Por muitas razões, o epidemiologista Anthony Fauci, o
assessor especial de Trump, mostra pessoalmente suas características essenciais
de charlatanismo, para quem trabalhou muitos anos chefiando o laboratório
militar de Fort Detrick. Fauci é o
consultor científico por excelência da Casa Branca, um cargo científico que
ocupa há muitos anos, portanto, ele não é do partido Republicano ou do outro
Democrata. É representante da própria “ciência” institucionalizada e
transformada em poder político de Estado acima de qualquer resultado eleitoral.
Fauci é o terceiro funcionário mais bem pago em toda a burocracia federal. Seu salário é de cerca de US$ 400.000 por
ano. Ele ganha mais do que o
vice-presidente dos Estados Unidos ou o Secretário (ministro)da Justiça. Ele
assumiu o cargo na mesma época do surto da AIDS, outra daquelas pandemias
“pós-modernas” não decifradas até hoje, que descobriram uma disciplina até
então marginal: a imunologia. Fauci não por acaso é um imunologista. O assessor
da Casa Branca é um prolífico autor de artigos científicos, com quase 300
publicações das quais participou nas últimas duas décadas, embora quem duvide
que realmente as tenha escrito. Fauci dirige o NIAID (Instituto Nacional de
Alergia e Doenças Infecciosas), outra das organizações burocráticas típicas dos
Estados Unidos que unem o público ao privado sem uma solução de continuidade. O
NIAID possui recursos orçamentários gigantescos: US $ 4,9 bilhões em 2017.
Possui uma unidade dedicada à guerra biológica, porque no mundo de hoje é
impossível separar a saúde da guerra. É
possível dizer se o capital se destina a curar ou matar, a conclusão é óbvia
para os Marxistas. O montante de dinheiro desperdiçado por Fauci na pandemia da
Aids nunca passou por uma auditoria ou controle social. Por 30 anos, várias
empresas receberam dinheiro para trabalhar em uma vacina para o "vírus da
Aids". Isso já aconteceu em todos os países do mundo, mas somente nos
Estados Unidos, Fauci distribuiu mais de meio bilhão de dólares. A gestão do dinheiro confere a Fauci um poder
enorme no mundo da pesquisa médica e científica. Ele tem muitos
"fiéis", incluindo grandes laboratórios da Big Pharma à sua
disposição. Em uma reunião ocorrida em 2019, o NIAID participou da simulação de
uma pandemia, o “Event”, o mundo teria uma "explosão surpresa nos próximos anos”. Em abril deste ano, Fauci pegou sua “bola de
cristal” novamente: “No outono, teremos o coronavírus novamente. Estou certo de que teremos ”, previu Fauci.
Mas se em 2003 a epidemia de Sars-Cov1 desapareceu completamente, por que eles
insistem agora em futuros surtos, a chamada “segunda onda”? Desde o início da
pandemia, Fauci disse que o coronavírus era incurável. Antes de 22 de maio, quando o The Lancet
publicou o artigo fraudulento sobre a hidroxicloroquina, Fauci afirmou que o
uso dessa substância não havia sido estudado em relação ao coronavírus, o que
era uma mentira. Em um estudo publicado
em 2005 no Virology Journal, foi declarado que a cloroquina é um potente
inibidor da infecção por coronavírus Sars e sua disseminação. Quinze anos antes, a cloroquina havia sido aprovada
pelo CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) nos Estados Unidos. Trump falou a seu favor e, em 29 de março e a
substância passou a ser demonizada pela OMS, que recomendava testes como a
única “substância “para debelar a infecção em milhões de infectados. Por outro
lado no mundo real, ignorando a satanização da cloroquina, milhares de
hospitais em todo mundo continuavam a prescrever a cloroquina salvando milhões
de vidas. Se a cloroquina foi aprovada, por que Fauci não recomendou tratar os
doentes com ela? Porque, em meio à
histeria, a introdução de um remédio não sujeito a nenhuma patente fecharia o
mercado para as futuras poções da indústria farmacêutica: primeiro o remdesivir
de Gilead e depois a tão esperada vacina financiada pela Microsoft.
terça-feira, 30 de junho de 2020
O QUE JÁ FOI SEM NUNCA TER SIDO: FRAUDE DERRUBA DECOTELLI, A
EDUCAÇÃO SOB O GOVERNO BOLSONARO É SOMENTE PARA FORMAR NEOFASCISTAS
Carlos Decotelli não é mais ministro da Educação. A
(não)passagem relâmpago pelo Ministério do governo neofascista acabou nesta
terça-feira (30/06), após ser descoberto que Decotelli apresentou informações
fraudadas em seu currículo fake de tecnocrata do agronegócio. Não podemos
sequer acusar a ação fraudulenta de Decotelli de “ineditismo” no âmbito da
presidência de Jair Bolsonaro,todos os que habitam este governo são uma fraude.
Sim, porque há outras, além das fraudes acadêmicas que Decotelli partilha com
Ricardo Salles e Damares Alves.Há fraude na afetação lunática ideológica de um
ministro das Relações Exteriores que afirma que a terra é plana. Há fraude na
Saúde, onde um general “presta guarda” em meio a um morticínio na saúde
pública, há fraude na Infraestrutura, onde se privatiza empresas e se entrega
obras de governos anteriores como se fossem de Bolsonaro. Há fraude na
Economia, onde um rentista neoliberal torra o patrimônio estatal para
beneficiar o capital financeiro. Há fraude na Justiça, onde trocou-se um
justiceiro ambicioso por um pastor burocrata que já sonha com o STF. Há fraude
no astronauta ministro da anti-ciência, há fraude na fundação de defesa dos
negros que zomba dos próprios negros, na cultura do entretenimento da
“Malhação”, e em todas as figuras da extrema direita que povoam este
reacionário governo, que serve aos interesses das corporações imperialistas. Em
resumo, a grande fraude está na própria gênese deste governo, ungindo de uma
eleição , manipulada e fraudada política e eletronicamente por urnas fabricadas
para roubar a soberania popular.
SOBRE OS GRAMPOS DA “LAVA JATO”: A TECNOLOGIA DO
DEPARTAMENTO DE ESTADO IANQUE A SERVIÇO DO REGIME BONAPARTISTA DE EXCEÇÃO
A corregedora-geral do Ministério Público Federal, Elizeta
Maria de Paiva Ramos, determinou nesta segunda-feira (29/6) a instauração de
sindicância para apurar os fatos ocorridos entre 23 e 25 de junho, quando a
coordenadora do grupo de trabalho da “lava jato” na Procuradoria-Geral da
República esteve em Curitiba para reuniões com integrantes da força-tarefa no
Paraná. Conforme a decisão proferida hoje, a apuração será feita tanto pela
“ótica do fundamento e formalidades legais da diligência quanto da sua forma de
execução”. A sindicância também servirá para que seja esclarecida a existência
de equipamentos utilizados para gravação de chamadas telefônicas recebidas por
integrantes da equipe da força-tarefa, incluindo membros e servidores. Nesse
caso, o objetivo é apurar a regularidade de sua utilização. Lembremos que os
investigadores da “lava jato” grampearam o ramal central do escritório que
defende o ex-presidente Lula por quase 14 horas durante 23 dias entre fevereiro
e março de 2016. Ao todo, foram interceptadas 462 ligações, nem todas
relacionadas à defesa do ex-presidente, mas todas feitas ou recebidas pelos
advogados do escritório. A engrenagem dos grampos é a motivadora da
guerra entre a procuradora Lindora Araujo, de Brasília, e a força-tareja da
Lava Jato. Lindora pretendia, na visita que fez na semana passada ao pessoal de
Dallagnol, puxar o fio do esquema de arapongagem do MP. Eles teriam gravado
todas as conversas de quem falava com os procuradores em cinco anos de
Lava-Jato. Quem eles grampearam? Pode o MP ter equipamentos para gravar quem
bem entende? Como saber o que grampearam, se dois dos três equipamentos usados
para as escutas teriam sumido de Curitiba? Para onde foram? A guerra envolve os
interesses do clã Bolsonaro contra Moro e os lavajatistas, mas o que importa é
que temos agora uma guerra entre eles. Augusto Aras, o chefe de Dallagnol, usou
uma palavra forte para tentar enquadrar a Lava-Jato. Disse que os procuradores de
Curitiba deveriam se submeter às leis, porque “fora disso a atuação passa para
a ilegalidade, porque clandestina, torna-se perigoso instrumento de
aparelhamento”. Dallagnol e Moro reinaram por meia década como os "xerifes do
Brasil" apoiados pela Globo e o Departamento de Estado ianque. Com equipes próprias. Com orçamento só deles. Com autonomia para
grampear quem quisessem. A investida de Aras pode não dar certo, pela reação
corporativa que provoca e porque está claramente vinculada a interesses da
família Bolsonaro. Pode ser corroída porque é tão suspeita quanto o que os
procuradores faziam em Curitiba. Elaborada em 2013, posta em prática no início
do ano seguinte a Lava Jato tinha como pressuposto básico a derrota do PT em
2014, porém não atuou decisivamente neste ano eleitoral para influenciar seu
resultado. Surpreendida com a vitória de Dilma, os planos da Lava Jato tiveram
que seguir passando por cima de todas as autoridades de Brasília, mas porque?
