quinta-feira, 30 de julho de 2020

QUEDA HISTÓRICA DO PIB E SUSPEITAS DE FRAUDE NAS ELEIÇÕES: “TORMENTA PERFEITA” CONTRA TRUMP ARMADA PELA BURGUESIA IANQUE E SEU “DEEP STATE” À SERVIÇO AGORA DOS DEMOCRATAS 

A “hidra de duas cabeças” do regime político do imperialismo ianque e seu “Deep State”, agora age abertamente contra a extrema direita republicana, representada hoje pelo presidente Donald Trump. Se o “Deep State” (Estado profundo) que concentra os interesses estratégicos do capital e não simplesmente do “gerente de turno” da Casa Branca, atuou por muitas vezes em favor dos Republicanos (chegando a assassinar um presidente da república), atualmente trabalha em todas as frentes para derrotar Trump, empoderando o “defunto reacionário” Joe Biden. 

São os Democratas que na última década se mostraram melhores preparados para impulsionar a guerra de rapina mundial do imperialismo ianque. É verdade que este mesmo Deep State atuou para impedir a vitória de Al Gore do Partido Democrata, fraudando descaradamente as eleições presidenciais de 2000, uma fraude no sentido mais clássico do termo, muito além da próprio processo antidemocrático de eleição indireta nos EUA, através de um Colégio Eleitoral composto por delegados dos 50 estados ianques. 

O Democrata negro Obama se revelou o melhor “capitão do mato” para impulsionar a pirataria imperialista no planeta, seja destruindo a Líbia, atacando a Síria ou organizando junto com a CIA as “revoluções coloridas” golpistas na Europa Oriental ou América Latina, particularmente no Brasil onde montou a operação “Lava Jato” em 2014 pouco antes de deixar a Casa Branca. O republicano direitista Trump, eleito pelo Colégio Eleitoral (no voto direto perdeu para Hillary Clinton em 2016) foi incapaz de “entregar o prometido”, não conseguiu invadir país algum, perdeu a guerra do Afeganistão para o Taliban, foi desmoralizado pela Coréia do Norte e humilhado pela pequena Venezuela chavista de Maduro. Agora Trump, conduzindo a máquina de guerra imperialista abre a possibilidade de uma derrota de dimensão histórica nunca antes vista pelos EUA: perder a hegemonia mundial para a China e seu bloco com Russia e regimes nacionalistas. Obviamente as forças do capital (Deep State) e suas corporações financeiras não podem admitir esta possibilidade, irão atuar no plano “legal e ilegal” para remover o incapaz Trump e tentar evitar o debacle.

O terreno árido para Trump começa no plano da economia, os EUA registram o pior PIB trimestral desde 1950. De abril a junho, em uma base anualizada, a queda foi de 32,9%, segundo informações do Buareau of Economic Analysis. No primeiro trimestre, quando os EUA entraram oficialmente em recessão em fevereiro, a economia encolheu 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.Antes dos bloqueios por conta da pandemia do coronavírus atingirem o país em março, a pior leitura do produto interno bruto havia sido registrada em 1950, quando a economia dos EUA encolheu 10% no primeiro trimestre. Uma forte contração nos gastos dos consumidores foi o principal fator que levou a economia a um abismo. Antes da pandemia, os gastos do consumidor geravam dois terços da atividade econômica nos EUA, mas com a superprodução de mercadorias e o subconsumo, as falências e o desemprego também atingiram um recorde histórico neste trimestre. Com este cenário econômico absolutamente desfavorável, Trump também está encalacrado com a crise sanitária, ampliada a enésima potência pela grande mídia, já que os casos notificados de Covid não param de crescer, muito em função de uma testagem massificada que identifica todos os tipos de viroses existentes nos EUA.

Não por coincidência Trump começou a aventar a possibilidade de fraude eleitoral em novembro, defendendo até o adiamento das eleições presidenciais. Falar de fraude em uma eleição norte-americana não é propriamente uma novidade, porém um chefe da Casa Branca admitir e denunciar a operação fraudulenta em marcha pelo “Deep State” é sim um fato novo inédito na história republicana dos EUA. Hoje (30/07) no enterro com honras de chefe de Estado do parlamentar negro, John Lewis, os três ex-presidentes: Clinton, Bush e Obama, discursaram em uníssono contra as posições de Trump. Coube a Obama rechaçar as acusações de possibilidade de fraude, se esforçando para apagar a longa lista de ações terroristas do “Deep State”, inclusive contra membros do Partido Democrata, o “trio presidencial” estava justamente no enterro de um companheiro de Martim Luther King, assassinado pela CIA.

A frente de oposição a Trump, que une uma grande parte de lideranças Republicanas, o Partido Democrata, a cúpula do Pentágono, a mídia corporativa e os grupos da esquerda reformista, além é claro de todos os organismos de segurança (terroristas) estatais, tem a função de recolocar o imperialismo ianque em melhores condições de combate, em uma etapa mundial marcada pela maior crise capitalista desde o crash financeiro das bolsas de valores em 1929, o prenúncio da II Guerra Mundial de 1940. Apoiar e integrar este verdadeiro “condomínio imperialista” da burguesia ianque”, em nome da derrota de Trump, representa uma colossal traição aos princípios básicos de independência política do proletariado mundial. O justo antifascismo e ódio de classe contra o reacionário Trump, expresso na revolta popular que varre os EUA, não pode ser confundido com dar suporte político ao furibundo Joe Biden, Democrata que pretende recrudescer a ofensiva imperialista contra os povos.