SUCESSÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS: ESQUERDA BURGUESA CAMINHA PARA APOIAR CANDIDATO DE RODRIGO MAIA, DIREITA NEOLIBERAL REBATIZADA NA PANDEMIA DE “CENTRO CIVILIZATÓRIO”
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de vetar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), a sucessão da presidência da Câmara dos Deputados se converteu em uma acirrada disputa entre dois blocos herdeiros do antigo “Centrão”. A articulação conduzida por Rodrigo, a velha direita neoliberal, agora na pandemia rebatizada de “Centro Civilizatório” por seguir as orientações da OMS e sua suposta “ciência”, conta com o apoio dos Tucanos de João Dória(pioneiro das vacinas “placebos” da segunda linha chinesa da Big Pharma), além do próprio DEM, integra o MDB, PSL,Cidadania, PV e Rede. Já o “Centrão” tradicional, lançou o deputado Artur Lira(PP), contando com o suporte palaciano de Bolsonaro, reúne o PSD, Solidariedade, PL e Avante. A disputa está "muito parelha" entre estes dois blocos, Maia conta com 163 deputados e Lira soma 160, ou seja, a disputa está aberta e muito equilibrada.
Os partidos da esquerda burguesa, PT, PDT, PSB, PCdoB e PSOL somam 123 deputados. Para este arco político a tendência majoritária no seio de suas principais lideranças é apoiar o candidato de Maia, como ocorreu em grande parte na eleição anterior de 2018. A possibilidade da esquerda lançar uma candidatura é muito pequena, já que não teria capacidade competitiva alguma e iria na linha oposta do atual curso de aproximação com o chamado “Centro Civilizatório”, uma versão pandêmica da velha política de colaboração de classes. No entanto, a escolha de quem será o candidato do grupo de Maia será determinante para contar ou não com o apoio da esquerda burguesa, que já se pronunciou simpático ao candidato do golpista MDB, no caso o deputado Baleia Rossi. Caso Rodrigo opte por se inclinar no sentido da indicação do PSL, Luciano Bivar, estaria fechando a porta para um possível apoio do PT, em função do antigo partido do presidente neofascista abrigar o nome de Bivar. Outra possibilidade cogitada por Maia é apostar em Marcos Pereira, deputado pelo Republicanos de São Paulo e Bispo da Igreja Universal.
A vitória de uma candidatura do chamado “Centro Civilizatório”, a antiga “centro-direita” neoliberal, garantiria um novo fôlego para Paulo Guedes porque seria um triunfo do próprio mercado e dos rentistas, enfraquecendo o presidente neofascista para a disputa de 2022. Este é o cenário político projetado pela burguesia nacional e o novo gerente do imperialismo ianque, ou seja o descarte de Bolsonaro pela via eleitoral e menos traumática possível. Esta também é a estratégia do PT, “sangrar” Bolsonaro até que ele chegue muito enfraquecido nas eleições presidenciais, acontece que a adoção desta tática da demagogia oposicionista inócua e institucional, acabou se estilhaçando com a pandemia, onde o “Centro Civilizatório” como o mesmo discurso vazio da esquerda burguesa de acusar “Bolsonaro genocida”(por conta exclusivamente da pandemia e não por sua política de entrega da economia do país ao rentismo), capitalizou muito mais votos e prefeituras nas municipais deste ano.
O resultado da desastrosa política de colaboração de classes
da Frente Popular liderada pelo PT, se confirmou tragicamente no fortalecimento
do chamado “Centro Civilizatório” em todos os terrenos, e que agora com a
demagogia criminosa da iniciativa Tucana das vacinas placebo em São Paulo,
marcha para uma acachapante vitória em 2022. Para o PT e seu séquito
reformista, PSOL e PCdoB, restará manter a estratégia já previamente derrotada
da “oposição burguesa palatável e sem nenhuma ação direta”, talvez sonhando
agora com 2026...