sábado, 12 de dezembro de 2020

“ESCÂNDALO DA ABIN”: REDE GLOBO DENUNCIA “APARELHAMENTO DO ESTADO” QUE SEMPRE APOIOU PARA MANTER BOLSONARO COMO UM FRÁGIL “ESPANTALHO” ÚTIL A SEUS PLANOS

     

A Famigila Marinho e seus asseclas na mídia estão usando o chamado escândalo da ABIN e denunciando o "aparelhamento do Estado" que sempre defenderam para fragilizar ainda mais o moribundo governo Bolsonaro, a fim de que ele seja tranquilamente sucedido em 2022 pela velha direita neoliberal, agora batizada de “centro civilizatório”. Até as eleições presidenciais esse consórcio entre a Rede Globo, a Big Pharma, o STF e a oposição burguesa comandada pelo PSDB-DEM, tendo o PT e o PSOL como membros de "esquerda" dessa grande aliança, usarão todas as patetadas do atual presidente para manter esse zumbi político, um verdadeiro espantalho útil a burguesia, que usa o fantasma do “Bozo fascista” para avançar na construção da frente ampla burguesa, do draconiano ajuste neoliberal e da nova ordem mundial imposta pelo terror sanitário ditado pela pandemia.

Não por acaso, o colunista Merval Pereira, colunista político-mor da Globo, declarou “Se havia alguma dúvida de que o presidente Bolsonaro queria ter um sistema de inteligência que o servisse, e à sua família, em termos pessoais, agora não há mais. É devastadora a revelação de Guilherme Amado na revista Época de que a Agência Brasileira de Informação (Abin) fez pelo menos dois relatórios para orientar a defesa do senador Flavio Bolsonaro na tentativa de anular as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre o esquema de ‘rachadinha’ montado por ele e outros deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Rio”, escreve ele, em sua coluna deste sábado, para delírio dos reformistas que salivam em ter a Globo como aliada na tarefa de desgastar o cambaleante Bolsonaro.

O escriba da Família Marinho continua “O caso da Abin é gravíssimo, e passível de impeachment do presidente por improbidade administrativa. É o presidente usando órgãos de investigação do Estado brasileiro para proteger seu filho. E para desmoralizar outros serviços públicos, como a Receita Federal e o Coaf. Não se pode aceitar isso. Estamos vivendo num país em que coisas anormais viram normais", escreve ainda o jornalista a soldos dos Marinho. "Quem quiser ligar os pontos, terá uma imagem perfeita do que acontece nesse governo que mistura o público com o privado como nenhum outro". Era tudo que a Frente Popular e a blogosfera de “esquerda” queria ouvir da boca do reacionário Merval na verdadeira “Frente Ampla” burguesa contra Bolsonaro e a favor do “centro civilizatório, formando pelo PSDB, DEM, PSD, o próprio “Centrão” e que abrange também o PDT e o PSB.

Como já denunciamos, a Famiglia Marinho , porta- voz do projeto do grosso da burguesia nativa, deseja sempre enquadrar Bolsonaro para seguir a agenda neoliberal e não derrubar Bolsonaro, contrapondo-se a tese alardeada sempre pela esquerda reformista de que Bolsonaro está prestes a cair com os escândalos envolvendo sua familícia, como o atual escândalo da Abin.

A pressão midiática em curso representa os limites políticos que a burguesia nacional quer impor a Bolsonaro no marco da solidificação do regime do Bonapartismo judiciário iniciado com o golpe parlamentar sofrido pelo governo petista de Dilma Rousseff em 2016 no lastro da Operação Lava Jato. 

A classe dominante não pretende derrubar Bolsonaro neste momento, ainda mais em meio a pandemia e não tendo estreitado os vínculos políticos e materiais suficientes com a Alta-cúpula militar. Com Trump derrotado nos EUA, agora vai se livrar de Bolsonaro em 2022, mantendo-o como um “zumbi político” até lá, que a cada bravata reacionária dá combustível para ser queimado pelo consórcio da nova ordem mundial, que conta com  o apoio da esquerda domesticada, particularmente PT, PCdoB e PSOL

Por essa razão, apontamos mais uma vez que somente a ação direta e ativa das massas poderá encestar a derrubada cabal deste governo neofascista em seu conjunto, instaurando um novo regime político socialista emanado do poder revolucionário da classe operária, caso contrário o “Fora Bolsonaro” poderá desembocar em algo ainda mais reacionário e entreguista do que a gerência atual. 

Os Marxistas Leninistas que combatem pela derrubada do governo neofascista, apontam claramente a arapuca da estratégia eleitoral, alertando ao movimento operário e popular que somente os métodos mais radicalizados da ação direta das massas e sem expectativa neste congresso golpista podem colocar abaixo Bolsonaro e toda a estrutura do regime vigente.