terça-feira, 22 de dezembro de 2020

PANDEMIA DE TERROR: A “TEMIDA NOVA CEPA” DO CORONAVÍRUS JÁ ERA CONHECIDA EM LONDRES DESDE SETEMBRO

“Venho fazendo este trabalho há 25 anos e posso dizer que não é possível estabelecer um número quantificável de contágios em tão pouco tempo” afirmou Carl Heneghan, Professor de Medicina da Universidade de Oxford, em um relatório publicado hoje no Daily Mail. Enquanto Londres e todo o sudeste do Reino Unido foram mergulhados em um novo bloqueio no fim de semana, dezenas de países proibiram todas as viagens de e para o Reino Unido, mas cientistas sérios exigem ver algumas evidências reais e não somente midiáticas, de que há 70% mais contágio nesta nova "cepa mutante" do coronavírus.  “Todos os especialistas dizem que é muito cedo para chegar a tal conclusão”, acrescentou o professor Carl Heneghan.

“As estimativas de maior transmissibilidade da variante virótica são baseadas em modelos e hipóteses e não foram confirmadas por experimentos de laboratório”, disse Muge Cevik, professor e especialista em doenças infecciosas da Universidade de St. Andrews, na Escócia, e consultor científico do governo britânico: "Acima de tudo, acho que precisamos ter um pouco mais de dados experimentais", disse ele. "Não podemos descartar completamente o fato de que alguns desses dados de transmissibilidade podem estar relacionados ao comportamento humano e aos imprecisos testes RT-PCR”

Esta cepa era conhecida desde setembro, como "cepa mutante" e já está circulando massivamente desde outubro, de acordo com o governo do Primeiro-Ministro Boris Johnson, que agora está usando-a para justificar literalmente o cancelamento do feriado de Natal e Ano Novo. Poucos minutos após o anúncio de Johnson de que Londres e o sudeste da ilha seriam fechados à meia-noite de sábado, milhares de pessoas lotaram as estações de trem em uma tentativa de escapar para outras partes do país, o que no mínimo causou aglomeração e mais circulação do vírus.

Os dados que o governo conservador de direita possui sobre a "nova cepa" vêm de uma análise do grupo consultivo The New and Emerging Respiratory Virus Threats Advisory Group (Nervtag). E não foram submetidos a comunidade científica do Reino Unido. "Eles querem evitar uma rebelião", pontuaram alguns parlamentares do Partido Trabalhista que já se rebelavam contra a chamada "fase 3" do bloqueio, e pediram todas as evidências científicas que o governo afirma ter tornado públicas, mas não o fez.

Os deputados trabalhistas da ala esquerda do partido, denunciaram que o governo da direita esperou deliberadamente que o parlamento iniciasse o recesso de Natal antes de fazer o anúncio do bloqueio, para evitar uma rebelião popular. Na verdade, a polícia de Londres está aumentando as patrulhas e procurando grupos que violam as novas restrições, como um recrudescimento da repressão sanitária e supressão das garantias democráticas.