domingo, 2 de agosto de 2020

PRIVATIZAÇÃO E ROUBO NEOLIBERAL: BOLSONARO ENTREGA PRESIDÊNCIA DO BB PARA RENTISTA DO HSBC ENQUANTO GUEDES MANDOU DOAR CARTEIRA DE CRÉDITO AO BTG PACTUAL POR 10% DE SEU VALOR

Bolsonaro e o estafeta dos rentistas, Paulo Guedes, acabam de entregar a presidência do BB para André Brandão, atual presidente do banco HSBC no país. Trata-se de um movimento para acelerar a privatização do Banco do Brasil. Brandão tem uma longa “folha corrida” prestada ao “Deus mercado”. 

Em 2015, o executivo ultra-neoliberal depôs na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigava crimes de evasão de divisas de politicos burgueses e empresários com contas na agência de Genebra, na Suíça, do HSBC, no escândalo conhecido midiaticamente como "Swissleaks"Desde 2003 no HSBC, Brandão atuava como chefe global da instituição para as Américas. Depois da venda do banco de varejo para o Bradesco, em 2016, o HSBC atua no Brasil apenas como banco de investimento. Antes de chegar ao HSBC, o executivo permaneceu mais de dez anos no Citibank. Apesar de ser um nome com o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, o executivo é ligado também ao guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho. O governo vive neste momento uma "limpa" da área ideológica abertamente neofascista, justamente para agradar o mercado financeiro e, principalmente os partidos do chamado Centrão, que agora formam a base de apoio do governo Bolsonaro. 

Antes de entregar a presidência do BB para um rentista ligado diretamente ao HSBC, o ex-presidente Rubem Novais, por orientação de Paulo Guedes, vendeu de uma carteira de crédito do Banco do Brasil para o banco BTG Pactual por apenas 10% do valor, uma verdadeira doação! Ela foi vendida por R$ 371 milhões, mas valeria R$ 2,9 bilhões. Essa foi uma das últimas transações feitas na gestão de Rubem Novaes. O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, foi um dos fundadores do BTG Pactual. Hoje o banco é comandado por André Esteves. O Banco do Brasil é patrimônio do Estado brasileiro que o governo neofascista Bolsonaro quer entregar de bandeja ao capital financeiro internacional. Apesar das políticas de enfraquecimento da instituição, cuja ponto máximo ocorre agora sob a orientação do rentista Paulo Guedes, o Banco do Brasil ainda consegue resultados bastante favoráveis, sem deixar de manter sua marca como banco estatal de atuação  relevante, especialmente pela sua dimensão de fomento e crédito para a economia nacional. 

Os bancários do BB, assim como toda a categoria do setor financeiro, público ou privado, deve iniciar imediatamente a organização da defesa de suas conquistas históricas através da ação direta, desembocando em uma grande greve geral na campanha salarial em setembro, para defender o Banco do Brasil da privatização neoliberal promovida por esta corja governante submissa aos interesses do imperialismo ianque.