Simplesmente pelo fato de Moro e seu entorno oficial (MP e PF) estarem
ancorados em uma determinação do Departamento de Estado ianque, chefiado a época por John
Kerry em Washington. O "USDS" traçou uma estratégia de
"inteligência" em 2013 para todo o Cone Sul, onde operações no Brasil
e Argentina seriam coordenadas por agentes públicos locais, o objetivo seria o
de desgastar ao máximo os vínculos comerciais e políticos dos países do
Mercosul com a Rússia e China. Debilitar os BRICS foi considerada uma missão da
mais alta relevância para os planos internacionais dos "falcões" da
Casa Branca. O objetivo de implantar um estado policial, onde todos podem ser
espionados está em pleno andamento e contou com o “auxílio” da CIA. Ficou evidente
que Moro e a “República de Curitiba” estreitaram os laços políticos e militares
para incrementar a ingerência do imperialismo ianque no continente
latino-americano, particularmente, além de estabelecerem com a CIA estratégias
de perseguição a esquerda no Brasil. Nesse cardápio esteve a entrega da base
militar de lançamentos de foguetes em Alcântara para o controle das forças
armadas norte-americanas. Desgraçadamente, foi a própria Frente Popular
comandada pelo PT que abriu esse caminho de subserviência, quando Lula
estabeleceu relações mais que amistosas com o facínora Bush, o mesmo que atacou
o Afeganistão e o Iraque. Da mesma forma
que fizemos na época do governo Lula, denunciamos de forma vigorosa desde
2014 Moro e Deltan como fantoches a serviço do grande capital. Alertamos o
papel da Lava Jato, enquanto a esquerda (inclusive Dilma) festejava o suposto
“combate a corrupção” levada a cabo pelo juiz que comandava a “República de
Curitiba”. A cúpula petista, particularmente o staff dilmista, apoiava
a operação jurídico-policial engendrada pelo imperialismo ianque para acabar
com a Petrobras e as empreiteiras nacionais. Nossa corrente política em voz
solitária denunciava que o Moro havia sido formado pelo Departamento de Estado
ianque e a CIA para inicialmente perseguir o PT e depois desmoralizar o
conjunto do tecido político burguês do país para edificar um novo regime
político, sendo a ponta de lança de um estado de exceção no Brasil com fortes
traços Bonapartistas. Alertamos mais uma vez que tempos sombrios avançam em nosso país no lastro da Lava Jato e do governo neofascista de Bolsonaro, somente a entrada
em cena da classe operária pode barrar a plataforma ultraneoliberal e
conservadora em curso para além do palhaço neofascista que ocupa momentaneamente o Palácio do Planalto!
OS BOATOS DO NEW YORK TIMES SOBRE A GUERRA NO AFEGANISTÃO: FAKE NEWS PARA DESMORALIZAR AINDA MAIS TRUMP...
O jornal New York Times publicou na última
sexta-feira (26/06) uma verdadeira farsa afirmando que uma unidade de
inteligência militar russa havia oferecido dinheiro ao Taliban para matar
tropas americanas na guerra de ocupação do Afeganistão. Como já afirmamos em
artigos anteriores, o imperialismo ianque está sendo derrotado militarmente
pela resistência afegã e procura uma “retirada honrosa” via um acordo com a
guerrilha Talibã. A fraude midiática foi produzida pela própria espionagem dos
Estados Unidos, declarou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia à
agência Tass no dia seguinte, ou seja, que o New York Times é o “alto-falante”
que a CIA usa para propagar suas fraudes. "Essas notícias falsas
demonstram claramente a fraca capacidade intelectual dos propagandistas dos
serviços de inteligência americanos que precisam inventar esse tipo de bobagem
em vez de relatar o que realmente está acontecendo. Blog No entanto, o que mais
você pode esperar da agência de inteligência que falhou miseravelmente na guerra
de 20 anos no Afeganistão ”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da
Rússia. Aproveitando a oportunidade, o Ministério russo destacou o envolvimento
da espionagem dos EUA no vultuoso comércio de drogas(heroína) no
Afeganistão."Devemos falar sobre fatos?
No Afeganistão, não é segredo que membros da comunidade de inteligência
americana estão envolvidos no narcotráfico, em pagamentos em dinheiro aos
militantes para deixar passar os comboios de transporte, em subornos de
contratos para executar vários projetos pagos pelo Contribuintes americanos. A lista de suas
ações pode ser ampliada, se ele desejar acrescentou o governo Putin. Essas
ações decorrem do fato de que as agências de inteligência dos EUA "não
gostam que nossos diplomatas e os deles unam forças para facilitar o início das
negociações de paz entre Cabul e o Talibã". Eles têm boas razões porque a
farsa do New York Times já levou a ameaças diretas contra diplomatas disse a
embaixada russa em Washington no sábado. “As acusações infundadas e infundadas
que acusam Moscou de ser o cérebro do assassinato de soldados dos EUA no
Afeganistão já levaram a ameaças diretas contra a vida dos funcionários da
embaixada russa em Washington e em Londres ”, divulgou a embaixada em sua conta
do Twitter. Segundo diplomatas russos, o New York Times fabrica histórias
falsas contra a Rússia. Os autores do
artigo "claramente carecem de informações sobre a cooperação
russo-americana no processo de paz no Afeganistão, nos programas sírio,
norte-coreano, venezuelano e iraniano". "Pedimos às autoridades
americanas competentes que tomem medidas efetivas para garantir o cumprimento
de suas obrigações internacionais sob a Convenção de Viena de 1961 sobre
Relações Diplomáticas", concluiu a embaixada. Em seu fake artigo, o New
York Times afirmou que Trump havia sido informado por vários meses que os
russos estavam pagando ao Taliban por matar soldados americanos.Um estímulo
para a completa desmoralização de Trump, que supostamente sabendo das operações
russas nada fez em defesa da tropa norte-americana. Também é uma mentira.
“Ninguém relatou nada disso a Trump, reconheceu no sábado Kayleigh McEnany,
secretária de imprensa da Casa Branca”, porém o estrago na imagem do patético e
reacionário Trump já estava feito...Isto somado ao fato que o Pentágono
trabalha abertamente pela candidatura do Democrata Joe Biden.
segunda-feira, 29 de junho de 2020
52% DE AUMENTO NA PRÓXIMA CONTA DE LUZ: GOVERNO NEOFASCISTA À SERVIÇO DAS MULTINACIONAIS QUE CONTROLAM A DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DO BRASIL
Somente alguns dias depois do ministro (rentista) da Economia, Paulo Guedes, garantir que não haveria racionamento de energia no país, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste de 52% da bandeira tarifária vermelha patamar 2 – cobrança adicional nas contas de energia que passará a valer partir de julho. Com este cenário, o governo Bolsonaro impõe o racionamento aos consumidores, forçados pela alta da tarifa e com conta de luz ainda mais cara em julho. Taxa extra sobe para R$ 9,49 a cada 100 kWh.
TRUMP É CONSIDERADO FUGITIVO DA JUSTIÇA: IRÃ EMITE ORDEM DE PRISÃO CONTRA O “GERENTE” ASSASSINO DA CASA BRANCA
O regime de Teerã, através da justiça iraniana, aprovou uma
medida para solicitar que a Interpol coloque o presidente dos EUA, Donald
Trump, no seu programa internacional de “alerta vermelho” pelo assassinato do
general Qassem Soleimani, comunicaram as gências persas de notícias, citando um
mandato de busca oficial. O general iraniano Qassem Soleimani, comandante da
Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, e uma das figuras mais
respeitadas no Irã, foi morto em janeiro deste ano, em um ataque militar de
drones dos EUA durante visita ao Iraque. De acordo com o oficial da justiça
iraniana as autoridades do país aprovaram uma resolução para levar essas
pessoas à Julgamento e apelar para que Interpol emita avisos vermelhos contra
os suspeitos. Se o pedido for aprovado, Interpol irá solicitar para que
autoridades policiais em outros países facilitem a busca e a detenção do
presidente Trump, caso ele saia dos Estados Unidos. De acordo com Ali
Alqasi-Mehr, Procurador Geral de Justiça, o Irã prosseguirá com a acusação
contra Trump mesmo após o término de seu mandato na Casa Branca. Segundo um
comunicado divulgado nesta segunda-feira (29/06), o comando da Interpol não
permitirá que a organização internacional considere o pedido das autoridades
judiciais iranianas para emitir mandado de prisão contra o presidente dos EUA,
Donald Trump, revelando o que já é de conhecimento público: mandados
internacionais de prisão contra mandatários de países só são levados à frente
quando de trata de adversários do imperialismo ianque, como ocorre hoje contra
o presidente Nicolás Maduro. Mesmo sendo uma mera formalidade jurídica que
jamais será cumprida por nenhum organismo internacional, a inciativa política
de um mandado de prisão, ordenada pelo regime dos aiatolás contra o chefe da
potência imperialista ianque, representa um marco histórico nas relações
institucionais de países imperializados contra o grande “Amo do Norte”. Os EUA
acostumados a invadir nações, assassinar governantes, promover o terrorismo,
guerras e golpes de Estado contra regimes nacionalistas, agora está sendo
desmoralizado por um pequeno país que é vítima de um criminoso bloqueio
econômico. Os Marxistas Leninistas não tem a menor simpatia política pelo
regime burguês dos aiatolás, porém apoiamos em frente única toda ação, por
mínima que seja, contra o imperialismo, o pior inimigo dos povos!
