quinta-feira, 23 de junho de 2022

LULA JANTA COM BANQUEIROS E EMPRESÁRIOS: “VOCÊS NUNCA GANHARAM TANTO DINHEIRO COMO NO MEU GOVERNO”

Lula (PT) participou de um jantar com empresários promovido na casa de Cláudio Haddad, fundador do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa). Acompanharam o petista seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e o ex-ministro e candidato a governador de São Paulo, Fernando Haddad (PT). O jantar começou com perguntas sobre como será conduzida a economia em um eventual terceiro governo Lula e sobre como se dará o relacionamento com o Congresso Nacional. O ex-presidente colocou à mesa sua experiência em colaboração de classes: “Vocês me conhecem”, disse aos presentes, lembrando que seu convívio com o chamado “PIB brasileiro” não será diferente do período vivido entre 2003 e 2011, quando o grande capital nunca ganhou tanto dinheiro. O jantar terminou com Lula sendo aplaudido pelos presentes, que lhe prometeram apoio.

Participaram do evento, além de Cláudio Haddad, Beto Sicupira (sócio da AB Inbev, dona da Ambev), Fábio Barbosa (presidente da Natura), Frederico Trajano (CEO do Magalu), Horácio Lafer Piva (integrante do Conselho de Administração do grupo Klabin), Pedro Moreira Salles (presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco), Pedro Passos (cofundador da Natura) e Sérgio Rial (CEO do Santander).

Lula também foi questionado sobre o teto de gastos. Em suas diretrizes de governo, o fim do teto de gastos é colocado como ponto fundamental para a retomada econômica do país. O ex-presidente disse ficar “chateado com essas colocações” que põem em dúvida seu compromisso com responsabilidade fiscal. “Eu não sou primário”, afirmou, destacando que em seus dois governos se manteve firme no aspecto fiscal.

Perguntaram a Lula também como ele conseguirá aprovar junto ao Congresso suas propostas, visto que durante o governo Jair Bolsonaro (PL) a Presidência da República ficou sem mecanismos - como distribuição de verbas do Orçamento - para convencer os parlamentares. Alckmin tomou a palavra e disse que tanto ele como Lula são experientes e que o Congresso Nacional tende a apoiar o governo no início do mandato.