sábado, 21 de outubro de 2023

ENTREVISTA COM ISMAIL HANIYEH: “OS EUA NÃO CONSEGUIRAM DERROTAR A POSIÇÃO ÁRABE, PARA IMPOR UM TRANSLADO DA POPULAÇÃO DE GAZA”

Em uma entrevista concedida para a TV libanesa na última quinta-feira, o comandante do Bureau Político do Hamas, Ismail Haniyeh, confirmou que “A resistência palestina ainda controla o ritmo da batalha, apesar da brutalidade e dos crimes do ocupante”. Haniyeh acrescentou, em seu discurso televisivo, que a Resistência segue o movimento de ​​americanos e europeus, “que pretendem apoiar “Israel”, apontando que “Os EUA não conseguiram dobrar a posição árabe-islâmica para impor a transferência da população de Gaza.”

Ismail declarou que “O objetivo é transferir o povo palestino de Gaza para o Egito e o povo da Cisjordânia para a Jordânia”, sublinhando que “O povo palestino, agarrado à sua terra, rejeita o deslocamento e uma pátria alternativa”. Essa proposta indecente de transladar os palestinos da Faixa de Gaza para um “local seguro”, é levantada por Lula como se fosse uma bandeira “humanitária”.

O comandante do Bureau Político do Hamas sublinhou que: “A continuação da agressão e do derramamento de sangue da população de Gaza irá explodir todas as equações, a nível palestino e regional, e que o que está a acontecer na Faixa de Gaza poderá transformar-se em um conflito regional que o inimigo e aqueles que estão atrás dele não serão capazes de controlar.”

Haniyeh destacou “a necessidade de levar os chefes da ocupação sionista perante os tribunais internacionais, para serem responsáveis ​​pelos crimes que cometeram”, destacando que “O Hamas e o movimento de Resistência têm mais humanidade e moralidade do que este ocupante, que pratica assassinatos com premeditação”.

O chefe do Bureau Político do Hamas disse “que nos últimos dias recebeu inúmeras chamadas e realizou várias reuniões, confirmando a todos que a solução é acabar com a ocupação”. Haniyeh apelou “As massas do nosso povo e à nação islâmica para uma mobilização geral sob o eixo político de parar a agressão e rejeitar o deslocamento e uma pátria alternativa”.