CRISE NA EQUIPE ECONÔMICA DO GOVERNO BOLSONARO: GUEDES CADA
VEZ MAIS FRÁGIL DIANTE DO “DEUS MERCADO”... OPOSIÇÃO SE UNE AOS RENTISTAS PARA DEFENDER A ORTODOXIA DO “AJUSTE”
Houve uma debandada no Ministério da Economia por causa da ameaça de furo no teto de gastos por parte do Ministro Paulo Guedes para fazer o novo programa assistencialista de Bolsonaro. Ontem a Ibovespa fechou no menor patamar do ano e o dólar flertar com os R$ 5,70. O mal humor do “Deus Mercado” ocorre após quatro secretários do ministério da Economia terem pedido demissão em meio a pressões do governo para o aumento do benefício do Bolsa Família, agora Auxílio Brasil. Bruno Funchal, secretário Especial do Tesouro e Orçamento, e Jeferson Bittencourt, secretário do Tesouro Nacional, e mais dois secretários deixaram a equipe do ministro Paulo Guedes após as manobras para furar o teto de gastos. Na noite de ontem, a comissão especial que analisa a PEC dos precatórios concluiu a votação do texto que adia o pagamento de parte das dívidas judiciais do governo e altera a regra de correção do teto de gastos. Combinadas, as mudanças vão abrir R$ 83,6 bilhões no teto em 2022. A possibilidade aventada pelo presidente Bolsonaro de “furar o teto de gastos”, um dispositivo constitucional aprovado como “ícone político” do golpe parlamentar consumado em 2016 contra o governo do PT, é o motivo de revolta dos rentistas. Guedes está assistindo furioso o derretimento de sua equipe econômica, que já perdeu 12 destacados membros, por divergências acerca do ritmo lento das privatizações e mais ajustes neoliberais, como as reformas administrativas e tributárias.
A grande surpresa (não para nós da oposição operária e
revolucionária), é que na frente única em defesa da manutenção do teto dos gastos
junto com o Mercado, está se somando lideranças da oposição burguesa, inclusive
parlamentares do PT. Até então o PT “deitava e rolava” demagogia eleitoral
criticando a aprovação do teto de gastos, como um símbolo da submissão do
“golpismo”, aos rentistas. Mas bastou o fascista Bolsonaro sinalizar com o
“furo do teto”, obviamente por suas pretensões a um segundo mandato, o PT
passou de malas e bagagens para o campo aberto do “mercado”, defendendo a
manutenção do draconiano e perverso mecanismo constitucional.
Não diríamos que a máscara do PT caiu, simplesmente porque
estes seguem rigidamente a linha da farsa da OMS e pregam a utilização
permanente deste “amuleto”, que todos os estudos científicos já provaram que
são inúteis a contaminação de aerossóis virais, como atesta inclusive a
principal fabricante do produto a 3M. Ao invés de proteção, as máscaras ajudam
a disseminação do vírus, além de acarretarem seríssimos problemas respiratórios
se usadas continuamente. Mas somente os ingênuos e tolos, ou os pilantras
corrompidos, ainda continuam acreditando na combatividade do PT, assim como na
“proteção” das máscaras contra o coronavírus.
