DIRIGENTE PALESTINA KHALEDA JARRAR APÓS SER LIBERTADA DO CÁRCERE SIONISTA: “CONTINUAREI MEU CAMINHO ATÉ CONQUISTAR A LIBERDADE DO MEU POVO”
Recém-libertada pelo regime sionista israelense, Khaleda Jarrar declarou: “Ficamos surpresos com o que aconteceu na prisão de Gilboa, mas a vontade de lutar pela liberdade pode fazer tudo e nada pode deter. Os presos da Cadeia de Gilboa asseguraram a todos os povos do mundo que a humanidade anseia pela liberdade e que existem presos há muitos anos em cativeiro. Vou continuar meu caminho até que a libertação do meu povo palestino da dominação colonial e ocupação israelense, e de todos os povos do mundo sujeitos à ocupação norte-americana, seja alcançada”, declarou a líder da Frente Popular Para a Libertação da Palestina e ex-prisioneira política, Khaleda Jarrar.
Jarrar foi presa pelo Estado terrorista israelense em sua
casa, na cidade de Ramallah, em 31 de outubro de 2019, acusada de assumir uma
posição dirigente na FPLP, organização considerada “clandestina” pelo exército
de sionista. Jarrar é uma das mais destacadas lideranças da Frente Popular para
a Libertação da Palestina, segunda maior facção da Organização pela Libertação
da Palestina (OLP), na Cisjordânia ocupada, e foi eleita parlamentar do antigo
Conselho Legislativo Palestino.
Em entrevista ao Al Mayadeen, Jarrar destacou que a ocupação
israelense teme todo o povo palestino porque o colonialismo teme os povos
conquistados. Referindo-se à Operação Túnel da Liberdade, protagonizada por
seis heróis da prisão de Gilboa, Jarrar disse: “Ficamos surpresos com o que
aconteceu na prisão de Gilboa, mas a vontade de buscar a liberdade pode fazer
tudo, e nada pode deter”. Jarrar enfatizou que as administrações penitenciárias
israelenses não buscam a educação e todos os livros educacionais são
confiscados. O livro também está preso na Palestina pela ocupação. Ela
acrescentou: "Mas todas as tentativas da ocupação de isolar o povo palestino
e transformá-lo em presos em sua própria nação fracassaram
miseravelmente."
A líder da Frente Popular explicou que “O acordo do século,
a normalização e os assassinatos caíram antes da vontade do povo palestino de
ser livre. Nosso povo palestino clamou pela unidade nacional e pelo fim da
divisão, e pela reformulação de uma estratégia de luta baseada em sua coesão,
profundidade e extensão, no nível árabe e internacional, com todos os povos
livres do mundo", afirmou ela.
Comentando sobre sua experiência no cativeiro, Jarrar disse:
“Saí depois de perder minha filha amada, Suha.
Eu tinha sentimentos mistos e compostos. Perder um filho em cativeiro é
muito difícil. Essa ocupação que me impediu de me despedir de minha filha foi,
talvez, um dos momentos mais difíceis que vivi.
Fiz a promessa à minha falecida filha de completar tudo o que ela
sonhou. Suha nasceu e seu pai estava na
prisão, ela deixou essa vida e eu estava na prisão. Mas em todo aquele tempo de
cativeiro recebi o calor, o amor e o desejo de liberdade das filhas e filhos do
meu povo, do mundo árabe e de outras nações”. No domingo passado, as
autoridades de ocupação israelenses libertaram a dirigente prisioneira da
Frente Popular, Khaleda Jarrar. A ocupação sionista se recusou a libertá-la, em
julho passado, para participar do funeral de sua filha, Suha, que morreu de um
grave ataque cardíaco. Apesar das diferenças programáticas que temos com a
FPLP, saudamos entusiasticamente a libertação das masmorras sionistas desta
valiosa combatente da causa Palestina.