AUMENTO PARA CÚPULA DAS FFAA... ARROCHO SALARIAL PARA SERVIDORES PÚBLICOS: O AJUSTE NEOLIBERAL QUE PREMIA OS GENERAIS DO NEOFASCISTA GOVERNO BOLSONARO
A partir do próximo mês, oficiais das forças armadas terão
aumento nos rendimentos, adicionando valores a salários brutos que já são
altos. Em completa contradição com o congelamento salarial imposto ao conjunto
do funcionalismo federal, Bolsonaro vai aumentar os rendimentos de um grupo
restrito de oficiais superiores das Forças Armadas, a base de seu governo
neofascista. Milhões de trabalhadores perdem empregos ou são atingidos por
suspensão e corte de salários. A ajuda emergencial não chega a todos os que
precisam, mas Bolsonaro vai beneficiar a cúpula militar com um aumento. O
benefício que será aumentado, chamado de “adicional de habilitação”, criado
durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, é concedido a quem fez cursos
ao longo da carreira. O valor era o mesmo desde 2001. No ano passado, Bolsonaro
autorizou o reajuste para até 73% sobre o soldo, em quatro etapas. Na primeira
delas, o privilégio para quem fez “curso de altos estudos”, por exemplo, subirá
a partir de julho de 30% para até 42% sobre o valor do soldo. O aumento vale
para militares da ativa e da reserva. Com isso, um general de quatro estrelas,
topo hierárquico das três Forças, passará a somar R$ 5.600 por mês ao soldo de
R$ 13.400. Até então, o adicional era de cerca de R$ 4.000 mensais. Eles ainda
acumulam outros adicionais que elevam o salário para, pelo menos, R$ 29.700 – a
remuneração pode subir, a depender da formação, permanência em serviço,
atividades e local de trabalho. Atualmente, recebem o adicional basicamente
oficiais e, no caso do Exército, alguns praças. Militares de baixa patente da
Aeronáutica e da Marinha também pressionam para receber. O Ministério da Defesa
não informou quantos militares recebem o benefício e qual será o impacto total
na folha de pagamento da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Desde que
assumiu, em janeiro de 2019, Bolsonaro já fez outros agrados aos militares.
Empregou 2.900 no seu governo e promoveu uma reforma previdenciária mais amena.
Hoje, os maiores salários brutos entre os 381 mil militares em geral são do
general Luiz Eduardo Ramos (ministro-chefe da Secretaria de Governo) e de Bento
Albuquerque. Em março, pagamento mais recente publicado pelo governo, eles
receberam, respectivamente, R$ 51.026,06 e R$ 50.756,51, conforme o Portal da
Transparência. Os valores, contudo, caíram para R$ 24.861,18 e R$ 28.140,46,
pela regra do abate-teto. O redutor é aplicado porque servidores não podem
acumular vencimentos além de R$ 39,2 mil, valor do salário de um ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF). O vice-presidente Hamilton Mourão e o chefe do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, estão na mesma
situação, por também serem generais da reserva e ocuparem cargo público. O
contracheque da dupla, em março, tinha 30,9 mil de salário e 22 mil de “abate”.
Lembremos que oficiais das Forças Armadas comandam dez ministérios. Há cerca de
3 mil militares em diferentes postos do governo Bolsonaro fazendo negócios no
aparato do Estado capitalista enquanto o soldo de cabos e soldados estão arrochados.
Lembremos que Bolsonaro assinou uma medida provisória queu dá reajuste de até
25% para as forças de segurança do Distrito Federal em maio, antes do
congelamento salarial imposto aos estados e municípios. Para Trotsky,
“inclusive as frações mais avançadas (do exército) não passarão aberta e
ativamente para o lado do proletariado até que vejam com seus próprios olhos
que os operários querem lutar e são capazes de vencer (“Aonde vai a França?”).
Ou seja, a unidade do proletariado mesmo com os setores mais avançados do
exército só se dará em situações pré-revolucionárias. No caso específico do
Exército, defendemos um programa de reivindicações transitórias destinadas aos
soldados e cabos, a fim de que rompam com a hierarquia militar corrupta e
neofascista subordinando-se a uma clara estratégia de destruição revolucionária
do aparato repressivo do Estado burguês (difusão de imprensa política nos
quartéis, direito a sindicalização, formação de sindicatos vermelhos, etc.).
Estrategicamente é necessário expropriar a burguesia para que sobre os
escombros desse Estado burguês corrupto e assassino se construa um poder de
novo tipo, capaz de erguer um modo de produção social que garanta condições
dignas de vida para o conjunto dos que trabalham e não que sirva para acumular
capital a fim de engordar os bolsos de um punhado de parasitas mafiosos!
TODO APOIO A PARALISAÇÃO NACIONAL DOS ENTREGADORES POR
APLICATIVOS EM 1º DE JULHO: LUTAR CONTRA A SUPEREXPLORAÇÃO CAPITALISTA, COMBATENDO POR DIREITOS
TRABALHISTAS E PELA DERROTA DO NEOFASCISTA BOLSONARO!
Nesta quarta-feira, 1º de julho, vai acontecer a paralisação
nacional dos entregadores por aplicativos (iFood, Rappi, Glovo, Uber, James, Loggi). Trabalhadores de empresas de entrega
no Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, México, Guatemala e Equador,
organizaram para a mesma data a preparação de uma greve internacional no setor Esta é uma categoria com até 10 milhões de trabalhadores somente em nosso país, que está
submetida às piores condições de trabalho. Essa luta merece o apoio de todos os
lutadores e demais categorias organizadas. Pela lei imposta por Bolsonaro com o
apoio do parlamento, os entregadores são trabalhadores essenciais e não contam
com políticas de proteção ou auxílio durante a pandemia. Em média eles recebem
R$ 2 a cada 6 quilômetros, uma expressão da superexploração capitalista. Os
aplicativos forçam que os entregadores trabalham todos os dias, impedindo o
descanso. Eles são obrigados a trabalhar no final de semana para poder juntar
os pontos. Há denúncias de que a pontuação abaixo da meta impede que recebam
pedidos de segunda a sexta, nos dias úteis, quando há mais movimento. Através
da tecnologia e do algoritmo de cada plataforma, através de mecanismos como
esses, de metas e pontuações, as empresas estabelecem um controle total sobre a
vida dos entregadores, levando ao trabalho diário e a longas jornadas, de até 14
horas. Além disso, as empresas restringem áreas de entrega, promovem bloqueios
e suspendem indevidamente ou até “desligam” os entregadores a qualquer momento, sem sequer ouvir, sem saber a razão
de algum problema ocorrido durante a entrega. Eles pedem o fim do sistema de
pontuação. Esse mecanismo também tem sido usado para punir os entregadores que
se organizam ou que protestam contra as condições de trabalho. A exploração e
precarização do trabalho é uma característica do modo de produção capitalista,
contudo a partir da aprovação da reforma trabalhista e da Lei 13.429/17
sancionada por Michel Temer, que institucionalizou a terceirização no país,
essa condição se aprofundou, e vem piorando com Bolsonaro, que governa para as
empresas e retirou mais direitos. Não há responsabilidade das contratantes com
os entregadores. Eles não têm direitos trabalhistas e podem ser dispensados a
qualquer momento, sem custo. Sequer possuem seguro de vida, de acidente ou de
roubo. Recebem em média R$ 963,00 (menos que 1 salário mínimo) e ainda precisam
arcar com gastos de alimentação, manutenção da moto ou bicicleta, conexão,
smartphone, etc. No dia 1º de julho vamos apoiar a luta dos entregadores de
aplicativos de comida nas ruas e nas redes como parte do combate da classe
trabalhadora contra a exploração capitalista e o governo neofascista de
Bolsonaro. As greves dos entregadores de aplicativos, por outro lado, expressam
uma tendência crescente de resistência da classe trabalhadora mundial à
resposta da classe capitalista à pandemia do coronavírus. No Brasil, se soma à
onda de greves e protestos contra as condições inseguras de trabalho, desde a
revolta dos operadores de call center em março até as recentes paralisações e
protestos de enfermeiros iniciados na última semana. Esse movimento deve
avançar para uma coordenação cada vez maior entre as lutas dos trabalhadores de
diferentes países, adotando um programa socialista e internacionalista!
