A FARSA DA COP-26: GRETA THUNBERG E ONG´S PROMOVEM A UTOPIA
REACIONÁRIA QUE GOVERNOS BURGUESES E GRANDES CORPORAÇÕES CAPITALISTAS PODEM “PRESERVAR A
NATUREZA”
O 26º encontro da Conferência das Partes da Convenção, a COP 26, acontecerá entre outubro e novembro deste ano, em Glasgow, na Escócia. Acabar com o uso de carvão, fornecer US$ 100 bilhões de financiamento climático por ano e fazer com que todas as vendas de carros novos sejam de zero emissões em 14 a 19 anos são um dos temas em discussão ditados pelas grandes corporações agrupadas no Fórum Econômico Mundial de Davos. A ativista Greta Thunberg, promotora de um movimento global contra a “falta de ação dos governos”, afirmou na pré-conferência que ocorreu na Itália que “A mudança vem, quer vocês gostem ou não”. Essa é a linha da pressão das ONG´s sobre os governos burgueses para que estes promovam pequenos ajustes dos seus planos econômicos em nome de “preservar a natureza”. Trata-se de uma utopia reacionária declaramos os Marxistas Revolucionários. Essas entidades e suas “celebridades” patrocinadas pela própria mídia capitalista, como Greta, levam a acreditar que os governos dos principais países imperialistas do mundo e os conglomerados internacionais “tomem consciência” da situação, sendo capazes de adotar medidas em favor da preservação do meio ambiente.
Até o momento, não foram cumpridos nenhum dos objetivos de redução de emissões propostos em qualquer uma das 25 cúpulas climáticas, um quadro agravado pela saída dos EUA do chamado “Acordo de Paris”. Assinado em 2015, o Acordo de Paris tem o objetivo de conter as emissões de gases de efeito estufa e manter o aumento da temperatura do planeta abaixo de 2ºC, se possível em até 1,5°C. No centro da COP deste ano está a disputa pelo financiamento das ações, considerando a meta de doação de pelo menos US$ 100 bilhões (cerca de R$ 386 bilhões) por ano de países imperialistas as semicolônias em troca de concessões econômicas e domínios territoriais, como no caso o controle da Amazônia brasileira pelas metrópoles capitalistas. Tanto que o famigerado Banco Mundial (BM) anunciou um plano de “investimento” de US$ 200 bilhões para combater a mudança climática entre 2021 e 2025.
O pacote tem o por objetivo financiar “investimentos em agricultura inteligente” em 20 países, ou seja, incrementar o controle dos grandes grupos de alimentos em áreas até agora fora de seu alcance. Cinicamente os porta-vozes dos governos das grandes potências capitalistas discursaram em “defesa do planeta” e pelo estabelecimento de acordos globais para a redução de emissão de gás carbônico e da preservação das florestas, em uma suposta “cruzada” contra o chamado “aquecimento global”.
Com a maior cara de pau culpam a China pelo aumento da temperatura climática do mundo para encobrir que os monopólios imperialistas são os principais responsáveis pela destruição das forças produtivas, a começar pela principal delas: o homem e suas condições de vida. Além disso, o plano da ONU para “zerar o desmatamento” foi montado por ONGs em parceria com governos das metrópoles centrais que visam colocar as florestas, reservas minerais e aquáticas das semicolônias sobre o controle de um “consórcio global” que fere as soberanias formais das nações atrasadas, como o Brasil.
Enquanto barbarizam países inteiros como a Líbia, Síria ou o Iraque para controlar petróleo, água e urânio in natura, infectam a África com o vírus Ebola para incrementar os lucros da indústria farmacêutica ou para testes bacteriológicos de armas de guerra, dizimando populações nativas, os representantes do capital fazem demagogia “em defesa da natureza”.
Contra esta farsa, os Marxistas Revolucionários denunciam a impossibilidade de haver qualquer preservação da própria espécie humana assim como do meio-ambiente, das florestas e das fontes aquáticas sob o tacão dos grandes monopólios transnacionais, já que o capitalismo leva a humanidade à barbárie e às guerras de espoliação impondo fome, miséria e desemprego.
Ao mesmo tempo, desmascaramos os charlatões que através do chamado “ecossocialismo” não fazem mais que reforçar a tese revisionista de que o proletariado está superado como direção política da revolução socialista apresentando as “novas vanguardas” (verdes, luta de gênero) como eixo principal da “utopia” de uma “economia sustentável”. Eles “esquecem” que o conceito de forças produtivas elaborado por Marx, engloba fundamentalmente a força de trabalho, ou em outras palavras, o proletariado, a força produtiva principal.
Em uma
sociedade que condena a maioria da população, inclusive nos países
imperialistas, à miséria absoluta as forças produtivas efetivamente deixaram de
crescer e só podem voltar a fazê-lo através da Revolução Proletária para
garantir a existência da humanidade em harmonia com a Natureza em um futuro
comunista.