terça-feira, 15 de dezembro de 2020

DIRCEU COMO PORTA VOZ DE LULA PROJETANDO APOIO DO PT NA CÂMARA PARA O “CENTRO CIVILIZATÓRIO”: DÓRIA, MDB, DEM... A VELHA DIREITA NEOLIBERAL APOLOGISTA DA FARSA DA OMS E BIG PHARMA 

O ex-ministro José Dirceu concedeu hoje (15/12) uma entrevista ao site “247”, um veículo midiático oficioso das posições de Lula e do PT. Dirceu reafirmou toda a vigência da política de colaboração de classes da Frente Popular, onde ele e Lula são as máximas expressões do comando petista. O foco da entrevista foi a sucessão de Rodrigo Maia na presidência da Câmara dos Deputados, onde Dirceu defendeu explicitamente o apoio preferencial do seu partido a uma candidatura do chamado “Centro Civilizatório”, ou seja, a velha direita neoliberal e pró-imperialista, articulada pelo PSDB (Dória), DEM, MDB, etc... hoje apologista da grande farsa da pandemia do terror sanitário e isolamento social do proletariado, promovida pela OMS e Big Pharma sob as ordens da governança global do capital financeiro.

O ex-presidente do PT e nome da mais estreita afinidade política de Lula, para tentar justificar a adesão de seu grupo político a formação da tal Frente Ampla com a direita “maquiada” de “defensora da vida”, afirmou ao 247: "Não concordo com candidatura própria. O PT precisa tomar posição e não pode ficar fora da mesa". Considerando ainda ampliar mais a tal Frente Ampla, Dirceu ponderou que poderia até apoiar uma candidatura bolsonarista: “A opção na eleição da presidência da Câmara será o candidato que atenda mais os partidos de esquerda. Se é o candidato apresentado pela centro-direita, indicado por Rodrigo Maia, tudo bem, se for o Arthur Lira (nome do governo), tudo bem. O que eu não concordo é que o PT lance candidatura própria”, defendeu.

Na concepção da esquerda reformista, a qual José Dirceu é um dos principais formuladores, toda a energia do movimento de massas deveria ser concentrada nas eleições burguesas, mesmo ele sabendo muito bem que se trata de uma fraude completa: “A luta democrática é mais ampla que a esquerda” e que a primeira ordem é “fincar o pé na defesa da democracia e da derrota de Bolsonaro em 22”. “Bolsonaro estará no segundo turno, mas será derrotado. Resta saber se pela centro-esquerda ou pela centro-direita”. Trata-se de uma confissão bastante sincera da política de Lula e do PT. Já é uma constatação óbvia, para qualquer analista político minimamente qualificado, a burguesia nacional e o imperialismo ianque preparam o “descarte” eleitoral do presidente neofascista, é só assistir poucos minutos dos ventrículos midiáticos da famiglia Marinho para saber que Bolsonaro está com os “dias contados”, na ótica das classes dominantes.

A vergonhosa, porém sincera, posição política dos caciques petistas, de que o importante é remover Bolsonaro, seja até mesmo pelas mãos da centro-direita (leia-se a mesma articulação impulsionada por Rodrigo Maia na Câmara), representa a atual síntese programática da esquerda reformista e domesticada pelas ordens do capital financeiro internacional, que impôs a pandemia do terror sanitário global para recuperar a lucratividade e quebrar os Estados nacionais, que agora estão perdendo a mínima autonomia que ainda portavam frente aos grandes rentistas e a banca de especuladores. Quanto a organizar uma alternativa independente dos trabalhadores diante das variantes do imperialismo, esta questão já não está há muito tempo na pauta política da esquerda reformista, que segue como um cão de guarda aos interesses das corporações financeiras, batizadas por estes traidores da conciliação de classes como “guardiões da ciência”...