes contado com satisfatórios sistemas de saúde. 

O mais interessante é que segundo as estatísticas oficiais credenciadas pela própria OMS, países que não impuseram um confinamento generalizado apresentaram uma evolução epidemiológica semelhante, ou menor que aos demais, concluiu o estudo da revista. Foi mostrado mais uma vez que os “confinamentos mistos” são inúteis, ou mesmo noviços a supressão da pandemia. 

O Dr. Jean-François Toussaint e o pesquisador de bioestatística Andy Marc observam que as medidas de contenção rígida foram sugeridas por um grupo de epidemiologistas britânicos do Imperial College London, que aconselhou uma "resposta uniforme à maioria dos governos" com base em modelos.  matemáticos e não médicos, alguns dos quais as suposições eram inconsistentes. Inclusive alguns tolos “desinformados” chegaram a acusar o governo britânico do reacionário Boris Jonhson de ter aplicado na Inglaterra o modelo da imunidade coletiva, pelo “pódio” de óbitos pelo país, quando na verdade o NHS (órgão sanitário autônomo inglês) impôs um confinamento duro, seguindo fielmente a orientação da OMS. Os autores do rigoroso estudo científico descrevem como “confinamentos cegos", ditado pela mídia corporativa e OMS. 

Propor no máximo um confinamento seletivo, para pessoas com graves comorbidades, teria sido uma medida preventiva muito mais eficaz, segundo os estudos mais avançados da ciência biológica e da virologia. A propagação da doença, a Covid-19, afirmam os cientistas depende também de fatores temporais, ambientais e populacionais que não foram levados em consideração nos modelos estatísticos, que de infectologia não entendiam nada! 

Também é necessário levar em consideração o impacto do confinamento em pacientes com doenças crônicas, cancerígenas, acidentes vasculares, infartos tratado tardiamente, surtos psicológicos e outras dezenas de doenças que ficaram sem tratamento e atendimento de urgência com a histeria do pânico e a atenção exclusiva dos sistemas de saúde para o coronavírus. Se a Covid oficialmente em seis meses de pandemia matou no planeta cerca de 850 mil pessoas, a “falha” nos serviços ambulatoriais e emergenciais de saúde levou ao óbito mais de 2 milhões de habitantes carentes das regiões mais pobres do planeta, mas isso é claro não “rende votos” e tampouco serve para demagogia eleitoral da esquerda Social-Democrata.