terça-feira, 22 de dezembro de 2020

EQUADOR DECRETA “ESTADO DE EXCEÇÃO” PARA EVITAR PROTESTOS, UTILIZANDO JUSTIFICATIVA DA “NOVA CEPA DO VÍRUS”: COMO PRÊMIO RECEBE NA HORA EMPRÉSTIMO DO FMI

O reacionário presidente do Equador, Lenín Moreno, decretou nesta segunda-feira, 21 de dezembro, “estado de exceção” no país, utilizando como justificativa da absurda medida antidemocrática “o enfrentamento do coronavírus, depois que foi identificada a circulação de uma nova cepa do vírus no Reino Unido”. O “ato de terror sanitário” do traidor Moreno, nada tem a ver com a defesa da vida das pessoas, muito pelo contrário trata-se de uma descarada manobra de ataque frontal ao direito de manifestação política do proletariado equatoriano, ainda mais em uma conjuntura de crise econômica capitalista, onde as massas estão se preparando para o embate direto nas ruas contra o governo da direita neoliberal. A medida de exceção, própria de regimes fascistas, conforme especificado pelo presidente Moreno terá duração de 30 dias. O “interessante” é que concomitante ao anúncio do “toque de recolher” no país inteiro, o FMI liberou imediatamente um empréstimo de 2 bilhões de dólares para o governo direitista da “trairagem”.

Este novo “desembolso” do FMI faz parte de um empréstimo total de 6,5 bilhões de dólares que a agência financeira prometeu entregar até dezembro de 2022 e que, segundo o presidente Lenín Moreno, será usado para "proteção social e reativação". Moreno informou ainda que a partir desta segunda-feira, o “toque de recolher” entrará em vigor das 22h00 às 04h00 do dia seguinte: “Pois será por um mês. Acrescenta-se também, pelo mesmo período e ao mesmo tempo, a lei seca proibição de venda e consumo de álcool”. Foi instruído o fechamento de bares, discotecas, centros de diversão noturna, bem como as reuniões são limitadas a um máximo de 10 pessoas.

Em um surto de cretinismo, Moreno indicou que todas essas medidas poderiam ser "ampliadas" à medida que se obtivessem mais “evidências científicas” sobre a nova cepa de coronavírus detectada no Reino Unido. Não por coincidência, a nova “onda” do terror sanitário vem agora da Inglaterra, justamente quando o Reino Única “emperra” nas negociações com a União Europeia acerca do “Brexit”. Mais um elemento concreto para desnudar a grande farsa da pandemia, que mais parece uma doença econômica (necessidade do capitalismo em crise de superprodução realizar seu “grande reset”) do que propriamente uma crise sanitária natural.