quarta-feira, 4 de outubro de 2023

BALANÇO DA LUTA DOS METROVIÁRIOS: GREVE DE 24 HORAS DE PRESSÃO ELEITOREIRA OU GREVE POR TEMPO INDETERMINADO PARA DERROTAR A PRIVATIZAÇÃO ARRANCANDO AS REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA?

A greve dos metroviários de São Paulo de 24hs ocorrida neste dia 03 de outubro foi uma importante demonstração de força e unidade da categoria que lutou de forma unificada com os trabalhadores da CPTM e SABESP contra a privatização levada a cabo pelo governo Tarcísio de Freitas. Desgraçadamente as direções sindicais ligadas ao PSOL, PCdoB e PSTU limitaram a paralisação de apenas um dia com o eixo de pressão eleitoreira para desgastar o governador Bolsonarista a fim de favorecer o PT, PSOL e seus aliados no terreno institucional. Esse é o caminho suicida escolhido direção do Sindicato dos Metroviários, que com essa conduta de colaboração de classes leva sempre a luta à derrota e a acordos rebaixados. É necessário convocar uma nova assembleia presencial e organizar uma greve geral por tempo indeterminado para derrotar as privatizações, arrancando as reivindicações da categoria, passando por cima da política de pressão eleitoreira da CUT, CTB, Intersindical e CSP-Conlutas que limitam a luta dos metroviários e a bloqueiam a unidade com o conjunto dos servidores públicos de São Paulo, subordinando a ação direta dos trabalhadores a disputa eleitoral entre a Frente Ampla burguesa e o Bolsonarismo.

Não por acaso a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa (Resistência -PSOL) defendeu convidar Lula para os piquetes da greve, fazendo a luta dos trabalhadores um palanque eleitoreiro que longe de fortalecer a luta levaria a seu estrangulamento, como vem ocorrendo com a greve dos operários automotivos dos EUA, com as montadoras (GM e Ford) demitindo mais de 500 trabalhadores após a ida teatral de Biden a um piquete.

O balanço é que a forte paralisação de 24hs deste dia 03/10 foi limitada a ser um elemento de pressão eleitoreira pelas direções sindicais, sendo necessário que a vanguarda classista da categoria supere essa orientação, defendendo que os próximos passos são organizar na base a greve geral dos metroviários em unidade com os servidores públicos paulistas!