domingo, 28 de junho de 2020
MAIS UMA FRAUDE DA BIG PHARMA: TESTES DE ANTICORPOS DE CORONAVÍRUS SÃO MAJORITARIAMENTE FALHOS
Muitos estudos científicos que avaliaram a precisão dos
testes de anticorpos do Covid-19 foram muito rigorosos, mostraram uma revisão
laboratorial (artigos publicados na Reuters na última quinta-feira) oferecendo
novas evidências de que os exames de sangue são de pouca precisão para as
pessoas que procuram saber com certeza se foram
infectadas. Não seria demais observar quando nem mesmo o código genético
do coronavírus tinha sido revelado, os kit’s de exames já estavam fabricados
aos milhões e prontos para serem vendidos aos governos nacionais e regionais em
escala global. A Cochrane, uma revista britânica que analisa evidências de
pesquisa para ajudar as autoridades sanitárias a adotar melhores políticas
públicas de saúde, analisou 54 estudos, principalmente da Ásia, que procuravam
medir a confiabilidade dos testes que pretendiam mostrar se alguém havia
desenvolvido anticorpos contra o
coronavírus. Os estudos anteriores costumavam ser pequenos, não usavam os
métodos mais confiáveis e os resultados eram incompletos, afirmou a revista
Cochrane em seu amplo relatório de 310 páginas. Existe um interesse comercial
intenso em testes de anticorpos, que são realizados com picadas no dedo ou
coleta de sangue na veia, entre pessoas que procuram descobrir se tiveram ou
não o Covid-19. Especula-se que um resultado positivo possa significar que as
pessoas tenham alguma proteção imunológica pelo menos temporariamente, contra
uma nova infecção. Tais “esperanças” não são realistas, disse Jon Deeks,
professor de bioestatística da Universidade de Birmingham e que liderou a
avaliação dos testes da Cochrane. "Muitas pessoas no Reino Unido estão
muito interessadas e gostariam de saber, mas no momento elas não deveriam tomar
decisões com base nos resultados desse exame", afirmou o professor Deeks. No geral, os pesquisadores da Cochrane identificaram dados
de 25 tipos de testes comerciais do Covid-19, uma fração dos quase 300 testes
existentes. Sua análise não incluiu as evidências oferecidas pela Roche ou pela
Abbott Laboratories, que foram aprovadas pelos reguladores após o prazo final
de 27 de abril. As atualizações do relatório Cochrane planejam incluir dados de
teste de ambas as empresas da Big Pharma que agora são vendidas por milhões de dólares nos Estados Unidos e na
Europa. Embora estudos revisados por Cochrane tenham mostrado que os testes
eram um pouco melhores na detecção de anticorpos para Covid-19 em pessoas após
duas semanas ou mais desde o início dos sintomas, eles não forneceram pistas
sobre o o nível de defesas imunológicas em pacientes por muito tempo após a
infecção. Essas lacunas minam o valor dos testes como ferramentas nos chamados
"estudos de soroprevalência" para determinar qual porcentagem de
pessoas na população teria sido exposta ao vírus. "Não sabemos qual a
aferição desses testes funcionariam após cinco semanas, então essa é a nossa
maior preocupação", disse Deeks, complementando: "Nos estudos de
soroprevalência, estamos analisando realmente se precisamos de mais alguns
dados que digam se os testes funcionarão em três meses ou quatro meses”. A
esquerda reformista, apêndice da OMS, um órgão sanitário do imperialismo, que
na pandemia só soube gritar por “testes e mais testes” e “fique em casa”,
silenciando a reivindicação de mais hospitais, mais protocolos médicos, mais
medicamentos, mais profissionais para a saúde pública, mais verbas estatais,
etc..., atuou na retaguarda da Big Pharma e seus testes falhos que serviram
para gerar bilhões de dólares de lucros e “engordar” projeções estatísticas
manipuladas ao gosto do “cliente”, que nada ajudaram a salvar a vida de milhões
de infectados pelo coronavírus, que precisavam sim de hospitais capacitados,
medicamentos para a cura e plena assistência estatal.
sábado, 27 de junho de 2020
O QUE ESTÁ POR TRÁS DO CONFLITO ENTRE PGR E A FORÇA TAREFA DA “LAVA
JATO”? UM ATAQUE DO BOLSONARISMO A SÉRGIO MORO, POTENCIAL CANDIDATO A
PRESIDENTE
A relação entre a Procuradoria Geral da República (PGR) com
as forças-tarefas que integram a operação Lava Jato atingiu o seu pior patamar,
depois do embate entre o braço direito de Augusto Aras, a subprocuradora
Lindora Araújo, com a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. Lindora é acusada
pelos procuradores de Curitiba, em documento encaminhado à corregedoria do MPF,
de ter realizado uma manobra ilegal para copiar dados sigilosos da operação,
sem formalizar um pedido de acesso. O grupo de trabalho da Operação Lava Jato
na Procuradoria-Geral da República pediu demissão coletiva no início da noite
desta sexta-feira (26). O motivo são as discordâncias que os procuradores têm
com o procurador-geral da República, Augusto Aras. O estopim da crise com Aras
se deu após uma visita da auxiliar do PGR, a subprocuradora-geral da República,
Lindora de Araújo, à força-tarefa de Curitiba, esta semana. Na ocasião, segundo
ofício enviado pela força-tarefa à Corregedoria do Ministério Público Federal, Lindora
teria tentado obter dados sigilosos da operação sem apresentar justificativas
para o ato. “Aras atua como advogado, não como procurador”, disse um dos
integrantes do grupo. Lindora, personagem central na crise, é tida entre os
procuradores como alinhada ao bolsonarismo e seu objetivo, junto a Aras, seria
“desmoralizar” a Lava Jato e acabar com as investigações. O grupo que pediu
demissão é responsável por conduzir os inquéritos envolvendo políticos com foro
privilegiado e trabalha, entre outras coisas, com acordos de colaboração
premiada. Este episódio resultou na demissão coletiva dos procuradores da Lava
Jato na PGR nesta sexta-feira (27). Esse conflito, já vinha desde que veio a
público a negociação, pela PGR, de um acordo de colaboração premiada com o
advogado foragido Rodrigo Tacla Duran, que lançava suspeitas sobre um amigo do
ex-ministro da Justiça Sergio Moro e sobre a atuação da Lava-Jato de Curitiba.
Essas suspeitas já haviam sido investigadas e arquivadas pela própria PGR.
Responsável por essa negociação, Lindora tocou o acordo sem a participação da
força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, que tomou conhecimento da negociação
pela imprensa. Todos os elementos apontam que os procuradores da Lava Jato
suspeitam que a investigação de Brasília seja uma forma de tentar atingir
Sergio Moro, agora que ele se tornou desafeto do bolsonarismo e pontencial
candidato a presidente. Nesse caso, reside uma forte disputa política em que a
Famíglia Marinho vai atuar firmemente em favor de Moro e contra Bolsonaro. Sérgio
Moro era o principal fiador político de Bolsonaro junto ao imperialismo ianque
e também a setores da burguesia nacional que ainda mantinham um cada vez mais
um tênue vínculo com Bolsonaro... Agora a escolha para o novo nome da direita para 2020 está
mais aberto que nunca e a PGR é peça chave nessa disputa interburguesa.
BOULOS E PSOL NO ATO ORGANIZADO POR TUCANOS: A FRENTE AMPLA PELA DEMOCRACIA COM FHC, CIRO E GOLPISTAS DE MENOR ENVERGADURA É FRAUDE!
O ato virtual organizado pelo movimento tucano “Direitos Já,
Fórum pela Democracia”, que ocorreu na noite desta sexta-feira (26/06), contou é
claro com a participação das principais lideranças do próprio PSDB, FHC,
Alckmin, Eduardo Leite, Artur Virgílio e Bruno Araújo marcaram suas presenças
com seus apêndices da REDE, Cidadania e PSB. Este primeiro bloco “atucanado”
fez questão de defender o “regime democrático” de uma forma geral, sem qualquer
alusão ao governo Bolsonaro, salvo um pequeno comentário crítico de algum
prefeito sobre a gestão da pandemia. O PDT teve Ciro Gomes como figura
principal. O oligarca cearense fez questão de tentar demarcar com o PT, dizendo
que temos que identificar os responsáveis pelo desastre bolsonarista, porém
poupando o próprio Bolsonaro de qualquer ataque mais frontal, para finalizar
Ciro afirmou que poderemos chegar a mais de 150 mil mortes de Covid, clamando
urgentemente por uma ação enérgica de isolamento social do governo, “esqueceu”
no entanto de explicar por que o seu títere Camilo Santana foi um dos
primeiros governadores a abrir todos os
setores da economia no Ceará, antes mesmo dos gestores estaduais da direita
golpista. As “estrelas”petistas presentes ao encontro, como Tarso Genro,
Haddad tiveram posições bem distintas na
forma, mas idênticas no conteúdo de colaboração de classes. Tarso estava ainda
na fase de temer um “golpe fascista” dobrando a esquina, e por esta razão
defendeu a Frente Ampla pela democracia com os coveiros dela. Haddad por sua
vez começou seu discurso com a preocupação de defender os empresários em
“dificuldades”, passando depois para a defesa da instauração de um processo de
impeachment contra Bolsonaro, cobrando o protagonismo do STF, a mesma
instituição que cassou o mandato da petista Dilma Rousseff, legitimando o golpe
parlamentar em 2016. O candidato do PT a presidência da república encerrou sua
participação na atividade pedindo para que todos os integrantes da Frente Ampla
reconhecessem o papel de Lula, como apto para uma futura disputa eleitoral. O
PSOL mandou ao “ato democrático” com os neoliberais e golpistas da Globo, sua
principal expressão política no momento, Guilherme Boulos, além de vários
parlamentares. Boulos, o político mais a esquerda da Frente Ampla, na apologia
programática do regime da democracia dos ricos, demarcou campo com o “Fora
Bolsonaro”, mas na mesma via institucional de Haddad, disseminando ilusões
justamente no Congresso dominado pelos que estão retirando todos os direitos
históricos dos trabalhadores. Seria cansativo descrever a totalidade dos
“detalhes” inúteis do conjunto das intervenções no ato, coordenado pelo ex-
tucano Fernando Guimarães, expulso do partido em 2019 pela ala de João Doria.
