sexta-feira, 24 de junho de 2022

CAIU O SUPOSTO GOVERNO “PROGRESSISTA” DE ISRAEL: SUA POLÍTICA FOI A DE INTENSIFICAR O GENOCÍDIO DO POVO PALESTINO E SEGUIR O “PROTOCOLO” DA OMS&BIG PHARMA

A frágil coalizão Lapid/Bennet, autodenominada “Governo da Mudança”, nada mudou além de afastar o carniceiro Netanyahu, e não se sustentou ao manter a política de genocídio e confisco de terras palestinas em território ocupado pelo enclave sionista. O terrorista Bennet foi colocado na gerência do Estado artificial de Israel por uma imposição da governança global do capital financeiro, seguindo as ordens da OMS&BIGPHARMA incrementou a compra das vacinas experimentais contra a Covid (100% de vacinação), adoecendo a população judia com mais viroses e repressão por conta do recomendado isolamento social.

O governo “progressista” que resultou da coalizão de sete partidos, articulada por Yair Lapid e com Naftali Bennet como premiê, admitiu seu colapso e enviou a proposta de dissolução ao parlamento, como estabelece a legislação israelense, nesta segunda-feira, dia 20.  A previsão é de que o atual gerente siga interinamente e que novas eleições parlamentares que servirão de base para a formação de novo governo aconteçam no dia 25 de outubro deste ano. Com isso, a próxima seria a quinta eleição israelense em três anos e meio.

A coalizão governamental conseguiu se impor sobre a formação que apoia Netanyahu com apenas 61 votos dos 120 que compõem o Knesset, parlamento israelense, uma maioria exígua além de muito instável tendo em vista a diversidade de forças (esquerda sionista, centro, partido de base árabe, com forte presença da ultra-direita judaico supremacista) e o revanchismo de Netanyahu, que não parou nem por um dia em seu esforço de pôr abaixo o novo governo.

Em abril, a deputada supremacista Idit Silman, atraída pelo canto de sereia de Netanyahu, anunciou que retirava seu apoio à coalizão sob o pretexto de que a este governo faltaria “identidade judaica”. Com isso, a coalizão permaneceu com 60 deputados bastando mais uma defecção para perder a maioria parlamentar necessária a sua sustentação. No começo de junho, uma votação se apresentou. A extensão por mais tempo da que ficou conhecida como “Lei do Apartheid”. A tal lei dá aos colonos judeus, vivendo em residências situadas em enclaves construídos sobre terras assaltadas aos palestinos, a condição de cidadãos israelenses plenos enquanto que os vizinhos palestinos, donos originais das terras que lhes foram assaltadas, perdem qualquer condição de cidadania democrática e têm suas vidas regidas por administrações militares.

As “administrações militares”, por sua vez, são determinadas por normas herdeiras da ocupação britânica sobre a Palestina e mantidas por Israel, incluindo arbitrariedades como as “prisões administrativas” onde palestinos podem ser presos por tempo indeterminado, sem julgamento ou mesmo acusação formal. Também cabe aos administradores militares a condição de conceder ou não permissões de construções aos palestinos, obviamente sempre negadas, ou autorização para entrar em Israel, autorização que pode ser suspensa a qualquer momento ao bel prazer do militar no comando da região.

Como tinham advertido os governantes da coalizão, os seus integrantes árabes em cargos de governo e com assento no Knesset, Mazen Ghnaim (Lista Árabe Unida) e Ghaida Rinawi-Zoabi (cineasta, filiada ao partido Meretz), votaram contra a lei. Netanyahu, sob cujos governos a lei permaneceu intocável, orientou seus comandados no parlamento a votarem contra e assim ela não teve maioria necessária à aprovação, ficando com apenas 58 votos favoráveis.

Os dois líderes sionistas do governo, Bennet e Lapid, ao invés de buscarem alternativas à legislação da discriminação legalizada, como históricos carrascos assassinos preferiram partir para determinar o fim de seu governo e a convocação de novas eleições.

Antes disso, um outro incidente, já colocava o governo à beira de perder maioria no parlamento. Durante as discussões sobre a “Lei do Apartheid”, o deputado da coalizão, supremacista do partido “Rumo à Direita”, Nir Orbach, xingou o deputado árabe Ghnaim e declarou que a “inclusão de palestinos no governo de Israel fracassou”. Depois disso, Orbach também se declarou fora da coalizão, que poderia prosseguir como governo de minoria (59 apoios) desde que o bloco comandado por Netanyahu não obtivesse 61 votos para derrubar o governo. No entanto, Naftali Bennet e Yair Lapid preferiram abrir mão de um comportamento honroso e, como já dito, se declararam incapazes de seguir governando, o que abre espaço, de acordo com as primeiras pesquisas, ao retorno do nefasto Netanyahu.

Aliás, Netanyahu é réu em três casos de corrupção e investigado em um quarto com acusação formal pela polícia israelense. Também aí Bennet e Lapid vacilaram pois poderiam ter seguido sugestões dentro de sua coalizão de propor legislação proibindo réus por corrupção de exercerem cargos governamentais e não o fizeram.

As defecções de Idit Silman e Nir Orbach acontecem de forma oportunista para a direita, uma vez que pelo acordo da coalizão, Lapid (que hoje é vice e tem uma posição de centro e bem menos supremacista do que Bennet e foi quem articulou o ingresso pela primeira vez de árabes no governo de Israel) assumiria como primeiro-ministro a partir de outubro. Agora, nas eleições que se avizinham Netanyahu aparece novamente com chances de formar um governo de ultra-direita.

O velhaco Netanyahu já celebrou a queda do governo Bennet contra o qual já instilou seu veneno dizendo que é “o pior governo da história de Israel” e que “era dependente de apoiadores do terrorismo [numa referência aos árabes no governo] e que “colocou em perigo o caráter judaico do nosso Estado”.A verdade é que, com relação ao genocídio dos palestinos, não foi de forma alguma um ‘governo de mudança”. Assistimos isso na violenta repressão às manifestações árabes na mesquita Al Aqsa, durante o Ramadã em Jerusalém e no covarde assassinato da jornalista palestina da Al Jazeera, Shireen Abu Akle.

No que diz respeito às condições de vida dos israelenses, “as coisas pioraram” como afirmam manifestantes em Tel Aviv contra a manutenção das políticas neoliberais no terreno da economia que fazem o custo de vida subir, notadamente no que diz respeito à moradia, tanto aluguéis como o que é cobrado pela compra de imóveis. O investimento estatal em moradias foi reduzido e a especulação, inclusive com vendas de imóveis em Tel Aviv a compradores judeus abastados no exterior, tem aumentado. Neste momento, jovens israelenses retomam movimento de 2011 contra a carestia referente à moradia, instalando tendas na avenida Rotchild em Tel Aviv, com dizeres como “Nosso teto está quebrado”. A determinação do Isolamento Social por conta da farsa da pandemia não está conseguindo conter a ação direta do próprio povo judeu.