quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

“BALAS ACHADAS” MATAM TODOS OS DIAS CRIANÇAS POBRES NO RIO: TERRORISMO DE ESTADO A SERVIÇO DO EXTERMÍNIO DOS TRABALHADORES E SUAS FAMÍLIAS... PELA DESTRUIÇÃO DA PM E TODO O APARATO REPRESSIVO!


Nesta semana houveram vários atos de protesto "Parem de nos matar!" contra o assassinato pela PM das primas Rebeca, de 7 anos e Emily, de 4. Elas foram atingidas por “balas achadas” em meio a uma ação genocida da Polícia Militar na última sexta-feira (4) em uma comunidade em Duque de Caxias (RJ), operação de guerra nas favleas e morros própria do Terrorismo de Estado, racista e voltado a eliminar o povo pobre. Essas manifestação são produto do justo ódio do povo pobre contra o aparato de repressão da burguesia.

Rebeca brincava no portão com a prima Emily Vitória Silva dos Santos, 4, quando ambas foram baleadas. Maycon Douglas Moreira Santos, o pai de Rebeca, também denunciou ter sido vítima de racismo minutos depois de ver o corpo da filha morta em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no Rio de Janeiro. Ele tinha acabado de perder a filha. E a primeira pergunta foi se ele tinha passagem pela polícia pelo simples fato de ele ser um homem negro. 

Além de Maycon, Lídia da Silva Moreira Santos, avó de Rebeca e tia da Emily, também foi ao local para prestar depoimento acompanhados de membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ. Lídia havia acabado de descer do ônibus quando viu policiais militares atirando em direção à rua onde mora, na comunidade Barro Vermelho, em Gramacho. Ao chegar em casa, viu uma menina morta no chão. Só a reconheceu quando ouviu um parente gritar pelo seu nome: "A Emily não!". Em seguida, pegou Rebeca no colo e levou-a para a UPA com a ajuda do motorista de uma Kombi. Segundo moradores e parentes das vítimas, PMs atiraram em meio a uma tentativa de abordagem a duas pessoas em uma moto. Cinicamente em nota, a PM nega os disparos e diz que os agentes foram ao local após ouvirem tiros. 

Diante de uma situação de extermínio da população trabalhadora desde seu local de moradia pelas mãos do Estado burguês todos os dias com suas balas achadas cujo alvo é o povo trabalhador, não resta outra alternativa que não seja a resistência direta e sua autodefesa contra os facínoras fardados.

É imperativo a criação de Comitês de autodefesa pelos trabalhadores que estão sendo brutalizados pela PM como fizeram os Panteras Negras nos EUA nas décadas de 60 e 70, como forma de sobrevivência de todas as comunidades moradoras das favelas e periferias do país, bem como a articulação de uma frente única de luta de favelas. 

Dessa forma, ao contrário do que pregam os revisionistas do PSTU e PSOL que desejam desmilitarizar essa corporação, o movimento de resistência tem que se basear num dos princípios mais fundamentais da luta de classe elaborada por Marx e Engels que é a destruição violenta de todo aparato repressivo da burguesia. Fato este que não pode estar separado da luta pelo poder do proletariado, pondo fim definitivo através da revolução socialista a toda ordem burguesa apodrecida que necessita da guerra contra nossa classe para sobreviver. 

Desde já, prestamos toda nossa solidariedade a família das duas meninas, Emly e Rebeca, vítimas da Polícia fascista no Rio de Janeiro!