Entretanto o fundamental, para além das diferenças de nuances entre os participantes,
é a profunda identidade ideológica em torno da defesa da democracia burguesa
como o regime ideal para conciliar os interesses do proletariado e dos
capitalistas. Nem mesmo a ala esquerda do evento, PT e PSOL, fizeram qualquer
referência às lutas da classe trabalhadora como o elemento fundamental para
derrotar a ofensiva neoliberal da direita fascista em nosso país. Tanto as
diversas frações da burguesia, tucanos, ciristas, Rede Globo, como a esquerda
reformista, PSOL, PCdoB e PT, são unânimes em temer a ação direta e
independente do proletariado, como ficou evidente em todas as participações no
“Direitos Já”...da burguesia...uma grande fraude política para tentar bloquear
o combate revolucionário das massas!
sexta-feira, 26 de junho de 2020
67 ANOS DO ASSALTO AO QUARTEL DE MONCADA: DEFENDER O ESTADO OPERÁRIO BUROCRATIZADO CUBANO CONTRA O IMPERIALISMO PARA HONRAR OS HEROICOS COMBATENTES DO 26 DE JULHO
Os Trotskistas têm uma tarefa muito delicada e “espinhosa”
em Cuba quando celebramos nesse 26 de Julho os 67 anos do fracassado ataque ao
quartel de Moncada em 1953, ação protagonizada por Fidel Castro e outros
membros do Partido Ortodoxo, expressando a perda das esperanças da oposição
pequeno-burguesa nacionalista em utilizar-se dos meios institucionais para
restaurar a caricatura de democracia burguesa na Ilha e a adoção da luta armada
como método para derrotar a ditadura de Fulgêncio Batista. Hoje, Cuba vive a
consolidação da reforma de sua Constituição que serve de base jurídica e
política para o avanço do processo de restauração capitalista no Estado
Operário Deformado. Em 1959 na ilha de
Cuba, a revolução foi encabeçada por uma organização política que não era
comunista e nem sequer socialista, o Movimento 26 de julho era originalmente um
agrupamento de jovens guerrilheiros que lutavam para derrubar uma ditadura
corrupta e decadente e instaurar um regime democrático burguês. Entretanto a
lógica de ferro da luta de classes imprimiu uma outra dinâmica que aqueles
jovens combatentes do Movimento 26 de Julho não poderiam imaginar. A violenta queda de Fulgêncio Batista na festa
de réveillon naquela histórica entrada do ano de 1959, deu lugar a um novo
governo liderado por Fidel Castro e que contava com um amplo arco de forças
políticas, a exceção do Partido Comunista de Cuba, fiel ao ditador Batista até
o último minuto. Fidel e seus camaradas como Che, Raul, Camilo Cienfuegos etc,
esperavam contar no primeiro momento com um apoio considerável do governo dos
EUA, porém então o presidente Eisenhower tratou de frustrar rapidamente estas
expectativas. A política econômica do governo castrista (especialmente a
nacionalização de empresas estrangeiras) deixou tão alarmados os Estados Unidos
que forçou o imperialismo ianque a romper relações diplomáticas com o país.
Cuba, então, estabelece relações abertas com a União Soviética e só aí inicia o
processo da "revolução social", ou seja, expropriações e planificação
central de sua economia. Fidel Castro resgata o banido Partido Comunista e
promove a integração do Movimento 26 de Julho a nova organização reabilitada.
Portanto Cuba, ao contrário da velha Rússia, não atravessou uma revolução pelas
mãos de um partido comunista ou mesmo anticapitalista, sua revolução nunca foi
conscientemente socialista (dirigida por um partido revolucionário) e sim social,
já que socializou os meios de produção findando assim com o “deus mercado” na
Ilha caribenha e inaugurando a era do primeiro Estado Operário da América
Latina.
EDITORIAL: BILL GATES FINALMENTE ANUNCIA A “VACINA DA MICROSOFT” PARA ESTE ANO...
O fundador da Microsoft, Bill Gates, declarou nesta
quinta-feira (25/06) a rede CNN que “as
perspectivas atuais para o coronavírus, tanto global quanto nos Estados Unidos,
são mais sombrias" do que ele esperava. Gates, falando em um fórum da CNN
sobre coronavírus, atribuiu o aumento nos números “à falta de testes e
rastreamento de contatos, bem como à falta de máscaras”. Gates afirmou em tom
de falso profeta que continua “esperançoso de que os Estados Unidos
intensifiquem e ajudem a trazer as
ferramentas, principalmente a vacina, para o mundo”. O dono da Microsoft e da
Fundação “filantrópica” que leva seu nome e sua esposa disse que conversa
regularmente com Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas
dos EUA e assessor de Trump. Em termos de cronograma, Gates anunciou que está
alinhado com Fauci em sua “previsão” de que haverá uma vacina viável até o
final do ano ou no início de 2021. A revelação de Gates, feita em primeira mão
na CNN, caiu como uma “bomba”, contrariando todas as previsões científicas de
que uma vacina levaria alguns anos de elaboração e testes para ser colocada com
segurança no mercado. Gates está diretamente relacionado às “profecias” sobre a
pandemia do coronavírus, primeiro organizando um evento mundial em 2019 onde previa
uma futura epidemia viral no planeta, e agora anunciado não sabemos sobre que
bases em “primeira mão” uma vacina em tempo recorde. Mas antes de comunicar a
vacina da Microsoft, o financista Gates transformado “cientista do século XXI”,
continua ameaçando a humanidade com “segunda onda” e “quadro sombrio” para
exigir a venda de mais testes, para um presente catastrófico ainda sem a sua
vacina. Está claro o engodo sanitário, comercial e financeiro no qual Gates e
seus parceiros imperialistas querem “engabelar” os povos, tudo isso é claro com
o aval da OMS, que não por acaso tem um funcionário da Microsoft em sua
presidência. A vacina da Microsoft não passa de uma farsa global, que deve
lucrar trilhões de dólares, além de inaugurar o seu “capitalismo de vigilância”
com a chipagem dos vacinados, uma espécie de certificado digital de implantação
subcutânea para comprovar que o cidadão estará “livre da peste”. É óbvio que
para um operativo desta monta Gates não está sozinho, tem “sócios” de muito
peso neste negócio, para além até da Bigpharma. A ciência da história que tem
seu próprio ritmo de investigações, revelará no futuro ao mundo os verdadeiros
responsáveis por este crime mundial, que está sendo a pandemia do coronavírus
com a produção de milhões de mortes direta ou indiretamente. Entretanto já
sabemos hoje que os “curandeiros” da OMS com suas “receitas” de isolamento
social prolongaram ao máximo a carga viral para estender a quarentena ao
máximo, com objetivos nada humanitários ou científicos. Foram os mesmos que
afirmaram que se as massas tomassem as ruas de Nova York, rompendo o
isolamento, para se rebelar contra o assassinato racista de George Floyd,
teríamos um milhão de mortos... passados exatamente um mês dos multitudinários
protestos, Nova York registrou os menores índices de óbitos por coronavírus
desde o início da epidemia. Gates, Macron, Merkel, Trump, Tedros e Fauci, são
apenas faces da mesma moeda do imperialismo para tentar impor a “nova
normalidade” do medo e paralisia para as massas proletárias, a descoberta
repentina desta vacina da Microsoft é parte desta ofensiva contra os povos que
combatem em todo o planeta!
quinta-feira, 25 de junho de 2020
GOLPE MUITO PRÓXIMO: MAS NÃO SERÁ O MILITAR, É GOLPE DO “ACORDÃO NEOLIBERAL” COM O PT “PROTESTANDO” NO PARLAMENTO, SEM MOBILIZAÇÃO ALGUMA NO MOVIMENTO DE MASSAS...
A aprovação ontem (24/06) com ampla margem de votos pelo
Senado da privatização da água e esgoto no país, saudada pela “mídia
democrática” com histeria neoliberal, revelou a senha para uma nova etapa na
conjuntura política do país. Com a exceção da bancada de Senadores do PT e
alguns parlamentares do PSB, PDT e REDE, o consenso de levar em frente a agenda
neoliberal das reformas e “privatarias” foi celebrado entre o governo
neofascista e a “Frente Ampla” democrática como um sinal da trégua política a
ser respeitada daqui para frente. O PT marcou posição contrária no Parlamento
mas seus sindicatos e a CUT ficaram completamente paralisados, respeitando o
“confinamento social”, enquanto os operários da água e esgoto estão trabalhando
nas ruas, na sua grande maioria terceirizados sem direito sequer a
sindicalização. Dando sequência ao “Acordão” o civilizado Bolsonaro emite
declarações de um “novo tempo” e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
concede foro especial ao Senador Flávio, no caso das “rachadinhas” em que
operava Fabrício Queiroz. A covarde esquerda reformista que mudou de repente de
caracterização ao anunciar a iminência de um golpe militar, para uma inexorável
queda de Bolsonaro via o impeachment, está agora “órfã” com o pacto celebrado,
embora continue sem organizar resistência alguma ao avanço da ofensiva
neoliberal. Lideranças como Haddad e Rui Costa continuam com o pé na Frente
Ampla, enquanto Lula e Gleisi dizem que não vão aderir ao “Acordão“ enquanto os
“golpistas democráticos” não pedirem desculpas pelo impeachment desferido
contra Dilma Rousseff, qualquer questão de classe passa muito longe desta
“polêmica” entre os reformistas e a oposição burguesa. Os sindicatos, MST,
CUT, e o próprio PT se mantém fiéis a
determinação dos charlatões da OMS que dizem que é fatal “aglomerar”, mesmo quando milhões
foram as ruas nos EUA e em grande parte do mundo em apoio a George Floyd, sem
que aumentassem os casos de contaminação ou mortes pelo Coronavírus.
