quinta-feira, 30 de julho de 2020

A “CAIXA PRETA” DA LAVA JATO: UMA ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA MONTADA PELO DEPARTAMENTO DE ESTADO IANQUE, A REDE GLOBO E A DUPLA DELTAN/MORO TENDO A CUMPLICIDADE DO GOVERNO DILMA E DO PT


O procurador-geral da República, Augusto Aras, voltou a afirmar nessa quarta-feira, 29 de julho, que a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba tem uma "Caixa de Segredos" com mais dados armazenados que todo o sistema único do Ministério Público Federal. E que esses dados contêm informações sobre 38 mil pessoas. Segundo Aras, o arquivo do grupo de procuradores de Curitiba tem 350 terabytes — já o do sistema MPF conta com 40 terabytes. 

Essa “caixa de segredos” é apenas a ponta do icberg da “caixa preta” da Lava jato montada e protegida pelo departamento do estado ianque, a rede Glogo e os procuradores da força-tarefa tendo Deltan a cabeça tendo a cumplicidade do governo Dilma e do PT. Não por acaso em nota afirmou “A ilação de que há caixa de segredos no trabalho dos procuradores da República é falsa, assim como a alegação de que haveria milhares de documentos ocultos”. Dallagnol e Moro reinaram por meia década como os "xerifes do Brasil" apoiados pela Globo e o Departamento de Estado ianque. 

Com equipes próprias. Com orçamento só deles. Com autonomia para grampear quem quisessem. A investida de Aras pode não dar certo, pela reação corporativa que provoca e porque está claramente vinculada a interesses da família Bolsonaro. Pode ser corroída porque é tão suspeita quanto o que os procuradores faziam em Curitiba. Elaborada em 2013, posta em prática no início do ano seguinte a Lava Jato tinha como pressuposto básico a derrota do PT em 2014, porém não atuou decisivamente neste ano eleitoral para influenciar seu resultado. Surpreendida com a vitória de Dilma, os planos da Lava Jato tiveram que seguir passando por cima de todas as autoridades de Brasília, mas porque? 

Simplesmente pelo fato de Moro e seu entorno oficial (MP e PF) estarem ancorados em uma determinação do Departamento de Estado ianque, chefiado a época por John Kerry em Washington. O "USDS" traçou uma estratégia de "inteligência" em 2013 para todo o Cone Sul, onde operações no Brasil e Argentina seriam coordenadas por agentes públicos locais, o objetivo seria o de desgastar ao máximo os vínculos comerciais e políticos dos países do Mercosul com a Rússia e China. Debilitar os BRICS foi considerada uma missão da mais alta relevância para os planos internacionais dos "falcões" da Casa Branca. O objetivo de implantar um estado policial, onde todos podem ser espionados está em pleno andamento e contou com o “auxílio” da CIA.

Ficou evidente que Moro e a “República de Curitiba” estreitaram os laços políticos e militares para incrementar a ingerência do imperialismo ianque no continente latino-americano, particularmente, além de estabelecerem com a CIA estratégias de perseguição a esquerda no Brasil. Nesse cardápio esteve a entrega da base militar de lançamentos de foguetes em Alcântara para o controle das forças armadas norte-americanas. Desgraçadamente, foi a própria Frente Popular comandada pelo PT que abriu esse caminho de subserviência, quando Lula estabeleceu relações mais que amistosas com o facínora Bush, o mesmo que atacou o Afeganistão e o Iraque. Da mesma forma que fizemos na época do governo Lula, denunciamos de forma vigorosa desde 2014 Moro e Deltan como fantoches a serviço do grande capital. Alertamos o papel da Lava Jato, enquanto a esquerda (inclusive Dilma) festejava o suposto “combate a corrupção” levada a cabo pelo juiz que comandava a “República de Curitiba”. A cúpula petista, particularmente o staff dilmista, apoiava a operação jurídico-policial engendrada pelo imperialismo ianque para acabar com a Petrobras e as empreiteiras nacionais. Nossa corrente política em voz solitária denunciava que o Moro havia sido formado pelo Departamento de Estado ianque e a CIA para inicialmente perseguir o PT e depois desmoralizar o conjunto do tecido político burguês do país para edificar um novo regime político, sendo a ponta de lança de um estado de exceção no Brasil com fortes traços Bonapartistas. Alertamos mais uma vez que tempos sombrios avançam em nosso país no lastro da Lava Jato e do governo neofascista de Bolsonaro, somente a entrada em cena da classe operária pode barrar a plataforma ultraneoliberal e conservadora em curso para além do palhaço neofascista que ocupa momentaneamente o Palácio do Planalto!