quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

BORIS JONHSON ALINHADO COM A OMS: JUNTOS NA OFENSIVA CONTRA AS CONQUISTAS DEMOCRÁTICAS DO PROLETARIADO BRITÂNICO

Nos últimos meses, milhares de trabalhadores britânicos tiveram que aceitar cortes em suas já precárias condições de trabalho sob a ameaça de perder seus empregos devido à severa recessão econômica na Grã-Bretanha como resultado da crise econômica capitalista, agravada com a pandemia decretada pela OMS. O Primeiro Ministro ultra reacionário, Boris Jonhson, que foi inicialmente considerado pela mídia corporativa como um “negacionista”, seguiu à risca todas as determinações sanitárias da OMS, levando o país a uma forte recessão, e que em nada reduziram o número de casos de contaminação ou mortos pela Covid-19.

Centenas de empresas, de todos os tamanhos e setores, propuseram aos seus trabalhadores salários mais baixos, reduções nos benefícios (férias ou bônus) e outros cortes em troca de mantê-los em seus empregos e não colocá-los nas fileiras do desemprego crescente. A taxa de desemprego entre junho e setembro atingiu 4,8%, o que equivale a 1,7 milhão de trabalhadores. No entanto, o Banco da Inglaterra acredita que chegará a 7,7% em meados do ano que vem. Há empresas que despediram boa parte da força de trabalho e depois ofereceram uma parte para voltar, mas em condições piores.  O caso mais emblemático foi o da companhia aérea British Airways, que juntamente com a Iberia e a Vueling faz parte do grupo IAG, que em abril último anunciou que dispensaria 12.000 dos seus 42.000 trabalhadores, embora semanas depois revelasse que uma parte da  afetados ofereceria a eles a possibilidade de recuperar seus empregos, mas com uma renda até 70% menor.

A prática do “ajuste” foi reproduzida pela fabricante de motores de automóveis e aviões Rolls Royce, que anunciou em junho que faria o mesmo por metade dos 1.400 trabalhadores que tinha em sua fábrica na cidade escocesa de Inchinnan. A empresa de gás Centrica, de propriedade da British Gas, fez o mesmo dias depois com 20.000 de seus 27.000 trabalhadores. Em junho, o deputado nacionalista escocês Gavin Newlands apresentou um projeto de lei para proibir a recontratação de trabalhadores. Mas enquanto o assunto está em debate no Parlamento, outras empresas deram continuidade à prática e por isso os sindicatos burocratizados já preparam ações tímidas de protesto. Hoje e nos dias 14, 17 e 18 deste mês, os trabalhadores de Heathrow, o principal aeroporto de Londres, entrarão em greve em rejeição aos planos do gerente do terminal de forçar 4.000 de seus colegas a aceitar novos contratos, com  salários 20% mais baixos, sob pena de expulsá-los. O aeroporto está usando a pandemia como cortina de fumaça para degradar permanentemente os trabalhadores.

O “mito” de que a extrema direita mundial (Trump, Bolsonaro e Boris) se contrapõe as regras impostas pela OMS é totalmente falso. Este arco político que flerta com o fascismo, não adotou uma única ação concreta, mais além de demagogia eleitoral, que contrariasse na prática os interesses do capital financeiro (grande promotor intelectual da pandemia) e seu “braço científico” a Big Pharma. Agora que a OMS exige o ingresso da Europa na “Segunda Onda” para facilitar a venda dos trilionários pacotes de vacinas para os Estados nacionais, a Inglaterra amarga grandes retrocessos na arena social, sob a gerência do chamado “Centro Civilizatório”, ou seja a ex-extrema direita logo convertida a Nova Ordem Mundial do Controle Sanitário.