FRENTE BURGUESA AMPLÍSSIMA: DIRIGENTES DO PT, PSOL E PCDOB FAZEM “LIVE” COM GOLPISTAS E NEOLIBERAIS NO MOVIMENTO “DIREITOS JÁ”... ENQUANTO SABOTAM LUTA DIRETA CONTRA O NEOFASCISTA BOLSONARO E O REGIME BONAPARTISTA DE EXCEÇÃO
Representantes do PT, PSOL, PCdoB, PDT, REDE, Cidadania, passando pelos facínoras Temer e FHC, além de ex-ministros do governo Bolsonaro como o general Santos Cruz e golpistas “globais”
como Luciano Huck, vão fazer uma “live” neste dia 26.06 às 19hs para consolidar o movimento
"Direitos Já” com o mote “Defesa da Democracia, da Vida e Proteção Social".
A iniciativa tem o apoio de Boulos, Freixo, Haddad, Flávio Dino e Ciro Gomes
para ampliar um grupo “suprapartidário de oposição ao governo Jair Bolsonaro”,
ou seja, uma Frente Amplíssima burguesa com setores neoliberais do chamado
“Centrão”, incluindo desde os Tucanos até a “direita considerada
civilizada” como Marina, Marta, Sarney, Roberto Freire... A Frente Ampla de traição das
lutas começa a ganhar força com a defensividade do governo Bolsonaro devido a
ação do STF com seu Bonapartismo Judiciário que consolida o regime de execeção, já que dos dirigentes do PT, PSOL e PCdoB pode-se esperar de tudo na conciliação com
a direita, golpistas e neoliberais, desde que não impulsionem atos de rua e greves para questionarem
de fato, a partir das reivinidações dos trabalhadores, a gestão burguesa do neofascista entronado no Planalto, que agora enquadrado pela Globo e o Judiciário vem dando sequência em arroubos golpistas a agenda ditada pelos rentistas e o imperialismo (Marco de privatização do Saneamento por exemplo)... Seguindo a linha de coerência da esquerda
burguesa, Fernando Haddad, Boulos e Freixo defenderam que o grupo se organize em torno de uma
agenda mínima de temas como educação, relações exteriores, geração de empregos
e direitos humanos, e busque a adesão do centro e do “centro- direita liberal”.
Na mesma toada do PT, o governador do PCdoB, Flávio Dino
disse que é hora da “unidade popular” para classificar o encontro virtual.
“Temos de lutar contra o sectarismo na política brasileira”. O MES-PSOL de
Fernando Melchionna e Luciana Genro logo se integrou a iniciativa policlassista . Por sua vez os Tucanos, que
apoiam fervorosamente a retirada de direitos históricos dos trabalhadores, se
sentiram como “covidados de honra” na “live” para ampliar o espectro
político: “Uma mistura dessas só vi nas Diretas-Já", afirmou FHC no que foi aplaudido pelo golpista Temer... A esmagadora maioria desses senhores são adversários de que os trabalhadores se organizem de
forma independente contra o fechamento do regime burguês ontem e hoje, como
podemos citar em vários exemplos e momentos históricos: na greve petroleira de
1995 atacada pelo Exército por ordem de FHC, Temer deu o golpe instituicional de 2016 que abriu caminho para o neofascista Bolsonaro. Esse movimento é consequência da política de colaboração de classes do PT, PSOL e PCdoB que desde a posse de
Bolsonaro procuram “sangrar” o governo até 2022, apoiando indiretamente a pauta
das reformas neoliberais. A justificativa da pandemia do coronavírus caiu como
uma luva na estratégia de ampliação máxima do espectro político da Frente
Popular, que agora já pode ser batizada sem modéstia alguma de Frente
Amplíssima. O mais grave, no entanto é que toda a “plataforma sanitária” da
esquerda reformista para enfrentar a pandemia é a mesma dos tucanos e do setor
técnico/militar do próprio governo federal, um “Fique em casa” confiando que
somente a quarentena é o antídoto necessário. A LBI, no sentido inverso do
cretinismo parlamentar, vem convocando o movimento operário e popular a romper
com o calendário institucional da democracia dos ricos, construindo uma
alternativa revolucionária de poder para derrotar cabalmente a brutal ofensiva
neofascista em curso na América Latina e no planeta inteiro! Nós Marxistas
Leninistas compreendemos a gravidade do momento político, e em oposição ao caminho
de derrotas da Frente Amplíssima, lançamos um chamado para a formação de uma
Frente Operária e Popular, que assuma como norte político a ação direta das
massas, no combate frontal e vitorioso contra ofensiva neoliberal que ameaça
suprimir as conquistas históricas dos trabalhadores! Está absolutamente claro
para a vanguarda militante e classista, que amplo engodo político como este é o
caminho mais curto para colher estrondosas derrotas no combate contra a
ofensiva neoliberal e fascista. O movimento de massas deve sim organizar uma Frente Única
Proletária e Popular, na luta pela construção da Greve Geral política por tempo
indeterminado, para por abaixo o conjunto do regime bonapartista!
CHAZ (EUA) E A COMUNA DE PARIS: DESPERTARAM O ÓDIO DE CLASSE
DOS CAPITALISTAS E SEU ESTADO
O movimento fascista ao longo da história, foi visceralmente
avesso à qualquer ideia de comuna, entendida como embrião de um
novo poder de Estado. As comunas sempre evocam nos fascistas seu medo inato de
revoltas populares contra governos capitalistas. O popular musical "Les
Miserables", baseado no romance homônimo de Victor Hugo, sobre a França do
início do século 19, que viu as pessoas se rebelarem contra os monarquistas
ressurgentes após a Revolução Francesa, apresenta uma música sobre as
barricadas de uma comuna parisiense. A
música, "Você ouve o povo cantar?", Inclui a seguinte letra:
“Você se juntará à nossa cruzada?
Quem será forte e ficará comigo?
Além da barricada
Existe um mundo que você deseja ver?
Então junte-se à luta
Isso lhe dará o direito de ser livre”.
O ultra reacionário governo Donald Trump, que é
essencialmente um embrião do regime protofascista nos EUA, reagiu com um horror
esperado ao estabelecimento de uma zona autônoma barricada do Capitólio, ou
"CHAZ", dentro de seis quarteirões do leste de Seattle, durante
protestos que exigiam o fim da polícia, da brutalidade estatal e outras táticas
fascistas da aplicação da “lei e da ordem”.
O CHAZ em Seattle foi declarado por seus moradores, e não por
extremistas externos, como alegado por Trump e seus aliados, na sequência de
protestos em todo o país pelo “Black Lives Matter” após o assassinato da
polícia do afro-americano George Floyd em Minneapolis.Trump ameaçou retomar o
controle do CHAZ com tropas federais se a prefeita de Seattle, Jenny Durkan e o
governador de Washington Jay Inslee, ambos Democratas não agissem. Essa ação de
Trump teria sido inconstitucional mas essas ameaças foi parte integrante do
“deslize” de Trump para tentar impor um regime fascista. Não teve o apoio do
Pentágono para a ação. Em resposta à ameaça ociosa de Trump, Durkan chamou a
área ocupada de uma grande "festa do quarteirão" e disse a Trump para
voltar ao seu bunker da Casa Branca. Em 12 de junho, os líderes residenciais de
Capitol Hill estavam negociando com o Departamento de Polícia de Seattle para
permitir que eles retornassem à estação desocupada de East Precinct, que fica
no coração de CHAZ. O CHAZ quase imediatamente provocou a ira das quadrilhas
fascistas de vigilantes no noroeste do Pacífico, onde muitos desses grupos são
frequentemente dos departamentos de polícia. Um vigilante de direita dirigiu
seu carro através de um grupo de manifestantes no CHAZ e atirou em um
manifestante à queima-roupa. A rede Fox News começou a alterar seus vídeos para
mostrar “gangues antifa", armadas patrulhando dentro do CHAZ. A propaganda
da Fox News foi digna daquela divulgada pelas diatribes do ministro nazista da
propaganda Joseph Goebbels contra socialistas e comunistas durante os dias
agitados da República de Weimar, na Alemanha. A direita fascista nos Estados
Unidos, com Trump como seu porta-voz começou a ligar o CHAZ e zonas de protesto
autônomas nascentes semelhantes em Nashville, Tennessee e Asheville, Carolina
do Norte, a "anarquistas", "antifa" e
"comunistas". A narrativa fazia parte de uma propaganda da direita
para comparar Seattle e outras zonas de protesto à Comuna de Paris de 1871.
