domingo, 19 de julho de 2020

SÓ A COVID RENDE VOTOS?: PORQUE PARARAM DE CONTAR AS VÍTIMAS DE TANTAS OUTRAS ENFERMIDADES DE UM SISTEMA DE SAÚDE PÚBLICA EM FALÊNCIA HÁ VÁRIAS DÉCADAS?


De repente os sites da esquerda reformista viraram um placar de contabilidade de mortos da Covid, uma praga sanitária de gravíssima importância, mas não a única em um país periférico com um sistema público de saúde sucateado há varias décadas. 

Somado a contabilidade dos mortos da Covid, a esquerda reformista hegemônica (PT e o Lulismo de forma geral) paralisada em lives domesticas ou nos parlamentos, alia a figura de Bolsonaro ao genocídio da pandemia, livrando é claro a figura de outros agentes tão ou mais responsáveis. A razão é bem simples, as mortes da Covid na “conta única” de Bolsonaro devem render muitos votos e de quebra ampliar para novis aliados, como a Famiglia Marinho por exemplo. 

Num passe de mágica desapareceram outras milhares de mortes que ocorrem em razão de um sistema público de saúde que parece só ter verbas para a Covid, suspendendo cirurgias, suprimindo atendimento ambulatorial e reduzindo ainda mais o número de UTI’s que não estão reservadas para a pandemia. Mortos por tuberculose, AVC’s, enfartes, câncer, doenças renais e outras enfermidades que ficaram praticamente sem atendimento médico do sistema público, não estão na “onda da mídia” e sequer tem um “responsável genocida”, deixando impunes prefeitos e governadores que destinaram milhões e milhões de Reais recebidos das verbas nacionais do SUS (Ministério da Saúde) para a construção de hospitais de campanha que sequer foram inaugurados e já estão sendo desmontados. 

Nada disso tem a menor importância para uma esquerda reformista que só quer malhar o “capitão cloroquina”, atacando como papagaios da OMS o medicamento profilático que se mostrou mais eficaz para o tratamento da Covid. Aqui cabe um parêntese, em 1977 a própria OMS aprovou a cloroquina como um fármaco seguro e fundamental no reforço do tratamento contra as chamadas doenças imunes, como a malária, artrite e Sars, sem que nestes mais de quarentena anos emitisse um única ressalva sobre as contra indicações do medicamento. Porém lavando as mãos para a pandemia e na espera da vacina da Big Pharma(vacina Big Fraude em tão pouco tempo) a OMS elegeu a cloroquina como o “demônio da humanidade” e os testes de Covid como “Nazareno Salvador”. 

Voltando para os milhares de mortos, subproduto do colapso crônico e histórico do sistema público de saúde, agravado com a precária “exclusividade” para o atendimento da Covid, simplesmente é surpreende a omissão diante deste crime de lesa humanidade. Quantos morreram sem atendimento ambulatorial? quantos morreram sem poder fazer a hemodiálise? Quantos morreram sem o tratamento da quimioterapia? Quantos morreram sem o socorro psiquiátrico? Não sabemos e sinceramente nunca saberemos porque estas vítimas são banais, não rendem votos e muito provavelmente suas estatísticas serviram ainda para engrossar os números do Covid, já que parece que na pandemia somente se vai a óbito pela contaminação do coronavírus...