ALERTA: CONEXÃO DE VACINA DA JANSSEN COM TROMBOEMBOLIA
O Comitê de Avaliação de Risco de Farmacovigilância (PRAC, na sigla em inglês), que integra a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), concluiu que existe uma “possibilidade razoável” de que casos raros de tromboembolismo venoso (TEV) estejam ligados à vacina da Janssen contra a Covid-19, produzida pela farmacêutica Johnson & Johnson.
A conclusão foi feita entre os dias 27 e 30 de setembro e divulgada nesta sexta-feira (1°) pela EMA. Para chegar a ela, o PRAC analisou novos indícios de um estudo clínico no qual foi registrada maior proporção de TEV no grupo que recebeu a vacina em comparação ao que tomou placebo. Um segundo estudo foi avaliado e não houve registro de TEV entre os vacinados.
O TEV é uma condição na qual um coágulo sanguíneo se forma em uma veia profunda (normalmente na perna, braço ou virilha) e pode viajar até os pulmões, o que causa um bloqueio de suprimento de sangue, com possíveis consequências fatais, explica o comitê.
Em comunicado, o PRAC recomenda que o TEV seja listado nas informações do produto como um dos efeitos colaterais raros da vacina da Janssen contra a Covid-19, além de que seja emitido um alerta para conscientizar profissionais da saúde e a população que recebeu a vacina – em especial as pessoas que podem ter maior propensão a desenvolver o TEV.
Aos funcionários da área da saúde, o PRAC adverte que pessoas diagnosticadas com trombocitopenia em até três semanas após receberem a vacina da Janssen contra a Covid-19 devem ser “investigadas ativamente” quanto a sinais de trombose.
– Da mesma forma, os indivíduos que apresentam trombose
dentro de três semanas após a vacinação devem ser avaliados quanto à
trombocitopenia – informa.