sábado, 2 de outubro de 2021

DIRIGENTE PALESTINA KHALEDA JARRAR APÓS SER LIBERTADA DO CÁRCERE SIONISTA: “CONTINUAREI MEU CAMINHO ATÉ CONQUISTAR A LIBERDADE DO MEU POVO”

Recém-libertada pelo regime sionista israelense, Khaleda Jarrar declarou: “Ficamos surpresos com o que aconteceu na prisão de Gilboa, mas a vontade de lutar pela  liberdade pode fazer tudo e nada pode deter. Os presos da Cadeia de Gilboa asseguraram a todos os povos do mundo que a humanidade anseia pela liberdade e que existem presos há muitos anos em cativeiro. Vou continuar meu caminho até que a libertação do meu povo palestino da dominação colonial e ocupação israelense, e de todos os povos do mundo sujeitos à ocupação norte-americana, seja alcançada”, declarou a líder da Frente Popular Para a Libertação da Palestina e ex-prisioneira política, Khaleda Jarrar.

Jarrar foi presa pelo Estado terrorista israelense em sua casa, na cidade de Ramallah, em 31 de outubro de 2019, acusada de assumir uma posição dirigente na FPLP, organização considerada “clandestina” pelo exército de sionista. Jarrar é uma das mais destacadas lideranças da Frente Popular para a Libertação da Palestina, segunda maior facção da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), na Cisjordânia ocupada, e foi eleita parlamentar do antigo Conselho Legislativo Palestino.

Em entrevista ao Al Mayadeen, Jarrar destacou que a ocupação israelense teme todo o povo palestino porque o colonialismo teme os povos conquistados. Referindo-se à Operação Túnel da Liberdade, protagonizada por seis heróis da prisão de Gilboa, Jarrar disse: “Ficamos surpresos com o que aconteceu na prisão de Gilboa, mas a vontade de buscar a liberdade pode fazer tudo, e nada pode deter”. Jarrar enfatizou que as administrações penitenciárias israelenses não buscam a educação e todos os livros educacionais são confiscados. O livro também está preso na Palestina pela ocupação. Ela acrescentou: "Mas todas as tentativas da ocupação de isolar o povo palestino e transformá-lo em presos em sua própria nação fracassaram miseravelmente."

A líder da Frente Popular explicou que “O acordo do século, a normalização e os assassinatos caíram antes da vontade do povo palestino de ser livre. Nosso povo palestino clamou pela unidade nacional e pelo fim da divisão, e pela reformulação de uma estratégia de luta baseada em sua coesão, profundidade e extensão, no nível árabe e internacional, com todos os povos livres do mundo", afirmou ela.

Comentando sobre sua experiência no cativeiro, Jarrar disse: “Saí depois de perder minha filha amada, Suha.  Eu tinha sentimentos mistos e compostos. Perder um filho em cativeiro é muito difícil. Essa ocupação que me impediu de me despedir de minha filha foi, talvez, um dos momentos mais difíceis que vivi.  Fiz a promessa à minha falecida filha de completar tudo o que ela sonhou.  Suha nasceu e seu pai estava na prisão, ela deixou essa vida e eu estava na prisão. Mas em todo aquele tempo de cativeiro recebi o calor, o amor e o desejo de liberdade das filhas e filhos do meu povo, do mundo árabe e de outras nações”. No domingo passado, as autoridades de ocupação israelenses libertaram a dirigente prisioneira da Frente Popular, Khaleda Jarrar. A ocupação sionista se recusou a libertá-la, em julho passado, para participar do funeral de sua filha, Suha, que morreu de um grave ataque cardíaco. Apesar das diferenças programáticas que temos com a FPLP, saudamos entusiasticamente a libertação das masmorras sionistas desta valiosa combatente da causa Palestina.