“EFEITO ORLOFF”: PSTU CELEBRA VITÓRIA DE PETRO NA COLÔMBIA... AMANHÃ VAI FESTEJAR ELEIÇÃO DA CANDIDATURA BURGUESA DE LULA NO BRASIL
O “efeito Orloff” se tornou, nos anos 1990, um chavão, se inspira numa propaganda de vodca dos anos 1980. Nela, o protagonista acorda de ressaca porque tomou vodca ruim. “Eu sou você, amanhã”, é um slogan que encaixa-se como uma luva na política dos Morenistas da LIT. Com o PSTU parece ocorrer o mesmo. Agora comemora a vitória de Petro na Colômbia, amanhã vai celebrar a de Lula no Brasil, ambas candidaturas burguesas com um programa social-democrata de conciliação de classes.
Segundo a LIT “As massas celebraram a vitória massivamente nas ruas, em um fato sem precedentes na história do país, e celebraram com razão, pois é uma vitória em primeiro lugar sobre o projeto autoritário de Rodolfo Hernández, candidatura improvisada diante do desespero da burguesia frente à crise de seus partidos e suas figuras. É uma vitória histórica sobre o uribismo”. Nada mais falso! A rebelião popular foi sufocada e desviada pela Social Democracia comanda por Petro na Colômbia com o apoio da Casa Branca, tanto que Petro declarou que “Vou desenvolver o capitalismo na Colômbia” no que foi saudado pela Casa Branca.
Uma verdadeira frente ampla burguesa mundial formou-se para
saldar a vitória do social-democrata Gustavo Petro na Colômbia. Biden, Macron,
Lula, PT, PSOL, PCB, PSTU... todos em coro uníssimo declararam a importância da
derrota do direitista Rodolfo Hernandez, demonstrando que a política da
governança global do capital financeiro é apostar suas fichas na esquerda burguesa.
O PSTU festeja hoje a vitória do social-democrata na
Colômbia, amanhã vai comemorar a eleição de Lula no Brasil. Segundo o artigo da
LIT “Colômbia| Nas urnas derrotamos a ameaça autoritária, nas ruas
conseguiremos a mudança” (29.06). Esse mesmo mantra campista vai servir para
justificar o voto em Lula contra Bolsonaro.
Esta política vergonhosa da seção colombiana da LIT está
inspirada na orientação que o PSTU brasileiro adotou em 2018, com a defesa da
linha “Contra Bolsonaro votamos 13”, no caso votaram em Haddad do PT no 2º
turno da eleição presidencial, justamente quando o candidato petista agrupava
amplos setores da burguesia em uma suposta “Frente Democrática contra o
Fascismo”.
A posição da LIT também antecipa a própria conduta que o
PSTU e o tal “Polo Socialista e Revolucionário” irão adotar no Brasil na
disputa presidencial de 2022: os Morenistas apoiarão o Lula e o PT no segundo
turno em nome de derrotar Bolsonaro nas urnas.
Depois de pagar um preço alto pelo isolamento de não ter se oposto ao golpe parlamentar contra Dilma em 2016 (o que sem dúvida foi um erro político grave) o PSTU resolveu em 2018 “espiar seus pecados” e votou no PT, argumentando o perigo da “volta da ditadura militar” quando dizia que sequer existia “onda conservadora” no Brasil!
O mais grave é que o PSTU resolveu apoiar Haddad em 2018
justamente quando o candidato do PT rebaixou ainda mais seu programa para
agradar a burguesia, se comprometendo com a reforma da previdência e o ajuste
neoliberal. Em 2022 vai fazer o mesmo com Lula e sua Frente Ampla com Alckmin e
os golpistas!