quarta-feira, 29 de junho de 2022

SOROS LANÇA UMA MENSAGEM SOBRE O FUTURO DA CIVILIZAÇÃO: “UMA BOA GUERRA NUCLEAR PODERIA ALIVIAR OS PROBLEMAS”…

Catastrofista? Não necessariamente. Para Yuval Harari, o “filósofo” não oficial do Fórum de Davos pode ser uma solução. Harari não se cansa, com uma frieza de gelar o sangue, de discursar sobre essa enorme massa de humanos pobres e “inúteis” que constituem um “peso morto” para o planeta, ainda mais agora com a Nova Ordem Pandêmica onde a mecanização e a inteligência artificial os tornaram supérfluos para a produção.

Assim não há maneira de ser considerado “conspiranóico”. Quando os poderosos rentistas deste mundo se encontram numa pitoresca e altamente vigiada aldeia suíça, e dão entrevistas coletivas contínuas para nos dizer em detalhes horripilantes o que vão fazer conosco, ou seja, com a plebe do planeta que ainda compartilham, para seu desgosto, com essa criminosa elite financeira não se pode continuar a entreter a ideia de uma “cabala secreta” é quem comanda o mundo nas nossas costas.

Bem-vindos à reunião do Fórum Econômico Mundial, convocado para Davos. Mais um ano do prepotente fundador Klaus Schwab, com aquele ar de “Dr.No”, parecido a um filme trash de baixo orçamento. Não sei se todos lá estão, mas é claro que todos os que lá estão são… Como a nossa inefável salsa de todos os molhos, o octogenário financista internacional George Soros, que na sua primeira aparição pessoal em Davos desde que chamou a Trump de "vigarista e narcisista", alegando que Mark Zuckerberg estava conspirando para que ele fosse reeleito, desta vez atacou outra pesadamente a China (que nesta edição enviou funcionários de segunda categoria ao Fórum) e, claro, contra o “mau gerente” destes dias, Vladimir Putin.

Soros estava transbordando de otimismo, como o nonagenário Henry Kissinger, outra “estrela” idosa e decadente desta edição, que alertou que a guerra na Ucrânia poderia degenerar numa guerra mundial a qualquer momento. No seu discurso, Soros lamentou que "as questões que dizem respeito a toda a humanidade (combater pandemias e mudanças climáticas, evitar a guerra nuclear, manter as instituições globais) tiveram que ficar em segundo plano nessa luta", acrescentando: "É por isso que digo que nossa civilização pode não sobreviver".

Uma boa guerra atômica poderia ajudar a aliviar o problema, e não é como se algum desses rentistas, em todo o caso, sofresse as consequências, como Soros mesmo disse publicamente com uma sinceridade desarmante: "Se o pior acontecer e o 'dilúvio' se der, os cientistas construirão uma Arca de Noé para as elites, deixando o resto afogar-se”. “Os outros”, caso não se entenda, somos nós, os que nunca vão receber um convite para ir a Davos.

Harari não tem a certeza, observando que a grande questão do nosso tempo é o que fazer "com todas essas pessoas inúteis". “O problema é o tédio, porque lhes falta valor. Eu apostaria numa combinação de drogas e jogos de computador”.

Enquanto decidem o que fazer conosco, o “gado humano”, o que eles deixam claro é que temos de ser postos em estábulos e controlados eletronicamente de perto. E a pandemia de coronavírus veio a calhar para alcançá-lo. Continuamos com Harari: “O Covid tem sido fundamental, porque é o que convence as pessoas a aceitar e legitimar a supervisão biométrica total. Não temos apenas de controlar as pessoas, temos de controlar o que se passa sob sua pele".

Claro, o que os nossos amos de forquilha e faca em Davos estão fazendo é dizer-nos através de um megafone que a democracia liberal tem sido uma experiência curiosa e interessante, mas que temos de aceitar o fato de que acabou. Com tudo o que isso implica, como a liberdade de expressão, essa antiguidade. É a tese que a comissária de segurança cibernética australiana, Julie Inman, expôs abertamente no Fórum. Sendo uma política burguesa com um eleitorado a que ainda tem de se responder mais ou menos, ela foi um pouco menos direta do que Harari, mas tudo ficou entendido: “Encontramo-nos numa situação onde há cada vez mais polarização, em que tudo se apresenta como binário sem necessidade, por isso acho que teremos de repensar e recalibrar toda uma série de direitos humanos que se manifestam online… como a liberdade de expressão”.

Poderíamos descartar todo esse programa macabro como a tagarelice vazia de milionários com delírios de grandeza, se não fosse o fato de que os governantes capitalistas de meio mundo se esbofetearem para aparecerem em Davos e aparentemente aplicarem as suas receitas com assustadora unanimidade. Claro, o fundador e diretor da invenção, Klaus Schwab, acredita absolutamente que está a ditar o futuro da humanidade e não hesita em anunciá-lo, pelo contrário. "O futuro não acontece simplesmente. O futuro é construído por nós, uma comunidade poderosa como nós aqui nesta sala”, afirmou ele no seu discurso de abertura. Só não entende o recado quem é idiota ou já foi corrompido pelo capital financeiro, como a esquerda reformista domesticada…