terça-feira, 10 de outubro de 2023

ALI BARAKEH, DIRIGENTE DO HAMAS REVELA COMO PREPAROU O ATAQUE A ISRAEL: “EXÉRCITO SIONISTA É UM TIGRE DE PAPEL”

Ali Barakeh, alto comandante do Hamas, revelou nesta segunda-feira detalhes do ataque lançado contra Israel, afirmando que a sua organização está preparada para travar uma longa guerra, para a qual  dispõe de um grande arsenal de foguetes. “Preparamo-nos bem para esta guerra e para enfrentar todos os cenários, mesmo o cenário de uma guerra longa”, declarou Barakeh em entrevista à AP (Associated Press). “Pararemos a vida na entidade sionista se a agressão não parar na Faixa de Gaza”, acrescentou Ali.

O dirigente do Hamas rejeitou os rumores de que o ataque do Hamas tinha como objetivo interromper os esforços dos EUA para persuadir a Arábia Saudita a normalizar as relações com Israel. Ao mesmo tempo, observou que foram provocadas por uma “série de ações” tomadas pelo governo sionista de direita, incluindo visitas ao local sagrado de Jerusalém e o aumento da pressão sobre os prisioneiros palestinianos detidos. Além disso, Barakeh revelou que Israel estaria planejando assassinar os principais líderes do Hamas.

Ali também observou que um número muito limitado de comandantes seniores em Gaza estava ciente do ataque em grande escala contra Israel “Nem mesmo os aliados mais próximos do grupo foram informados antecipadamente sobre o momento exacto do ataque”.

Além disso, Barakeh negou relatos de que autoridades de segurança iranianas estivessem envolvidas diretamente no planejamento do ataque. No entanto, ele garantiu que aliados como o Irã e o movimento de resistência libanês Hezbollah “Se juntariam à luta se Gaza fosse submetida a uma guerra de aniquilação”.

Além disso, o Porta-voz do Hamas disse que as dezenas de israelenses capturados nos ataques seriam usados ​​para libertar todos os árabes detidos nas prisões israelenses, bem como para libertar os palestinos presos nos Estados Unidos. “Os palestinos estão detidos nos Estados Unidos. Pediremos a sua libertação”, enfatizou, sem especificar detalhes. Em 2009, dois membros da Fundação de Ajuda e Desenvolvimento da Terra Santa, anteriormente a maior instituição de caridade muçulmana dos Estados Unidos, foram condenados a 65 anos de prisão por canalizar milhões de dólares para o Hamas, enquanto outros três foram condenados a 65 anos de prisão. condenado a penas entre 15 e 20 anos de prisão por conspiração.

O líder palestino descreveu o Exército sionista como fraco, salientando que inicialmente se esperava que Israel evitasse ou limitasse o ataque surpresa denominado 'Inundação de Al Aqsa'. “Ficamos surpresos com este enorme colapso”, declarou Barakeh. “Tínhamos planejado fazer alguns avanços e levar alguns prisioneiros para trocá-los. Aquele Exército era um tigre de papel”, acrescentou. Além disso, sublinhou que até agora o Hamas apenas destacou um pequeno número das suas próprias forças, observando que cerca de 2.000 combatentes de um total de 40.000 soldados, só na Faixa de Gaza, participaram nas últimas batalhas.