BLINKEN EM PEQUIM: EUA BUSCA APROFUNDAR PARCERIA COM A CHINA, O MAIOR COMPRADOR DE DÓLAR DO MUNDO QUE SUBSIDIA AS AÇÕES POLÍTICAS E MILITARES DO GENOCIDA IMPERALISMO IANQUE
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, iniciou reuniões em Pequim, neste domingo (18). Ele é o funcionário do governo norte-americano de mais alto escalão a visitar a China desde que o presidente Joe Biden assumiu o cargo, em janeiro de 2021.O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, cumprimentou Blinken e seu grupo em Pequim, e apertaram as mãos na frente das bandeiras chinesa e americana. Em função dessa visita é preciso “esclarecer” em primeiro lugar que a China não pretende nem de longe acabar ou enfraquecer o dólar. O governo do PCC é o maior comprador de dólar em todo mundo, o próprio FED (Banco Central dos EUA) reconhece que a China é o seu maior cliente, proprietária da maior reserva cambial em dólar depositada na instituição, ficando praticamente no mesmo patamar da Casa Branca, a emissora da moeda. Se não bastasse essa “forcinha” dada ao dólar pelos chineses, os imperialistas ianques também retribuem esta “generosidade” como o maior investidor econômico global no gigante asiático. Como o Blog da LBI alertou em artigo recente, o “sonho chinês” de se configurar como a nova “sede” da Governança Global do Capital Financeiro (no momento já é o coração global da indústria) depende muito mais da própria decadência do imperialismo ianque do que da autonomia política e econômica dos burocratas ditos “comunistas” em relação ao poder do rentismo internacional.
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Não por acaso, o ministro assistente das Relações Exteriores da China, Hua
Chunying, que está participando da reunião, twittou uma foto de Qin e
Biden apertando as mãos: "Espero que esta reunião possa ajudar a conduzir
as relações China-EUA de volta ao que os dois presidentes concordaram em
Bali".
Há uma expectativa de que a visita de Blinken abra caminho
para mais reuniões bilaterais nos próximos meses, incluindo possíveis viagens
da secretária do Tesouro, Janet Yellen, e da secretária de Comércio, Gina
Raimondo. Também poderia preparar o terreno para reuniões entre Xi e Biden em
cúpulas multilaterais no final do ano.
A China é o principal parceiro comercial de vários países do mundo, incluindo os EUA! O comércio entre os dois países aumentou para US$ 39,7 bilhões somente em abril, alta de mais de 40% em relação ao mês anterior, superando México e Canadá.
Somente midiotas ou ignorantes completos em conjuntura mundial, podem caracterizar a movimentação econômica e comercial da China das últimas três décadas como “anti-imperialista”, isso sem falar de sua orientação política internacional, totalmente alinhada com a Casa Branca nos principais fatos da luta de classes (Iraque, Líbia, Síria, África), excluindo é claro a questão nacional de Taiwan.
Não precisamos neste artigo lembrar mais uma vez a posição chinesa na mega produção global da farsa da pandemia Covid, onde em estreita colaboração com o Deep State ianque, Fórum de Davos e Big Pharma/Tech, patrocinaram o ingresso da Nova Ordem Mundial sob os auspícios da Governança Global do Capital Financeiro.
Portanto não há nenhum aspecto revolucionário para o proletariado mundial ou chinês na “Rota da Seda”, ou na pretendida “equalização“ entre dólar e yuan no mercado cambial do planeta. As aspirações chinesas de desenvolver um novo “imperialismo não voraz e humanitário”, que ainda estão longe de se materializar, não são de forma alguma um fator progressista para a classe operária mundial.
Os Marxistas Leninistas estão no campo da luta da classe operária chinesa, contra seu disciplinamento repressivo pela burocracia restauracionista, que tem usado a farsa da Covid como justificativa para o recrudescimento do regime capitalista, gerenciado pelos falsos “comunistas” do PCC.
Somente em caso de um conflito militar direto entre China e os EUA, gerado pela disputa em torno de Taiwan, possibilidade remota em virtude dos massivos investimentos econômicos realizados pelos rentistas globais no gigante asiático, os Trotskystas perfilam no terreno incondicional do ex-Estado Operário.
A vertente ainda mais concreta no panorama mundial, para além da demagogia pacifista, é o ataque militar em conjunto dos governos alinhados com a Governança Global do Capital Financeiro (EUA, UE, China e Japão) contra a “ameaça russa”, tanto que a visita de Blinken visa aprofundar a parceria com a China em meio ao fracasso da Ucrânia da guerra da OTAN contra Moscou.