De repente os sites da esquerda reformista viraram um placar
de contabilidade de mortos da Covid, uma praga sanitária de gravíssima
importância, mas não a única em um país periférico com um sistema público de
saúde sucateado há varias décadas.
Somado a contabilidade dos mortos da Covid,
a esquerda reformista hegemônica (PT e o Lulismo de forma geral) paralisada em
lives domesticas ou nos parlamentos, alia a figura de Bolsonaro ao genocídio da
pandemia, livrando é claro a figura de outros agentes tão ou mais responsáveis.
A razão é bem simples, as mortes da Covid na “conta única” de Bolsonaro devem
render muitos votos e de quebra ampliar para novis aliados, como a Famiglia
Marinho por exemplo.
Num passe de mágica desapareceram outras milhares de
mortes que ocorrem em razão de um sistema público de saúde que parece só ter
verbas para a Covid, suspendendo cirurgias, suprimindo atendimento ambulatorial
e reduzindo ainda mais o número de UTI’s que não estão reservadas para a
pandemia. Mortos por tuberculose, AVC’s, enfartes, câncer, doenças renais e
outras enfermidades que ficaram praticamente sem atendimento médico do sistema
público, não estão na “onda da mídia” e sequer tem um “responsável genocida”,
deixando impunes prefeitos e governadores que destinaram milhões e milhões de
Reais recebidos das verbas nacionais do SUS (Ministério da Saúde) para a
construção de hospitais de campanha que sequer foram inaugurados e já estão
sendo desmontados.
Nada disso tem a menor importância para uma esquerda
reformista que só quer malhar o “capitão cloroquina”, atacando como papagaios
da OMS o medicamento profilático que se mostrou mais eficaz para o tratamento
da Covid. Aqui cabe um parêntese, em 1977 a própria OMS aprovou a cloroquina
como um fármaco seguro e fundamental no reforço do tratamento contra as
chamadas doenças imunes, como a malária, artrite e Sars, sem que nestes mais de
quarentena anos emitisse um única ressalva sobre as contra indicações do
medicamento. Porém lavando as mãos para a pandemia e na espera da vacina da Big
Pharma(vacina Big Fraude em tão pouco tempo) a OMS elegeu a cloroquina como o
“demônio da humanidade” e os testes de Covid como “Nazareno Salvador”.
Voltando
para os milhares de mortos, subproduto do colapso crônico e histórico do
sistema público de saúde, agravado com a precária “exclusividade” para o
atendimento da Covid, simplesmente é surpreende a omissão diante deste crime de
lesa humanidade. Quantos morreram sem atendimento ambulatorial? quantos
morreram sem poder fazer a hemodiálise? Quantos morreram sem o tratamento da
quimioterapia? Quantos morreram sem o socorro psiquiátrico? Não sabemos e
sinceramente nunca saberemos porque estas vítimas são banais, não rendem votos
e muito provavelmente suas estatísticas serviram ainda para engrossar os números
do Covid, já que parece que na pandemia somente se vai a óbito pela
contaminação do coronavírus...