segunda-feira, 12 de junho de 2023

US$ 200 BILHÕES... FORAM GASTOS ATÉ AGORA PELOS MEMBROS DA OTAN PARA FINANCIAREM A GUERRA DA UCRÂNIA CONTRA A RÚSSIA

200 bilhões de dólares! É quanto gastaram as potências capitalistas ocidentais com suas indústrias armamentistas para obter a ampliação da OTAN até as fronteiras da Rússia. Apesar disso a Ucrânia não conseguiu obter sucesso militar no campo de batalha. A guerra por procuração Rússia-OTAN na Ucrânia já é um dos dez maiores envolvimentos militares da história norte-americana. Somente em 2022, o Congresso destinou mais de US$ 112 bilhões (cerca de R$ 562,3 bilhões) à Ucrânia para assistência militar, econômica e "humanitária". Isso se soma a mais de US$ 2,5 bilhões (aproximadamente R$ 12,5 bilhões) em ajuda militar dos EUA enviados a Kiev entre 2014 e 2021, um empréstimo de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5 bilhões) em 2014 e mais de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões) em apoio econômico entre 2017 e 2018 e US$ 2,6 bilhões (aproximadamente R$ 13 bilhões) em nova ajuda militar anunciada no mês passado.

Até o momento, a Ucrânia custou mais aos EUA (em dólares ajustados pela inflação) do que a Guerra do Golfo Pérsico de 1991, a Guerra Civil Americana, a Guerra Hispano-Americana, a Revolução Americana e a Guerra Revolucionária, a Guerra Mexicano-Americana e a Guerra de 1812. 

A crise ucraniana fica atrás apenas da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, Coreia, Vietnã, Iraque e Afeganistão, cujos custos chegaram a centenas de bilhões ou mesmo trilhões de dólares.

Em seu discurso de abertura em uma reunião de oficiais de defesa da OTAN no mês passado, o secretário de Defesa Lloyd Austin anunciou que somente Washington contribuiu com mais de US$ 35 bilhões (cerca de R$ 175,7 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia.

Além disso, está o apoio econômico e humanitário. De acordo com o Kiel Institute for the World Economy, os EUA destinaram US$ 27,1 bilhões (aproximadamente R$ 135,5 bilhões) para a chamada ajuda financeira e US$ 4 bilhões (mais de R$ 20 bilhões) para ajuda humanitária, entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2023.

Até maio, dos cerca de US$ 200 bilhões enviados em armas e ajuda militar a Kiev, US$ 77 bilhões vieram dos EUA, que querem maior participação europeia. 

2022 registrou um novo recorde de gastos militares no mundo e um dos maiores aumentos anuais nas últimas três décadas. Dados revelados pelo Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo, os gastos militares atingiram US$ 2,2 trilhões, um aumento de 3,7% em comparação ao ano de 2021. O instituto sueco é a principal referência hoje no mundo na coleta e análise de dados sobre orçamentos militares.

Os gastos militares globais continuam a aumentar. Principalmente por causa da guerra da Ucrânia, eles deram um salto de 3,7% em 2022 em relação ao ano anterior, considerando a inflação. Chegaram ao patamar de 2,24 trilhões de dólares (R$ 11,3 trilhões), conforme o novo relatório anual do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri).

Assim, pelo oitavo ano seguido se gastou mais dinheiro com suas forças armadas do que no ano anterior. Sem considerar a inflação, o aumento seria de 6,5%.

Os EUA continuam liderando a lista, com ampla vantagem, seguidos por China e Rússia. A Alemanha vem em sétimo lugar. 

O maior aumento nos gastos ocorreu na Europa, que registrou alta (ajustada pela inflação) de 13%, o maior crescimento anual na era pós-Guerra Fria. Isto deveu-se principalmente ao salto das despesas militares na Rússia e na Ucrânia. 

A ajuda militar a Kiev e as preocupações com o aumento da ameaça da Rússia, de acordo com Sipri, também influenciou as decisões de gastos de muitos outros países.

Muitos países do antigo bloco oriental mais do que dobraram seus gastos militares desde 2014 – o ano do golpe pró-OTAN na Ucrânia. 

Em 2022, os países da Europa Central e Ocidental gastaram um total de 345 bilhões de dólares em defesa. Com isso, superaram, considerando a inflação, pela primeira vez os valores de 1989.

Os membros da Otan concordaram em atingir uma meta de gastos com defesa de 2% do PIB nacional até 2024, e muitos deles estão lentamente chegando lá.

Embora os gastos reais tenham aumentado, chegando a 2,2 trilhões de dólares combinados em 2022, como parcela do PIB, eles são 0,1% menores do que em 2013. Isso ocorre apesar dos aumentos de dois dígitos na última década em muitos países, incluindo Estados com armas nucleares e aqueles conhecidos por priorizar suas forças armadas, como China (63%), Índia (47%) e Israel (26%).

Os EUA, que sempre é de longe o líder em produção militar, continua na ponta em 2022, com um orçamento oficial de defesa de 877 bilhões de dólares, segundo o relatório. Isso representa 39% dos gastos militares globais.

A China está em um distante segundo lugar, gastando 292 bilhões de dólares no ano passado.