Entre 1929 e 1974, o estado da Carolina do
Norte (EUA) realizou um programa de esterilização, apoiado por “organismos
científicos”,visando especificamente a população negra da região, o qual a
Universidade Duke define como "genocídio", de acordo com um estudo
recentemente publicado pela American Review of Political Economy.
Quase 7.600
homens, mulheres e crianças, alguns com menos de 10 anos de idade, foram submetidos
à esterilização cirúrgica como parte de um programa criado para servir o
"interesse público", impedindo a reprodução dos "mentalmente
fracos". A maioria das operações criminosas foi realizada com a
aquiescência do CDC, sob o manto “humanitário”, de controle da natalidade, uma
prática transportada em grande escala para a África e Ásia, por organizações
“filantrópicas”, como a Fundação Bill e Melinda Gates.
A denúncia da American
Review, começa com uma referência à tese de Marx sobre o Exército da Reserva
Industrial e analisa os anos de 1958 a 1968, período em que foram realizadas
mais de 2.100 esterilizações na Carolina do Norte. Segundo os autores do estudo, as
esterilizações aumentaram à medida que o tamanho da população negra
desempregada aumentou, sem atingir brancos ou pessoas de outras origens que
estavam desempregadas nas mesmas proporções. "O uso desproporcional da
esterilização eugenista na Carolina do Norte em cidadãos negros foi um ato de
genocídio", segundo William Darity Jr., professor da Universidade de Duke
e co-autor da investigação.A definição de genocídio segundo a própria ONU
implica a vontade de "destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional,
étnico, racial ou religioso", inclusive tomando "medidas para impedir
nascimentos dentro do grupo", diz o professor William. Trabalhos
anteriores demonstraram que o programa era desproporcionalmente direcionado aos
negros, mas este novo estudo lança luz sobre a mecânica usada e suas
motivações. "Controlar os corpos negros e suas opções reprodutivas não é
novidade", diz a co-autora Rhonda Sharpe, do Instituto para Ciências,
Equidade e Raça da Mulher. "Nosso estudo mostra que a Carolina do Norte
restringiu a liberdade reprodutiva, usando a eugenia para privar os negros do
direito de votar", acrescentou.Em 2010, o estado da Carolina do Norte
criou um fundo de compensação para as vítimas do programa que ainda estão
vivas.
Em 2014, eles enviaram os
primeiros cheques, de US$20.000 cada, para as 220 das pessoas afetadas “oficialmente”,segundo
o jornal local “The News & Observer”.Os crimes de genocídio e as práticas
eugenistas não eram exclusivas dos
países fascistas, como a Alemanha de Hitler, mas faziam parte das políticas
burguesas “democráticas” de dominação implementadas nos países capitalistas
mais avançados ao longo do século XX.
Tampouco eram praticadas apenas no chamado “Terceiro Mundo”.
O racismo
não é apenas discriminação étnica, não é apenas uma questão legal, mas toda uma
política econômica de acumulação capitalista. Assim também podemos definir o objetivo
estratégico da eugenia, por parte do capital financeiro, zeloso no cumprimento
das metas fiscais dos Estados para que não comprometam o pagamento da
gigantesca dívida pública das nações. Porém muitas vezes o imperialismo e os
agentes financeiros não atuam com a sua própria cara para operar a eugenia em
massa, operam através de “organismos científicos”, respaldados pela ONU.
Qualquer correlação entre o surgimento da pandemia de coronavírus, os
interesses do capital financeiro, a OMS e a Fundação Gates não será mera
coincidência. Somente os muito tolos e “amedrontados”, que seguem politicamente
a Social Democracia a mesma que cometeu crimes de eugenia no próprio território
do imperialismo, afirmam que a Fundação Gates e a OMS são “organizações científicas”
e que “protegem a vida da humanidade...