RT-PCR: COMO ENGANAR A HUMANIDADE USANDO UM “TESTE”
Toda a propaganda midiática em torno da pandemia COVID-19 é baseada em uma suposição que é considerada óbvia, verdadeira e não está mais em questão: O teste RT-PCR “positivo” significa estar doente com COVID. Mas essa suposição é completamente enganosa. Muito poucas pessoas, incluindo médicos, entendem como funciona um teste PCR. RT-PCR significa Reação em Cadeia da Polimerase. Na medicina, usamos essa ferramenta para diagnosticar uma infecção viral. Partindo de uma situação clínica com presença ou ausência de sintomas específicos em um paciente, consideramos diferentes diagnósticos com base em testes.
No caso de certas infecções, principalmente virais, utilizamos a técnica de RT-PCR para confirmar uma hipótese diagnóstica sugerida por um quadro clínico. Não realizamos rotineiramente o RT-PCR em nenhum paciente com febre, tosse ou síndrome inflamatória!
É uma técnica laboratorial de biologia molecular de
amplificação de genes, pois busca traços de genes (DNA ou RNA),
amplificando-os. Além da medicina, outros campos de aplicação são a genética, a
pesquisa, a indústria e a medicina legal.
A técnica é realizada em laboratório especializado, não podendo ser realizada em qualquer laboratório, nem mesmo em um hospital. Isso acarreta um certo custo e um atraso de vários dias, entre a obtenção da amostra e o resultado. Hoje, desde o surgimento da nova doença denominada COVID-19, a técnica diagnóstica de RT-PCR é utilizada para definir os casos positivos, confirmados como SARS-CoV-2 (coronavírus responsável pela nova síndrome de inflamação respiratória aguda denominado COVID-19) .
Esses casos positivos são assimilados aos casos de COVID-19, alguns dos quais hospitalizados ou mesmo internados em unidades de terapia intensiva. De acordo com o postulado oficial de nossos gestores: casos positivos de RT-PCR = pacientes COVID-19.
Este é o postulado de partida, a premissa de toda propaganda oficial, que justifica todas as medidas restritivas do governo: isolamento social, confinamento, quarentena, máscaras obrigatórias, proibição de viagens, rastreamento, distâncias sociais em empresas, lojas, e o mais importante, o fechamento de escolas.
Este uso indevido da técnica RT-PCR é usado como estratégia implacável e intencional pela grande maioria dos governos, apoiados por “conselhos científicos” de segurança e pela grande mídia, para justificar medidas excessivas, como a violação de um grande número de direitos constitucionais, a destruição da economia pela falência de setores inteiros da sociedade, a degradação das condições de vida de um grande número de cidadãos, a pretexto de uma pandemia baseada em uma série de testes RT-PCR positivos, e não em um número real de pacientes.
A técnica de PCR foi desenvolvida pelo bioquímico Kary B. Mullis em 1986. Kary Mullis recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1993. O próprio Kary Mullis teria criticado o teste de PCR como uma ferramenta diagnóstica para uma doença e infecção, especialmente viral. Kary afirmou que embora o teste de PCR fosse uma boa ferramenta de pesquisa, era uma péssima ferramenta na medicina clínica. Kary se referia ao vírus da AIDS (retrovírus HIV ou HIV), antes da pandemia de COVID-19, mas essa opinião sobre os limites da técnica nas infecções virais de seu criador, não pode ser descartada, ao contrário deve ser levado em consideração!
O PCR busca o DNA ou RNA que deve ser amplificado (multiplicado) um certo número de vezes, às vezes um grande número de vezes, antes que possa ser detectado. A partir de um mínimo traço, podem-se obter bilhões de cópias de uma amostra específica, mas isso não significa que exista toda essa quantidade no organismo que está sendo analisado. No caso do COVID-19, o elemento a ser procurado pelo teste de RT-PCR é o SARS-CoV-2, um vírus de RNA. Existem vírus de DNA como os vírus do herpes e da catapora. Os vírus de RNA mais conhecidos, além dos coronavírus, são os vírus influenza, sarampo, ebola e zika.
No caso do vírus de RNA SARS-CoV-2, é necessária uma etapa adicional em particular, a transcrição do RNA em DNA por meio de uma enzima, a transcriptase reversa. Esta etapa precede a fase de amplificação. Não é o vírus completo que é identificado, mas as sequências de seu genoma viral. Isso não significa que essa sequência genética, um fragmento do vírus, não seja específica do vírus que se busca, mas é uma nuance importante, no entanto: O teste RT-PCR não revela nenhum vírus, mas apenas partes, sequências genéticas específicas do vírus!
No início do ano, o genoma SARS-CoV-2 foi sequenciado. Ele consiste em cerca de 30.000 pares de bases. O ácido nucléico (DNA-RNA), o componente dos genes, é uma sequência de bases. Enquanto o genoma humano tem mais de 3.000 milhões de pares de bases.
As equipes científicas estão monitorando continuamente a evolução do genoma viral do SARS-CoV-2 conforme ele evolui por meio das mutações que sofre. Hoje, existem muitas variantes. Ao retirar alguns genes específicos do genoma SARS-CoV-2, é possível iniciar o teste de RT-PCR em uma amostra do trato respiratório.
Para a doença COVID-19, que tem um ponto de entrada nasofaríngeo (nariz) e orofaríngeo (boca), a amostra deve ser retirada do trato respiratório superior o mais profundamente possível para evitar contaminação pela saliva. Normalmente, para que o resultado de um teste de RT-PCR seja considerado confiável, é necessária a amplificação de 3 genes diferentes do vírus em investigação.
No caso de uma doença infecciosa, principalmente viral, o conceito de contágio é outro elemento importante. Como alguns meios científicos consideram equivocadamente que uma pessoa assintomática pode transmitir o vírus, consideram importante fazer o teste de presença do vírus, mesmo que a pessoa seja assintomática, estendendo assim a indicação do teste RT-PCR a todos.Mas os testes RT-PCR são bons testes de detectar contágio em geral. A relação entre infecção e carga viral é questionada por muitos cientistas, pela constatação de que uma infeção é um processo da reação imunológica a um vírus (patógeno), porém o ser humano pode carregar centenas de vírus (endógenos) que não são atacados pelas nossas células T, e que portanto não configuram uma infecção ou doença. Em síntese não existe a tal “infeção assintomática”. Nenhum teste mede a quantidade de vírus na amostra! O RT-PCR é qualitativo: Positivo (presença do vírus) ou negativo (ausência do vírus). A resposta binária do PCR (sim ou não) é absolutamente insuficiente! Até 90% das pessoas que testaram positivo, sequer estavam infectadas, ou seja estavam desenvolvendo uma infecção.
Não é questão menor impor um confinamentos, toques de recolher, quarentenas, bolhas sociais reduzidas, para abalar nossas economias, endividar Estados, mergulhar famílias inteiras na precariedade, para semear tanto medo e ansiedade, gerando um verdadeiro estado de estresse pós-traumático em todo o mundo. Existe a intenção de usar o álibi de uma pandemia para conduzir a humanidade a um cenário de contenção das lutas de resistência a ofensiva neoliberal do capitalismo. É exatamente esta tese genuinamente científica que a censura oficial logo qualificará de “teoria da conspiração”...
*Médico intensivista, autor de inúmeros tratados científicos e renomado analista de saúde pública em Charleroi, Bélgica.