MANAUS TEM SÁBADO DE PROTESTO POPULAR CONTRA MEDIDAS DRACONIANAS E INÚTEIS CONTRA A PANDEMIA: SEGUIR AS ORDENS ANTICIENTÍFICAS DA OMS À SERVIÇO DA BIG PHARMA ABRE CAMINHO PARA O CRESCIMENTO DA EXTREMA DIREITA QUE POSA DE DEFENSORA DAS LIBERDADES
Uma verdadeira multidão popular se reuniu em protesto, na manhã deste sábado (26/12), no Centro de Manaus, contra o decreto estadual que proíbe a abertura do comércio não essencial por 15 dias. A medida entrou em vigor neste sábado, deixando milhares de pequenos comerciantes, trabalhadores autônomos e “ambulantes” de rua sem trabalho e renda neste final de ano, justamente no período onde podem ter um maior volume de vendas, para cobrir os prejuízos de um ano de crise econômica e pandemia. A manifestação teve início por volta de 9horas desta manhã, na Avenida Eduardo Ribeiro, Centro, uma das principais áreas comerciais da cidade. A avenida ficou completamente bloqueada por conta da revolta popular contra o lockdown, que segundo o decreto, que deve durar por 15 dias.
Segundo o governo estadual, o hospital referência para tratamento da doença, Hospital Delphina Aziz, tem quase 100% de ocupação de leitos clínicos e UTI. Porém, o que não é divulgado é que as UTI’s da rede pública sempre tiveram uma ocupação de 100% há várias décadas, e não simplesmente por conta da pandemia. As restrições impostas pelo confinamento social, ou seja “isolar as pessoas para evitar a circulação do vírus”, além de serem totalmente cretinas, não tem nenhum paralelo na história da infectologia moderna, e não são indicadas em casos de grandes surtos viróticos, ao contrário do que “martela” a mídia corporativa 24horas por dia. Enquanto fecha as atividades de sobrevivência de uma parte significativa da população, o governo nada faz contra o “entupimento” dos transportes públicos e a falta de condições mínimas sanitárias nos bairros e conjuntos periféricos de Manaus. Nem mesmo uma habitação regular digna existe para a maioria da população manauara! Nesse campo da mais pura demagogia e cretinismo dos governos que seguem as ordens da OMS, cresce a extrema direita com o discurso oportunista da defesa das “liberdades democráticas”, enquanto a esquerda reformista fica a gritar estupidamente por “lockdown e vacinação já!”.
Países capitalistas que orientaram o “confinamento rígido” foram os que colheram o maior número de óbitos na pandemia, EUA, Brasil, México e parcialmente a Índia. Em contraste com países que praticamente ignoraram a determinação da OMS, como a Indonésia, Paquistão, Japão, Coréia do Sul, Bielorrússia, Nicarágua, Nigéria, etc... que não adotaram o lockdown e sim restrições específicas. A Suécia, país europeu “modelo” em saúde pública condenou o confinamento social, o que recebeu um “bombardeio” violento da mídia murdochiana e dos laboratórios da Big Pharma. Passados 10 meses da pandemia, a Suécia com 10 milhões de habitantes registrou menos da metade dos óbitos da vizinha Bélgica, país com a mesma população e situação econômica semelhante: Suécia-8mil mortos, Bélgica-19mil mortos(dados da própria OMS). Se mirarmos outro pequeno país “desenvolvido” europeu na mesma região, e que também adotou medidas draconianas na pandemia, a Holanda, o resultado é bem pior do que os obtidos pela “insubordinada” Suécia. Holanda:11mil mortos por Covid. Portanto apesar da execração mundial por não determinar o confinamento social, a Suécia está saindo da pandemia sem “Segunda Onda” e com uma média de mortos abaixo dos parceiros econômicos da União Europeia.
É evidente que somente poderíamos falar de algum confinamento social efetivo, com objetivo realmente sanitário, para além do espetáculo midiático, na China. Entretanto a maioria do planeta vive uma quarentena econômica, com objetivo de promover o “grande reset” na crise de superprodução capitalista, e isto nada tem a ver com a “defesa da vida e da ciência”! Os negócios trilionários em torno da pandemia (hospitais, insumos, medicamentos, respiradores, vacinas), obrigaram os Estados nacionais a decuplicar a capacidade de endividamento junto ao rentismo financeiro, além de produzir uma forte retração nos ramos industriais. É o ingresso na Nova Ordem Mundial do Controle Sanitário, onde a repressão estatal contra as massas atinge um novo patamar histórico.