GRÉCIA: DOMINGO DE GRANDE MOBILIZAÇÃO APESAR DA COVID
Este domingo (06/12) na Grécia ocorreram intensos confrontos entre milhares de manifestantes e a polícia em Atenas. A mobilização que ocorreu hoje foi em razão do décimo segundo aniversário do assassinato de Alexis Grigoropoulos, um jovem de 15 anos, morto em 2008 por um oficial da unidade de Guardas Especiais. Durante o protesto mais de 100 ativistas foram detidos somente em Atenas. No dia anterior, sábado (05/12) o governo anunciou a proibição de protestos relacionados à data, citando restrições motivadas pelo suposto surto do novo coronavírus na Grécia, a malfadada “Segunda Onda”. O movimento de massas no entanto, condenou a proibição, acusando o governo de usar a COVID-19 para limitar os direitos e liberdades dos cidadãos.
A maior parte da repressão policial que resultou em mais de uma centena de detenções ocorreu no bairro de Exarchia, no centro da capital grega, exatamente onde o jovem Grigoropoulos foi morto a tiros há doze anos atrás. Um violento confronto teria ocorrido entre a polícia e um grupo de cerca de 500 manifestantes que carregavam uma faixa e gritavam palavras de ordem em nome do jovem assassinado, com os agentes da repressão lançando mão de granadas de choque para dispersar a multidão.
O governo da direita grega, Nova Democracia, segue rigidamente
as orientações sanitárias da OMS, que orienta a repressão estatal contra
qualquer mobilização de massas em defesa das conquistas democráticas e de
organização política do proletariado, agora ameaçadas pela ofensiva neoliberal
do capital financeiro. Acontece que para mascarar a crise econômica
capitalista, o apêndice sanitário dos rentistas e da Big Pharma, a OMS, passou
a difundir o pânico e o medo da contaminação do coronavírus, exigindo da classe
operária o isolamento social e o confinamento doméstico, obviamente após
cumprir sua extensa jornada laboral, gerando mais valor para a burguesia.
Entretanto o movimento de massas em toda Europa vem rompendo com a farsa da “Segunda Onda”, saindo às ruas para
protestar contra a supressão de suas conquistas de liberdades políticas e
sociais. Ontem Paris, hoje Atenas e muito em breve todo o continente e quiçá o
mundo inteiro irá se irromper contra esse engodo capitalista, mascarado de
“pandemia”...
