terça-feira, 8 de dezembro de 2020

ELEIÇÕES MACAPÁ: APÓS O APAGÃO CRIMINOSO NO SEGUNDO TURNO DIREITA VAI ENFRENTAR CENTRO-DIREITA (“CENTRO CIVILIZATÓRIO”) UM MINI RETRATO DO BRASIL INTEIRO... 

As eleições atrasadas do primeiro turno em Macapá, realizadas após o criminoso apagão da capital do Amapá, refletiram exatamente a conjuntura eleitoral do país, ou seja, um enfrentamento final entre a direita neoliberal e a centro-direita reciclada agora como “Centro Civilizatório”, fiel seguidor das orientações sanitárias da OMS. Serão os candidatos Josiel (DEM) e Dr. Furlan (Cidadania) vão disputar o segundo turno das eleições de uma Macapá ainda sofrendo as sequelas da sanha privatista dos serviços básicos para a população carente. Josiel (irmão do presidente do Senado) teve 29,47% dos votos válidos e Dr. Furlan teve 16,03% dos votos válidos. Votos brancos e nulos somaram 7,02%. O candidato da esquerda burguesa, o ex-senador Capi (PSB) ficou em terceiro lugar, com 14,94% dos votos. O candidato do PT cravou a “excepcional” marca de 1,5% dos votos.

O candidato que largou na dianteira neste primeiro turno, José Samuel Alcolumbre ou simplesmente Josiel, candidato do Democratas, costurou sua coligação com quase todos os partidos burgueses que compõe o novo “Centro”. Um dos partidos que integra essa coligação é o PDT dos Ferreira Gomes e do governador Waldez Góes, que esteve à frente, ao lado do governo Bolsonaro nos ataques neoliberais a classe trabalhadora que sofreram com mais de quatro semanas sem energia elétrica. O oligarca reacionário Ciro tenta cacifar sua candidatura à presidência junto à velha direita, de onde saiu para posar de “progressista” e cooptar a esquerda domesticada (PSOL)que apoiou seu “mafioso pupilo” no segundo turno em Fortaleza.

A população pobre do Amapá sofreu com apagões durante quase todo o mês de novembro, onde desde o dia 3 de novembro 90% da área da capital ficou à mercê da precariedade no fornecimento de energia elétrica no estado. Agora com o resultado eleitoral, ganhe quem ganhar no segundo turno, os trabalhadores terão a continuidade do mesmo governo burguês neoliberal, que apenas muda sua legenda partidária a casa 4 anos. A única alternativa para romper com essa situação de opressão e exploração é boicotar ativamente a farsa eleitoral, construindo uma alternativa revolucionária de poder no país.