MOVIMENTO “FORA BOLSONARO” DESMARCA NOVO ATO E ABRE O JOGO:
“EXPANDIR OS ATOS PARA ALÉM DA ESQUERDA”
Organizadores da articulação política pelo pseudo “Fora Bolsonaro” resolveram abrir o jogo revelando que seu movimento é realmente eleitoral no sentido de construir a Frente Ampla do PT com partidos da “direita sem disfarces”. Os dirigentes do movimento “Fica Bolsonaro” até às eleições já dão como certo que não haverá ato de rua no próximo dia 15 de novembro. A Frente Ampla burguesa do PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade, além de movimentos sociais da esquerda reformista haviam convocado o ato no mês passado, mas diante do impasse eleitoral em torno da candidatura de Lula, que sofre resistência por parte de Ciro Gomes, resolveu desmarcar a atividade. Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares), afirmou à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, que não há condições políticas para novos projetos da campanha pelo "Fora Bolsonaro". Segundo ele, o principal objetivo agora “É expandir a adesão aos atos para além da esquerda”. Setores minoritários da burguesia nacional ainda tentam em vão formar a chamada “Terceira Via”, como uma alternativa ao PT e Bolsonaro. Porém a “grita” de Ciro Gomes e outras opções tucanas inexpressivas não tem o menor suporte político por parte do imperialismo ianque, leia-se na governança global do capital financeiro que segue construindo a candidata de Lula com total fidelidade para ocupar novamente o Planalto em 2022. É só verificar a guinada do STF, instituição controlada diretamente pelo Departamento de Estado dos EUA, em direção a Lula, que anteriormente foi preso pelo mesmo judiciário (Operação Lava Jato) sob as ordens diretas da Casa Branca. Lula representa agora, diante da crise capitalista internacional, a melhor opção para estabilizar o regime burguês e subordinar o movimento de massas a política de colaboração de classes. Como o movimento “Fora Bolsonaro” sempre foi na verdade uma pré-campanha eleitoral para o retorno de Lula à presidência da república, seus dirigentes preferem neste momento suspender os atos e levar a costura eleitoral do candidato petista para os bastidores da política burguesa mais corrompida, como o MDB, PSD, levando o “rebelde oligarca” Ciro para as cordas do Isolamento.
