O FRACOTE LULA: APENAS UM REFÉM DAS OLIGARQUIAS
TUPINIQUINS E DA GOVERNANÇA GLOBAL DO CAPITAL FINANCEIRO
O governo burguês da Frente Ampla quase amargou uma fragorosa derrota no Congresso Nacional no último dia 30 de maio. A Medida Provisória, assinada nas primeiras horas do mandato de Lula & Alckmin em que reorganizou as pastas ministeriais e suas funções, teve imensa dificuldade para ser aprovada. Com 337 votos a favor, a MP só foi ratificada pelo Congresso depois do velhote apologista da colaboração de classes liberar R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares individuais em um único dia em questão de horas. Foi uma vitória “suada”, porém uma vitória de Pirro.
Chama a atenção que o altíssimo custo pago não foi para
aprovar uma Emenda Constitucional, que precisa de dois terços dos votos, ou
algum projeto que atinja interesses de maior vulto. Foi uma simples MP de
caráter administrativo, do próprio governo. Enfim a MP foi aprovada, mas com
alterações que prejudicaram o governo em seu manejo político, pois esvaziou-se
o Ministério do Meio Ambiente e Ministério dos Povos Indígenas, as duas
“pérolas” indicadas diretamente pela Casa Branca, que agora têm apenas uma
função decorativa formal, porque de fato , sempre terão um caráter decorativo,
já que a verdadeira orientação gerencial neste setor vem a partir de
Washington.
Esse custo para aprovar a MP, que foi o maior montante
liberado em emendas num único dia, superou o recorde anterior, que também é de
Luiz Inácio: R$ 1 bilhão, pago no último dia 23 de maio, para aprovar na Câmara
dos Deputados o texto-base do famigerado
“teto de gastos”, cujo nome eufemista é “arcabouço fiscal”.
O presidente da Câmara, o oligarca Arthur Lira, um
verdadeiro Primeiro-Ministro, acostumado com o “orçamento secreto” (que, neste
governo, segue existindo, apenas mudou a forma), ainda deu um ultimato no
governo oportunista: “É a última chance”. Lira exige que o governo “melhore a
articulação política”. Sem meias palavras: entregue-me o orçamento.
A questão para o lulopetismo é como o pelegão fará para
tentar manipular e controlar as massas populares com demagogia populista e
medidas cosméticas, além das políticas reacionárias e assistencialismo barato.
Com o custo de muitas verbas estatais, o corrupto Congresso Nacional requer
esse dinheiro para seus pares e não facilitará a aprovação das mesmas medidas
oportunistas do governo da Frente Ampla.
Em sua nova versão, agora imposta diretamente pela
governança global do capital financeiro, Lula é um fraco e sem poder sobre o
Estado capitalista , precisando ceder quase tudo para “governar”. É muito
provável que não terminará sua gerência no Planalto, sendo trocado como um
fantoche descartável pelo imperialismo no momento mais oportuno para o mercado
de capitais especulativos.