quarta-feira, 24 de junho de 2020
“NÃO ENCONTRAMOS EVIDÊNCIAS DE QUE OS PROTESTOS URBANOS TENHAM REACENDIDO O CRESCIMENTO DOS CASOS DE COVID-19 DURANTE AS MAIS DE TRÊS SEMANAS SEGUINTES”: CONCLUSÕES DO NATIONAL BUREAU OF ECONOMIC RESEARCH (NBER) COM DADOS COLETADOS NAS 315 MAIORES CIDADES DOS EUA COLOCAM EM XEQUE TEORIA DO CONFINAMENTO SOCIAL
O BLOG da LBI publica as conclusões do estudo elaborado
pelo National Bureau of Economic Research (NBER) dos EUA sobre os efeitos dos protestos contra o racismo em relação ao número de casos e mortes de COVID-19 três semanas após as marchas pela morte de George Floyd. Fundado em 1920, o NBER é conhecido por fornecer dados sobre as recessões nos Estados Unidos. Segundo seu site “é uma organização de pesquisa privada, sem fins lucrativos e
apartidária, dedicada a promover uma maior compreensão de como a economia
funciona. O NBER está comprometido em realizar e disseminar pesquisas
econômicas imparciais entre formuladores de políticas públicas, profissionais de
negócios e a comunidade acadêmica. O maior patrimônio do NBER é sua reputação
de integridade acadêmica”. Publicado na resenha semanal de 22 de junho, o artigo “BLACK LIVES
MATTER PROTESTS, SOCIAL DISTANCING, AND COVID-19” (https://www.nber.org/papers/w27408) com dados e gráficos estatíscos chega a seguinte conclusão: “Provocados
pelo assassinato de George Floyd sob custódia policial, os protestos de Black
Lives Matter de 2020 trouxeram uma nova onda de atenção à questão da
desigualdade na justiça criminal. No entanto, muitas autoridades de saúde
pública alertaram que os protestos em massa poderiam levar a uma redução no
comportamento social de distanciamento, estimulando o ressurgimento do
COVID-19. Este estudo usa dados recém-coletados sobre protestos em 315 das
maiores cidades dos EUA para estimar os impactos dos protestos em massa no
distanciamento social e no crescimento do caso COVID-19. As análises dos
estudos de eventos fornecem fortes evidências de que o comportamento líquido em
casa aumentou após o início dos protestos, consistente com a hipótese de que o
comportamento dos não manifestantes foi substancialmente afetado pelos
protestos urbanos. Este efeito não foi totalmente explicado pela imposição dos
toques de recolher da cidade. Os efeitos estimados foram geralmente maiores nos
protestos persistentes e nos acompanhados por relatos da mídia sobre violência.
Além disso, não encontramos evidências de que os protestos urbanos tenham
reacendido o crescimento dos casos de COVID-19 durante as mais de três semanas
seguintes ao início do protesto. Concluímos que as previsões de amplas conseqüências
negativas à saúde pública dos protestos da Black Lives Matter foram concebidas
de maneira muito restrita”. As conclusões estatísticas do NBER reforçam as análises
políticas da LBI. A luz desses números, lançamos questionamentos sobre a
eficácia do confinamento social defendido pela OMS e analisamos os efeitos
concretos da "Toeria da Manada" que está sendo posta em prática na
principal metrópole norte-americana, New YorK. O estudo amplia a justeza de
nossa analise para as 315 maiores cidades dos EUA.
RACISMO E REPRESSÃO: DOIS PILARES DA GÊNESE DO CAPITAL IMPERIALISTA CRAVADOS NA POPULAÇÃO CARCERÁRIA DOS EUA
A rebelião popular anti-racista desencadeada nos EUA pelo
covarde assassinato do trabalhador negro George Floyd colocou em questão alguns
dos pilares da gênese do capital imperialista ianque escravagista, como o
debate sobre o caráter de classe polícia e de todo o aparato de repressão do
Estado Burguês. Diante desses fatos, que colocam o olhar de milhões de
trabalhadores no papel das instituições repressivas do Estado na maior potência
imperialista do mundo. Os Estados Unidos, historicamente postulados como o
guardião da democracia, têm a maior população carcerária do mundo (2,2
milhões). Com apenas 5% da população mundial, concentra 25% da população
carcerária mundial, proporção que indica uma forte política punitiva dos pobres
e pretos no país, sustentada por décadas por Republicanos e Democratas. Entendendo que o Estado historicamente surge
para impor as contradições da sociedade de classes (como Engels bem definiu em
A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado), o papel das
instituições repressivas desse Estado é manter as relações de exploração
típicas da sociedade capitalista. Assim como o Estado capitalista não perde a
oportunidade de reprimir as lutas dos explorados e oprimidos quando as
respostas à exploração são desencadeadas pelas massas, a instituição estatal
também mantém uma repressão constante e diária contra a classe trabalhadora (na
forma de perseguição e assédio aos setores mais precarizados, como é o caso da
população afro-americana nos bairros negros) destinada a disciplinar os setores
populares e obrigá-los a suportar qualquer forma de opressão. Para isso, conta
não apenas com a polícia, mas também com o Judiciário e o sistema
penitenciário, além do parlamento. Nos Estados Unidos, o caráter de classe das
instituições policiais e penitenciárias é combinado com o racismo intrínseco ao
capitalismo americano desde sua origem. A política de encarceramento em massa
para a população negra constituiu, em diferentes épocas nos últimos 150 anos,
uma ferramenta sistematicamente planejada de opressão política e exploração da
força de trabalho presidiária.
terça-feira, 23 de junho de 2020
MANIFESTAÇÃO MULTITUDINÁRIA EM JERICÓ CONTRA A ANEXAÇÃO SIONISTA: UNIFICAR TODAS AS LUTAS CONTRA O IMPERIALISMO EM APOIO A PALESTINA!
Um ato político de
milhares de pessoas se realizou nas proximidades da cidade Jericó, a
mais antiga das cidades palestinas situada na região do Vale do Rio Jordão. A
corajosa manifestação palestina ocorreu sob ameaça do nazisionista Netanyahu,
que obteve o apoio de Trump, nesta última segunda-feira (22/06) para usurpar os
direitos do povo palestino. Ao se dirigir à multidão, o representante da Fatah,
organização histórica da resistência palestina, deixou claro que :“O plano de
anexação viola a lei internacional e agride o sonho do Estado Palestino”.Também
compareceu ao ato a mãe de Eyad Hallaq jovem autista assassinado a queima-roupa
com tiros de rifle sem qualquer justificativa pelo exército sionista. A mãe
declarou que estava ali representando todas as mães de palestinos mortos e
pediu a todos o apoio a “uma ampla frente contra a anexação”. Jibril Rajoub,
dirigente da Fatah, alertou ao governo do enclave terrorista para as graves
consequências do crime que Netanyahu planeja cometer: “Há um consenso palestino
sobre a luta popular em seu estágio atual. Mas estamos preparados para
avançarmos para outros estágios se houver apoio popular para isso. Caso haja
anexação, não vamos sofrer sozinhos, não vamos morrer sozinhos”. A anexação
sionista ilegal de todo o Vale do Jordão e assentamentos na Cisjordânia está
prevista para ter início no próximo 1° de julho, estimativas palestinas indicam
que o plano deverá roubar mais de 30% da Cisjordânia ocupada.Na capital
israelense Tel Aviv, organizações de esquerda vem organizando massivos atos
contra a ocupação, mesmo com todos os obstáculos da pandemia e da repressão do
Estado sionista, refletindo o apoio dos setores mais proletarizados e da
população árabe-judia para a causa palestina. Está colocada a urgente tarefa de
impulsionar no mundo inteiro a solidariedade ativa ao povo palestino,
organizando manifestações e atos públicos “colados” à luta antirracista que
incendeia os EUA. O combate para derrotar o imperialismo ianque e seu braço
sionista na Palestina, unificando a ascensão das lutas populares em curso no
mundo todo, não pode ser adiado por mais um dia sequer!
“NOVO MARCO REGULATÓRIO DO SANEAMENTO”: BOLSONARO E PARLAMENTO SE UNEM PARA VIABILIZAR A PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA E ESGOTO... MAIS UM BOM NEGÓCIO PARA A EXPLORAÇÃO DOS RENTISTAS
O governo Bolsonaro e o parlamento corrupto pretendem
desestruturar o setor de saneamento, violando a titularidade dos serviços de
água e esgoto, inviabilizando as companhias estatais como a CEDAE fluminense,
entregando de vez o saneamento ao mercado privado. O chamado “novo marco
regulatório do saneamento básico” (PL 4162/2019) deve ser votado na próxima
quarta-feira (24) pelo Senado. O anúncio foi feito por Davi Alcolumbre com o
claro objetivo de privatizar o serviço de água e esgoto, um golpe neoliberal em
conluio com o neofascista Bolsonaro, que emparedado pelo STF se comprometeu em
levar a frente a agenda exigida pelos rentistas e o imperialismo. Considerado
por todos os sindicatos de trabalhadores de água e esgoto do país como um
projeto legislativo neoliberal ele abre as portas para privatização da água e
esgoto, A aprovação pelo Congresso significa um grande retrocesso à
universalização dos serviços de água e esgoto no país. A tarifa de água ficará
mais cara e as empresas privadas não terão interesse em atender os municípios
pequenos. Perderá este serviço público fundamental a saúde humana, hoje
majoritariamente sob o controle do Estado, toda a população, mas em especial as
comunidades mais proletarizadas e pobres. Um dos principais pontos deste
projeto neoliberal que beneficiará os rentistas do mercado financeiro, é o que
estabelece como obrigatória a licitação dos serviços de saneamento, abrindo uma
espécie de concorrência entre as empresas privadas e as estatais. A entrega do
saneamento para empresas estrangeiras foi enfaticamente defendida pelo ministro
da Economia do atual governo neofascista, Paulo Guedes, em recente evento
ocorrido na sede do BNDES. Atualmente, os gestores municipais ou estaduais
podem optar por celebrar contratos de saneamento diretamente com as estatais,
sem a necessidade de licitação. A água é um bem imprescindível à vida, portanto
um direito inalienável da população. O seu tratamento deveria levar em conta
não o lucro, mas a dignidade humana. A água é um bem que o Estado deveria ter
responsabilidade de garantir que chegue à casa de cada brasileiro, tendo ou não
condições de pagar por isto. Somente um Congresso Nacional totalmente corrupto
e sob mandado do capital financeiro, poderia aprovar este projeto totalmente
inconstitucional, um verdadeiro atentado aos direitos mais básicos do povo
pobre e carente. Desgraçadamente os sindicatos que deveriam organizar a ação
direta de resistência e uma greve nacional para derrubar este malfadado
projeto, se limitaram ao “tradicional” e inócuo lobby parlamentar, colhendo
mais esta derrota histórica.
