PCB “ESCLARECE” AOS DESAVISADOS: “É MENTIROSA E CÍNICA A DECLARAÇÃO DE QUE
APOIAMOS O GOVERNO PUTIN E O ESTADO RUSSO NO CONFLITO MILITAR NA UCRÂNIA!”
O artigo “Comentando o artigo do PSTU sobre o PCB e a “Frente Eleitoral” (02.06), escrito por Fábio Bezerra (membro do CC do PCB), explica as razões porque o partido não formou uma frente eleitoral com o PSTU. Repondendo quando os Morenistas acusam o PCB de postar-se no campo militar da Rússia contra a OTAN, o dirigente do PCB “esclarece” aos desavisados e iludidos com sua suposta política anti-imperialista: “É mentirosa e cínica a declaração de que apoiamos o governo Putin e o Estado russo no conflito militar na Ucrânia! Em nossa nota política publicada em 25 de fevereiro desse ano, “Declaração Política sobre a crise militar na Ucrânia”, deixamos claro que esse conflito é o resultado direto das contradições da crise do sistema capitalista, que teve seu epicentro em 2008 e que, de lá para cá, agudizaram-se os conflitos imperialistas na geopolítica mundial, conflitos esses que expõem os interesses do avanço militar da OTAN e da hegemonia estadunidense na região, em contraposição aos interesses da burguesia russa, a qual encontra apoio no governo conservador de Putin”.
A declaração da Comissão Política Nacional do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB) sobre a crise militar na Ucrânia afirma “Os interesses das burguesias estadunidense e russa são evidentes nessa luta pela partilha do mundo capitalista e a guerra não interessa aos trabalhadores.” (25.02). Apesar do PCB dizer que no título da declaração “Pelo fim da OTAN e da guerra – pela paz e o socialismo na Ucrânia, na Rússia e em todo o mundo!” o texto claramente não se coloca no campo militar da Rússia contra a OTAN, ao contrário, defende a falsa “neutralidade” na guerra que Moscou leva adiante contra a aliança imperialista comandada pelos EUA.
Ainda segundo a declaração do PCB “A Rússia é, hoje, um país
capitalista, cujo governo atual tem pretensões expansionistas e exerce forte
repressão interna aos movimentos dos trabalhadores” dando claro sinal que
caracteriza a Rússia como uma potência imperialista. Somente os ignorantes na
teoria Marxista Leninista (como a direção nacional do PCB) caracterizam a Rússia
restaurada como um país imperialista, para justificar sua falsa neutralidade
diante das agressões da OTAN contra povos e regimes de países semicoloniais.
Nesse sentido, o PCB pela sua neutralidade na guerra vergonhosamente virou
apêndice social-democrata do PSOL.
O contemporâneo expansionismo geopolítico e militar russo nada tem a ver com a rigorosa definição Leninista de imperialismo, como sendo a “exportação do capital financeiro por meio da força”, ao contrário é reflexo direto da reação nacionalista da “jovem” burguesia russa, oprimida pelo capital imperialista.