GREVE GERAL DOS ESTIVADORES ITALIANOS CONTRA O PASSAPORTE
SANITÁRIO: ESQUERDA REFORMISTA DIZ QUE OS “TRABALHADORES SÃO FASCISTAS” POR
LUTAREM PELAS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS
A partir de hoje (15/10) todos os trabalhadores italianos devem apresentar passaporte de vacinação, (denominado ironicamente pela Popular de "green card"), para não serem demitidos sem direitos. A resposta política dos trabalhadores diante da ofensiva neofascista do governo encabeçado pelo rentista Mario Dragui (ex-presidente do BC europeu)foi uma greve nacional iniciada por estivadores, que esta manhã começaram a bloquear portos, como aqueles de Gênova ou Trieste.
Os estivadores em Trieste, onde 40% dos trabalhadores não
foram vacinados, ameaçaram bloquear a atividade do porto, enquanto é possível
interromper o transporte rodoviário. Luca Zaia, presidente do sindicato da
região de Veneto, alertou para o caos que paira sobre a economia italiana até
hoje. Existe um risco real de bloqueio, especialmente em certos setores de
atividade em que muitos trabalhadores não estão vacinados ou receberam vacinas,
como a Sputnik da Rússia, que não são aprovadas pela União Europeia, por não
pertencerem a “famiglia Big Pharma”.
No último dia 15 de setembro, o Primeiro Ministro, Mario Draghi, anunciou a obrigatoriedade do passaporte para todos os trabalhadores do país, dando um mês aos que se recusassem, sob a ameaça de serem demitidos sem receber seus direitos trabalhistas.É uma medida draconiana de pressão para tornar a vacina experimental obrigatória, o “green card” vale com a vacina ou com o teste negativo realizado em menos de 48 horas, ou seja, obriga os trabalhadores a fazerem exames permanentes de coronavírus com um preço de $15 Euros.Os estivadores ameaçam bloquear o porto de Trieste, o mais importante do nordeste da Itália, e paralisar grande parte do transporte rodoviário do país.
Na Itália existem cerca de 3,3 milhões de trabalhadores não vacinados, dos quais 344.000 são funcionários públicos, 2,2 milhões do setor privado e 740.000 profissionais autônomos. Ivano Russo, diretor-geral da Confetra, Confederação Geral Italiana de Transporte e Logística, afirmou que de um total de 900 mil caminhoneiros, entregadores e armazéns, "entre 25 e 30 por cento", não têm passaporte de saúde.
Milhares de pessoas se manifestaram em Roma no sábado passado contra a medida neofascista de Dragui, enquanto o reacionário governo alertava que não está disposto a “admitir mais os distúrbios”, ameaçando com o reforço do aparelho repressivo do Estado capitalista. Porém diante da imensa mobilização popular em defesa das liberdades democráticas, a esquerda reformista (inclusive correntes que se dizem trotskistas) acusou os trabalhadores de “fascistas” e “negacionistas” fazendo coro com a burguesia imperialista europeia que desfecha um violento ataque contra as conquistas históricas do proletariado. Está absolutamente cristalino o caráter corrompido desta esquerda reformista, agora mais um braço de apoio leal a governança global do capital financeiro.