segunda-feira, 22 de junho de 2020
FLÁVIO BOLSONARO E SUA DEFESA: SAI WASSAF, ENTRAM EX-ADVOGADOS DE GENERAIS TORTURADORES E DO CORRUPTO SÉRGIO CABRAL
O senador Flávio Bolsonaro definiu como seus novos advogados
Luciana Pires e Rodrigo Rocca que serão seus defensores no caso das
"rachadinhas", investigadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro
(MP-RJ), após a saída do mafioso advogado Frederick Wassef, que escondeu
Fabrício Queiroz em seu escritório na cidade de Atibaia. Os novos advogados de
Flávio Bolsonaro já defenderam figuras abjetas do cenário nacional. Rodrigo
Rocca defendeu o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral e só deixou a defesa
quando o político corrupto aceitou fazer delação premiada. Rocca também
defendeu os militares assassinos e torturadores, como Brilhante Ustra e José
Nogueira Belham, este último acusado pelo assassinato e ocultação do cadáver do
deputado federal Rubens Paiva, em janeiro de 1971, durante a ditadura militar.
O coronel Ustra, ídolo de Bolsonaro, tem em seu currículo macabro uma lista de
mais de cem crimes contra militantes da esquerda. A advogada Luciana também
defendeu torturadores no passado, como o general Nilton Cerqueira, denunciado
pelo envolvimento no atentado do Riocentro, em 1981, no qual bombas foram
“plantadas” por militares no local, onde ocorriam shows em defesa dos
trabalhadores, mas que acabou fracassando após um dos artefatos ter explodido
no colo de um sargento, que morreu, ferindo gravemente um tenente. Conforme
informou Flávio Bolsonaro, foi
justamente o passado de defesa de torturadores que estavam na ativa durante a ditadura militar que
contaram a favor para que fossem escolhidos para defender o senador. Assim como
Queiroz, que foi o seu chefe de gabinete à época de deputado estadual, Flávio é
investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os
acenos de “pacificação e acordo nacional” para concluir as reformas, são um
mero artifício político para a permanecia do clã neofascista Bolsonaro no Planalto, desgraçadamente saudados como
“avanço democrático na defesa das instituições” pela Frente Ampla. O PT que
encena um distanciamento da Frente Ampla, defendendo sua tradicional política
de Frente Popular de colaboração de classes (um pouco mais seletiva), afirma que
não fará acordo com golpistas, mas por outro lado segue contra as mobilizações
de rua para derrubar Bolsonaro, esperando “sangrar” o governo até as eleições
presidenciais de 2022.
BÁRBARA REPRESSÃO DA POLÍCIA TUCANA DE SÃO PAULO: DÓRIA INSTALOU O “PROTOCOLO” PARA MATAR JOVENS PRETOS E POBRES
Um jovem de 19 anos desmaiou depois de ser covardemente
estrangulado por policial militar de São Paulo,
durante uma violenta abordagem, no dia 21/06, seguindo o “protocolo” de
repressão do governador tucano João
Doria. O crime ocorreu na comunidade de jardim Ariston, em Carapicuíba, região
periférica de São Paulo.Os policiais militares abordaram dois homens que
estavam em uma moto, o rapaz agredido pilotava o veículo. Em imagens feitas por
moradores é possível ver, em um primeiro momento, um dos policiais aplicando um
“mata-leão” (golpe de estrangulamento) em um dos jovens, vestido de camisa
listrada e bermuda branca. O jovem desmaia. Enquanto isso acontece uma segunda
covardia com o outro rapaz que é xingado pelos policiais, e logo depois o mesmo
militar, que está de capacete, se ajoelha sobre o peito do rapaz que já estava
rendido e ele começa a se debater. A bárbara cena lembra o caso do trabalhador
negro norte-americano, George Floyd, morto por asfixia durante abordagem
policial, na cidade de Mineápolis no dia 25 de maio, que deflagrou uma rebelião
popular nos EUA.Um terceiro rapaz aparece na imagem de regata verde e
acompanhando a ação violenta, mexendo no celular, e é possível ver o policial
ordenando que o rapaz desligue o celular e coloque a mão para trás. Poucos
minutos depois chega uma viatura, e a filmagem mostra o jovem que foi
brutalmente estrangulado na sarjeta desfalecido. É possível ouvir o momento em
que um policial diz: “Aqui é a polícia meu, tá achando que é brincadeira aqui
meu?”. A vítima relatou a mídia que estava com um amigo em uma moto, quando os
policiais o abordaram. Ele não tinha habilitação para dirigir. Segundo o rapaz
contou, o militar já o atacou no início da abordagem. Ele ressaltou que o tempo
todo dizia que não era bandido ou criminoso. Moradores que gravaram a ação
denunciaram que ao perceberem que estavam sendo gravados, os policiais fizeram
ameaças dizendo que os matariam. O “protocolo” policial instituído por Doria
revela o caráter racista do seu governo burguês reacionário contra, jovens,
pobres e trabalhadores, que nada tem de “progressista ou democrático” como quer
fazer crer a Frente Ampla.
DURA REPRESSÃO NO NEPAL: MAOÍSTAS QUE ENCABEÇAM GOVERNO DE COLABORAÇÃO DE CLASSES ORDENAM ATAQUE AOS PROTESTOS EM MEIO A PANDEMIA PARA MANTER A ESTABILIDADE DO REGIME BURGUÊS
Centenas de manifestantes tomaram as ruas da capital do
Nepal, Kathmadu, na semana passada exigindo que o governo de colaboração de
classes encabeçado pelos maoístas tomassem medidas sociais para enfrentar a
epidemia do novo coronavírus que assola o país, como garantir hospitais para todos e auxilio
econômico aos doentes. No final de 2017 uma coligação de partidos maoístas encabeçada pelos
Partido Comunista Unificado do Nepal (PCN – UML) e o Partido Comunista (CPN),
venceu as eleições gerais e indicou o primeiro-ministro, seu principal
dirigente público, K.P. Sharma Oli. A vitória dessa “coligação maoísta” foi
possível devido sua política de colaboração de classes, que vem de décadas e
que agora em plena pandemia demonstra sua verdadeira face repressora a serviço da estabilidade do regime burguês. As manifestações exigem
condições básicas para os trabalhadores se manterem em quarentena, imposta pelo
governo desde março. Em 18/06 cerca de 500 manifestantes
se reuniram em Maitighar Mandala, no coração de Kathmadu, para protestar. A
polícia prendeu cerca de dez manifestantes, incluindo sete migrantes, além de
tomarem panfletos e faixas dos manifestantes. Antes, no dia 11, os protestos foram reprimidos com canhões de água e gás lacrimogêneo. Conforme o protesto popular foi aumentando em número de pessoas, agentes da repressão começaram a
reprimi-lo, enquanto as ativistas se recusavam a deixar o local, mesmo sob
ordens da polícia. Os manifestantes se reuniram inclusive em frente à casa do
primeiro-ministro maoísta, K.P. Sharma Oli. Sendo vítima de canhões de água,
gás lacrimogêneo e de ataques com cassetetes por parte da polícia, o povo
nepalês resistiu à força policial e enfrentou a repressão. Milhares de pessoas se encontram
em instalações de quarentenas improvisadas pelo governo de colaboração de classes, que se tornaram em
pontos de disseminação fáceis do vírus, devido às condições precárias e à falta
de instalações de saneamento básico. Lembremos que esse governo foi saudado pelo PCB em 2018
no artigo “Comunistas vencem as eleições gerais no Nepal” em que declara “Duas
das principais correntes do comunismo nepalense – os maoístas e o Partido
Comunista do Nepal (Unificado Marxista-Leninista) – decidiram ir às urnas
juntos e prometeram que iriam formar um novo partido unido depois das eleições.
Esse projeto oferecia mais estabilidade, era a demostração de que os comunistas
podiam elaborar um programa conjunto e manter a unidade, que seriam capazes de
oferecer um governo estável por cinco anos.”. Ao contrário dos Maoístas no Nepal e também no Brasil (A Nova Democracia-Liga Operária),
apontamos que as mais elementares tarefas democráticas pendentes (unidade
nacional, abolição do latifúndio, liquidação do sistema monárquico) não podem
vir pelas mãos de uma aliança dos comunistas com a autodenominada “burguesia
progressista” e sim pela revolução proletária em ruptura com a ordem burguesa.
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