A SEGREGAÇÃO VACINAL: UM RECURSO NAZISTA UTILIZADO PELOS GOVERNOS
IMPERIALISTAS À SERVIÇO DA BIG PHARMA
Desde o primeiro momento da pandemia, denunciamos seu caráter político imperialista. Um recurso da governança global do capital financeiro para prolongar a crise agônica do velho modo de produção. Com a pandemia instalada no planeta, as grandes corporações capitalistas globais vêm tentado bloquear determinados países, retirando-os do comércio internacional através do fechamento controlado das fronteiras e do “lockdown sanitário”, gerando o efeito econômico da “sanfona” com a posterior reabertura condicional e controlada caso a caso.
O fechamento das fronteiras nacionais não afetou apenas os
bens, causando uma escassez típica do pós-guerra, que é seguida por uma
inflação galopante. Também afetou pessoas, culminando em restrições de viagens
e de livre circulação, o que a propaganda da mídia corporativa tenta justificar
por motivos de saúde, para evitar a propagação do vírus, mas que na verdade são
motivações claramente políticas e econômicas.
Este elemento da segregação sanitária foi ressaltado mais
claramente pelo Reino Unido, que restringiu a chegada de viajantes não com base
nas vacinas que receberam, mas na região em que as receberam. O CDC (órgão de
saúde) sul-africano declarou que a decisão é discriminatória e o mesmo pode ser
dito por países que utilizaram determinados tipos de vacinas e não outros.
A questão não é então, vacinas sim ou vacinas não, mas que
as grandes potências imperialistas colocaram certas vacinas na lista negra por
considerarem que só as suas, fabricadas pela Big Pharma, são válidas, as que
aprovaram como supostamente “eficazes”. A partir do próximo 4 de outubro, as
pessoas que foram vacinadas na África passarão por novas medidas preventivas
antes de poderem acessar o Reino Unido, de acordo com o boletim de informação
publicada pelo reacionário governo de Londres. “A partir de segunda-feira, 4 de
outubro de 2021, às 4h, as regras para viagens internacionais para a Inglaterra
vão mudar do sistema de luzes vermelhas, âmbar e verdes para uma única lista
vermelha de países e medidas de viagem simplificadas para os que chegam do
resto do mundo. As regras para viagens
de países e territórios não incluídos na lista vermelha vão depender da
situação de vacinação”, publicou o edital inglês.
O governo do direitista Boris Jonhson, que agiu como
publicista da corporação AstraZeneca, leva em consideração apenas as pessoas
totalmente vacinadas que foram inoculadas "dentro da estrutura de um programa
de vacinação aprovado no Reino Unido, Europa, Estados Unidos ou um programa de
vacinação britânico no exterior". A lista é estendida a pessoas vacinadas
com uma "série completa de vacinas Oxford/AstraZeneca, Pfizer BioNTech,
Moderna ou Janssen fornecidas por um órgão de saúde pública”.
Esta lista exclui os países africanos e acarreta custos
adicionais para os viajantes da África.
Trata-se de tornar a vida impossível para certas regiões do mundo. “As
medidas adicionais incluem dois testes adicionais (antes da partida e o 'teste
do dia 8') e uma quarentena de dez dias.
As fontes não fornecem nenhuma outra explicação ou justificativa para
essas novas regras”, protestou o CDC da África do Sul em nota oficial.