“ESCÂNDALO DA ABIN”: REDE GLOBO DENUNCIA “APARELHAMENTO DO ESTADO” QUE SEMPRE APOIOU PARA
MANTER BOLSONARO COMO UM FRÁGIL “ESPANTALHO” ÚTIL A SEUS PLANOS
A Famigila Marinho e seus asseclas na mídia estão usando o chamado escândalo da ABIN e denunciando o "aparelhamento do Estado" que sempre defenderam para fragilizar ainda mais o moribundo governo Bolsonaro, a fim de que ele seja tranquilamente sucedido em 2022 pela velha direita neoliberal, agora batizada de “centro civilizatório”. Até as eleições presidenciais esse consórcio entre a Rede Globo, a Big Pharma, o STF e a oposição burguesa comandada pelo PSDB-DEM, tendo o PT e o PSOL como membros de "esquerda" dessa grande aliança, usarão todas as patetadas do atual presidente para manter esse zumbi político, um verdadeiro espantalho útil a burguesia, que usa o fantasma do “Bozo fascista” para avançar na construção da frente ampla burguesa, do draconiano ajuste neoliberal e da nova ordem mundial imposta pelo terror sanitário ditado pela pandemia.
Não por acaso, o colunista Merval Pereira, colunista político-mor da Globo, declarou “Se havia alguma dúvida
de que o presidente Bolsonaro queria ter um sistema de inteligência que o
servisse, e à sua família, em termos pessoais, agora não há mais. É devastadora
a revelação de Guilherme Amado na revista Época de que a Agência Brasileira de
Informação (Abin) fez pelo menos dois relatórios para orientar a defesa do
senador Flavio Bolsonaro na tentativa de anular as investigações do Ministério
Público do Rio de Janeiro sobre o esquema de ‘rachadinha’ montado por ele e
outros deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Rio”, escreve ele, em
sua coluna deste sábado, para delírio dos reformistas que salivam em ter a Globo
como aliada na tarefa de desgastar o cambaleante Bolsonaro.
O escriba da Família Marinho continua “O caso da Abin é
gravíssimo, e passível de impeachment do presidente por improbidade
administrativa. É o presidente usando órgãos de investigação do Estado
brasileiro para proteger seu filho. E para desmoralizar outros serviços
públicos, como a Receita Federal e o Coaf. Não se pode aceitar isso. Estamos
vivendo num país em que coisas anormais viram normais", escreve ainda o
jornalista a soldos dos Marinho. "Quem quiser ligar os pontos, terá uma imagem perfeita do que
acontece nesse governo que mistura o público com o privado como nenhum
outro". Era tudo que a Frente Popular e a blogosfera de “esquerda” queria
ouvir da boca do reacionário Merval na verdadeira “Frente Ampla” burguesa
contra Bolsonaro e a favor do “centro civilizatório, formando pelo PSDB, DEM,
PSD, o próprio “Centrão” e que abrange também o PDT e o PSB.
Como já denunciamos, a Famiglia Marinho , porta- voz do
projeto do grosso da burguesia nativa, deseja sempre enquadrar Bolsonaro para
seguir a agenda neoliberal e não derrubar Bolsonaro, contrapondo-se a tese
alardeada sempre pela esquerda reformista de que Bolsonaro está prestes a cair
com os escândalos envolvendo sua familícia, como o atual escândalo da Abin.
A pressão midiática em curso representa os limites políticos que a burguesia nacional quer impor a Bolsonaro no marco da solidificação do regime do Bonapartismo judiciário iniciado com o golpe parlamentar sofrido pelo governo petista de Dilma Rousseff em 2016 no lastro da Operação Lava Jato.
A
classe dominante não pretende derrubar Bolsonaro neste momento, ainda mais em
meio a pandemia e não tendo estreitado os vínculos políticos e materiais
suficientes com a Alta-cúpula militar. Com Trump derrotado nos EUA, agora vai
se livrar de Bolsonaro em 2022, mantendo-o como um “zumbi político” até lá, que
a cada bravata reacionária dá combustível para ser queimado pelo consórcio da
nova ordem mundial, que conta com o apoio
da esquerda domesticada, particularmente PT, PCdoB e PSOL
Por essa razão, apontamos mais uma vez que somente a ação direta e ativa das massas poderá encestar a derrubada cabal deste governo neofascista em seu conjunto, instaurando um novo regime político socialista emanado do poder revolucionário da classe operária, caso contrário o “Fora Bolsonaro” poderá desembocar em algo ainda mais reacionário e entreguista do que a gerência atual.
Os Marxistas Leninistas que combatem pela derrubada do
governo neofascista, apontam claramente a arapuca da estratégia eleitoral,
alertando ao movimento operário e popular que somente os métodos mais
radicalizados da ação direta das massas e sem expectativa neste congresso
golpista podem colocar abaixo Bolsonaro e toda a estrutura do regime vigente.