ELEIÇÕES MACAPÁ: APÓS O APAGÃO CRIMINOSO NO SEGUNDO TURNO
DIREITA VAI ENFRENTAR CENTRO-DIREITA (“CENTRO CIVILIZATÓRIO”) UM MINI RETRATO
DO BRASIL INTEIRO...
As eleições atrasadas do primeiro turno em Macapá, realizadas após o criminoso apagão da capital do Amapá, refletiram exatamente a conjuntura eleitoral do país, ou seja, um enfrentamento final entre a direita neoliberal e a centro-direita reciclada agora como “Centro Civilizatório”, fiel seguidor das orientações sanitárias da OMS. Serão os candidatos Josiel (DEM) e Dr. Furlan (Cidadania) vão disputar o segundo turno das eleições de uma Macapá ainda sofrendo as sequelas da sanha privatista dos serviços básicos para a população carente. Josiel (irmão do presidente do Senado) teve 29,47% dos votos válidos e Dr. Furlan teve 16,03% dos votos válidos. Votos brancos e nulos somaram 7,02%. O candidato da esquerda burguesa, o ex-senador Capi (PSB) ficou em terceiro lugar, com 14,94% dos votos. O candidato do PT cravou a “excepcional” marca de 1,5% dos votos.
O candidato que largou na dianteira neste primeiro turno,
José Samuel Alcolumbre ou simplesmente Josiel, candidato do Democratas,
costurou sua coligação com quase todos os partidos burgueses que compõe o novo
“Centro”. Um dos partidos que integra essa coligação é o PDT dos Ferreira Gomes
e do governador Waldez Góes, que esteve à frente, ao lado do governo Bolsonaro
nos ataques neoliberais a classe trabalhadora que sofreram com mais de quatro
semanas sem energia elétrica. O oligarca reacionário Ciro tenta cacifar sua
candidatura à presidência junto à velha direita, de onde saiu para posar de
“progressista” e cooptar a esquerda domesticada (PSOL)que apoiou seu “mafioso
pupilo” no segundo turno em Fortaleza.
A população pobre do Amapá sofreu com apagões durante quase
todo o mês de novembro, onde desde o dia 3 de novembro 90% da área da capital
ficou à mercê da precariedade no fornecimento de energia elétrica no estado.
Agora com o resultado eleitoral, ganhe quem ganhar no segundo turno, os
trabalhadores terão a continuidade do mesmo governo burguês neoliberal, que
apenas muda sua legenda partidária a casa 4 anos. A única alternativa para
romper com essa situação de opressão e exploração é boicotar ativamente a farsa
eleitoral, construindo uma alternativa revolucionária de poder no país.