terça-feira, 29 de dezembro de 2020

MAIA AFIRMA QUE BLOCO NA CÂMARA É “EMBRIÃO DE UMA CHAPA DE CENTRO-DIREITA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM 2022”: PRELÚDIO DE QUE O PT IRÁ APOIAR O "CENTRO-CIVILIZATÓRIO" (VELHA DIREITA NEOLIBERAL) NO 2º TURNO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS CONTRA BOLSONARO

O presidente da Câmara dos Deputados, o golpista neoliberal Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que seu bloco à Presidência da Casa é o embrião de uma chapa de centro-direita em 2022. A chapa à Mesa “é um sinal forte de que parte desse bloco pode estar junto em 2022”, disse Maia. Ele garantiu também que a agenda neoliberal será retomada no Congresso em 2021: “O nosso campo vota majoritariamente a favor da agenda econômica do governo. Após a sucessão, é óbvio que a agenda econômica vai continuar sendo liberal”. Apesar da articulação com partidos de esquerda, Maia não considera a possibilidade de negociar uma nova agenda no Congresso. Ao mencionar possíveis candidatos para 2022, ele explicita a exclusão de uma frente ampla com o PT. Além de Luciano Huck e João Doria, ele relacionou mais três possíveis candidatos: “Tem o próprio ACM Neto [presidente do DEM] que é um ótimo nome, tem o Ciro Gomes [PDT] que é um ótimo nome, o Paulo Câmara [PSB] está terminando o governo [de Pernambuco], quem sabe ele também queira participar. Então acho que a gente tem que dialogar”. Como se observa, o PT deverá no segundo turno das eleições presidenciais de 2022 seguir a posição que agora adota na disputa da câmara dos deputados: apoiar vergonhosamente o candidato de Maia, o golpista Baleia Rossi (MDB), ligado a Temer e do chamado “centro civilizatório” (velha direita neoliberal) contra o nome próximo a Bolsonaro, Arthur Lira (PP).

Lembremos que o PSB, PCdoB, PDT, PT e a Rede informaram em 18/12 que decidiram se somar ao bloco amplo de oposição a Bolsonaro já formado anteriormente por MDB, PSDB, DEM, Cidadania, PSL e PV, liderado pelo atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na disputa com o candidato do governo, o deputado Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Casa. O anúncio da formação do bloco de 11 partidos foi feito na Câmara por Rodrigo Maia e contou com lideranças desses partidos, como a presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffman. O atual presidente da Câmara ainda não anunciou o nome que representará o bloco, uma verdadeira Frente Ampla “civilizatória”, que tem como plataforma política a oposição ao governo Bolsonaro e a defesa das vacinas contra o Covid da Big Pharma. 

Mais cedo o deputado Orlando Silva (PcdoB-SP), um dos principais mentores da esquerda desta articulação, discursou na tribuna da Câmara para anunciar a decisão do grupo de partidos de oposição. “Essa decisão é muito relevante porque a Câmara dos Deputados tem cumprido um papel muito importante na defesa da democracia”. Orlando destacou que “o país vive uma crise econômica que está combinada com uma crise humanitária em função da atitude genocida do Presidente da República”. O “comunista” lembrou que um dia antes Bolsonaro “propagou a não vacinação com o falso argumento da defesa da liberdade”. “É nessa circunstância que a oposição decide cerrar fileiras para fazer o bom combate”. 

Não podemos dizer que esta Frente Popular Ampla, de colaboração de classes, pelo menos não prima por esconder a verdade de seus objetivos. Seu eixo político principal é fazer demagogia eleitoral em oposição a Bolsonaro, mantendo todo cronograma institucional até as eleições presidenciais de 2022. Seguem desta maneira a orientação tática da burguesia nacional (hoje representada centralmente pela Rede Globo da famiglia Marinho), que é descarte programado do presidente neofascista. Também estão perfeitamente alinhados com a governança global do capital financeiro, que agora volta a se sintonizar com o novo gerente “eleito” para a Casa Branca. Por isso mesmo defendem a imediata compra estatal de todas as vacinas da Big Pharma que por ventura batam à porta do Brasil, este é um eixo fundamental da Nova Ordem Mundial do Controle Sanitário, revestido da maquiagem da farsa pandêmica. 

No Brasil o tucano Dória, os demistas Maia e ACM, líderes do chamado "centro civilizatório e apologistas da “vacina já”’, deixaram de ser um inimigo do PT, em função de ambos terem a mesma identidade ideológica em relação a defesa da Nova Ordem do isolamento social e controle sanitário das massas..., portanto tal aliança deve se repetir pelo menos no 2º turno da eleição presidencial de 2022.