segunda-feira, 15 de abril de 2024

GREVE DOS SERVIDORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS COMPLETA 30 DIAS: DERROTAR A POLÍTICA DIVISIONISTA DA CUT, FASUBRA E ANDES UNIFICANDO A LUTA DO FUNCIONALISMO CONTRA O ARROCHO SALARIAL IMPOSTO PELO GOVERNO LULA! 

A greve dos servidores das Universidades Federais (TAES) completou um mês nesta semana lutando por recomposição salarial diante o arrocho imposto pelo governo burguês de Lula&Alckmin que não ofereceu qualquer tipo de reajuste para 2024 como nos relatou o companheiro Santiago Júnior, membro do Comando de base da Greve na Universidade Federal do Ceará (UFC). Além de não recompor as perdas salariais o governo do PT, através do Ministro da Educação Camilo Santana, deu uma tesourada de R$380 milhões nas universidades. Contra esse ataque os Técnicos-Administrativos em Educação Superior ligados a FASUBRA-CUT estão de braços cruzados em mais de 60 unidades de educação. O que salta os olhos é que apesar disso somente agora a burocracia sindical do ANDES, que representa os professores universitários das federais, deliberou pela greve a partir de hoje (15/04), atrasando ao máximo a unificação da luta.

Os servidores técnico-administrativos em educação superior são os responsáveis pelas funções de administração, atendimento hospitalar, laboratórios, redes e diversas outras atividades do dia a dia das universidades. A unidade com os professores é uma condição para a vitória da greve geral nas universidades.

Dezenas de milhares de trabalhadores cruzaram os braços há mais de um mês reivindicando reestruturação da carreira e recomposição salarial pelas perdas impostas pela inflação nos últimos anos, os TAES têm a pior remuneração média do serviço público federal.

A decisão dos servidores das universidades federais foi a mais acertada, começou a greve nacional em meados de março, nos dias iniciais letivos do primeiro semestre de 2024, diante da negativa do governo em responder às reivindicações salariais e não-salariais, debatidas exaustivamente durante o ano de 2023 e sem qualquer avanço.

Na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente realizada na semana passada, o governo Lula enrolou mais uma vez e reafirmou o zero reajuste para 2024. Em resumo, a vida dos servidores federais e suas famílias está subordinada à política fiscal neoliberal de Haddad, queridinho do “Deus Mercado!”, que beneficia o parasitismo do capital financeiro.

O ministro neoliberal da Fazenda afirmou que não haverá aumento para os servidores federais em 2024 porque o “orçamento está fechado” somente serve ao grande capital e seus negócios. Segundo as declarações Haddad o “esforço” é para zerar o déficit nas contas públicas neste ano a fim de pagar a dívida com os banqueiros e rentistas. Nesse cenário é preciso romper com a paralisia da CUT e das direções sindicais burocráticas e organizar pela base a greve geral do funcionalismo!

Ao mesmo tempo em que serve aos banqueiros, o governo Lula se nega a dar aos servidores públicos reajustes salariais, valendo-se da paralisia imposta pela CUT e sindicatos. A esmola apresentada pelo governo é buscar um acordo parcial para implementação dos benefícios no mês de maio, o auxilio alimentação, que subiria para R$ 1 mil. Haddad tirou da mesa de negociação a recomposição geral linear de 9%, com 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.

A intenção do governo em tentar fazer um acordo parcial é sabotar as mobilizações de servidores públicos que estão se disseminando pelo país, usando a CUT e seus sindicatos para orquestrar esse golpe.

Portanto é preciso convocar assembleias de base das categorias para deflagrar a greve geral do funcionalismo público federal, unificando a luta com os setores que já estão paralisados, como os TEAS das universidades!

É urgente romper com a paralisia da CUT,  ANDES, FASUBRA e demais burocracias sindicais para deflagrar imediatamente a greve geral de todo o funcionalismo para unificar a luta e derrotar o arrocho salarial imposto pelo governo burguês de Lula!